Telessaúde como suporte assistencial para a atenção primária à saúde no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/139752 |
Resumo: | Introdução: a Atenção Primária à Saúde (APS) é conceituada como o acesso preferencial de primeiro contato para provimento coordenado de cuidados integrais ao longo do tempo. Desde a implantação do Sistema único de Saúde (SUS), os serviços de APS cresceram em número e com eles ampliou-se o acesso, mas com heterogeneidade na qualidade dos serviços prestados. Na atenção secundária, o quadro se repete somado ao baixo número de pontos de oferta de serviço. Os grandes hospitais, apesar da incorporação tecnológica e da qualidade assistencial, são incapazes de absorver a alta demanda não resolvida nos primeiros níveis. Com isso tem-se um SUS fragmentado para enfrentar uma tripla carga de doenças, incrementada pelo envelhecimento populacional. Em função desse quadro, o Programa Telessaúde Brasil Redes está em expansão desde 2007 e é voltado principalmente para ações de suporte assistencial à APS, com foco na qualificação permanente dos profissionais de saúde. A telessaúde representa uma interação a distância, mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação, entre pessoas e/ou equipamentos, de forma síncrona ou assíncrona e com finalidade assistencial ou educacional. Em que se pese a necessidade de maiores estudos de custo-efetividade, iniciativas na área têm-se mostrado capazes de melhorar o acesso de pacientes a consultas e serviços, reduzir o tempo de espera e qualificar os encaminhamentos de pacientes para consultas e procedimentos especializados. Apesar dos avanços, ainda é necessário modelar, aprimorar e documentar o conhecimento associado aos processos em telessaúde, bem como verificar a adequação desses processos. Método: estudo de caso baseado em análise documental, entrevistas com informantes-chave e análise estatística descritiva da produção de ações em telessaúde para solicitantes médicos do Rio Grande do Sul (RS), no período de setembro de 2013 a outubro de 2015, utilizando a Notação de Modelagem de Processos de Negócio (Business Process Model and Notation – BPMN) para modelar, aprimorar, documentar e discutir processos de telessaúde para a APS. Complementarmente, estudo descritivo de uma série histórica de 24 meses, da produção das ações de teleconsultoria assíncrona e síncrona, por todos os núcleos de telessaúde que utilizaram a Plataforma Nacional de Telessaúde no Brasil, no período de outubro de 2013 a setembro de 2015. Tanto a oferta como a demanda foram estimadas com base no número de unidades de saúde cadastradas na área de abrangência de cada núcleo de telessaúde. Resultados: foram mapeados os processos, atores e atividades envolvidas nas tipologias de ações de telessaúde em telediagnóstico, teleconsultorias via web, teleconsultorias via telefone por demanda espontânea e para apoio ao complexo regulador ambulatorial do estado. Foi encontrada uma média mensal de 0,01 a 0,02 solicitações de teleconsultoria via web por médico da APS do RS. Nas demais tipologias, o número médio mensal de teleconsultorias foi de 0,01 – 0,39 para telediagnóstico em espirometria, 0,05 – 0,34 para teleconsultorias espontâneas via telefone, e 0,01 – 0,69 para teleconsultorias de apoio ao complexo regulador. Em relação à produção de todos os núcleos de telessaúde do país, foram respondidas 29.575 teleconsultorias por 18 núcleos de telessaúde, para 43.421 usuários em 9.801 unidades de saúde. A oferta e a demanda mensais de teleconsultorias variaram entre 0,92 a 2,06 e 0,22 a 1,00 teleconsultorias, respectivamente. O percentual de unidades de saúde que realizou ao menos uma solicitação no mês manteve-se próximo a 0,1%, sendo que 87,3% dos usuários cadastrados não realizou nenhuma solicitação no período. Os temas solicitados cobriram todos os capítulos da Classificação Internacional da Atenção Primária e da Classificação Internacional de Doenças. A satisfação dos usuários foi de 95,6% e o percentual de dúvidas totalmente respondidas foi de 88,4%. Conclusões: existe um problema de baixas taxas de utilização por parte dos profissionais solicitantes. A capacidade ociosa decorrente do baixo uso indica a necessidade de integração horizontal de núcleos de telessaúde, com extrapolação das barreiras geográficas estaduais. Por outro lado, uma das formas de otimizar os investimentos públicos em telessaúde é a redução do número de núcleos de telessaúde, com centralização das tarefas meio, de coordenação, regulação, auditoria e monitoramento, de forma a gerar economia de custos e ganhos de escala e qualidade. Também são necessárias novas tipologias de oferta de ações de telessaúde, capazes de orquestrar de forma sinérgica e sistêmica todos os recursos disponíveis em teleconsultoria, telediagnóstico, teleducação e demais formas de telessaúde, de forma a inserir a telessaúde dentro das atividades diárias dos profissionais, gestores e pacientes. |
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Schmitz, Carlos André AitaHarzheim, Erno2016-04-28T02:08:05Z2015http://hdl.handle.net/10183/139752000985498Introdução: a Atenção Primária à Saúde (APS) é conceituada como o acesso preferencial de primeiro contato para provimento coordenado de cuidados integrais ao longo do tempo. Desde a implantação do Sistema único de Saúde (SUS), os serviços de APS cresceram em número e com eles ampliou-se o acesso, mas com heterogeneidade na qualidade dos serviços prestados. Na atenção secundária, o quadro se repete somado ao baixo número de pontos de oferta de serviço. Os grandes hospitais, apesar da incorporação tecnológica e da qualidade assistencial, são incapazes de absorver a alta demanda não resolvida nos primeiros níveis. Com isso tem-se um SUS fragmentado para enfrentar uma tripla carga de doenças, incrementada pelo envelhecimento populacional. Em função desse quadro, o Programa Telessaúde Brasil Redes está em expansão desde 2007 e é voltado principalmente para ações de suporte assistencial à APS, com foco na qualificação permanente dos profissionais de saúde. A telessaúde representa uma interação a distância, mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação, entre pessoas e/ou equipamentos, de forma síncrona ou assíncrona e com finalidade assistencial ou educacional. Em que se pese a necessidade de maiores estudos de custo-efetividade, iniciativas na área têm-se mostrado capazes de melhorar o acesso de pacientes a consultas e serviços, reduzir o tempo de espera e qualificar os encaminhamentos de pacientes para consultas e procedimentos especializados. Apesar dos avanços, ainda é necessário modelar, aprimorar e documentar o conhecimento associado aos processos em telessaúde, bem como verificar a adequação desses processos. Método: estudo de caso baseado em análise documental, entrevistas com informantes-chave e análise estatística descritiva da produção de ações em telessaúde para solicitantes médicos do Rio Grande do Sul (RS), no período de setembro de 2013 a outubro de 2015, utilizando a Notação de Modelagem de Processos de Negócio (Business Process Model and Notation – BPMN) para modelar, aprimorar, documentar e discutir processos de telessaúde para a APS. Complementarmente, estudo descritivo de uma série histórica de 24 meses, da produção das ações de teleconsultoria assíncrona e síncrona, por todos os núcleos de telessaúde que utilizaram a Plataforma Nacional de Telessaúde no Brasil, no período de outubro de 2013 a setembro de 2015. Tanto a oferta como a demanda foram estimadas com base no número de unidades de saúde cadastradas na área de abrangência de cada núcleo de telessaúde. Resultados: foram mapeados os processos, atores e atividades envolvidas nas tipologias de ações de telessaúde em telediagnóstico, teleconsultorias via web, teleconsultorias via telefone por demanda espontânea e para apoio ao complexo regulador ambulatorial do estado. Foi encontrada uma média mensal de 0,01 a 0,02 solicitações de teleconsultoria via web por médico da APS do RS. Nas demais tipologias, o número médio mensal de teleconsultorias foi de 0,01 – 0,39 para telediagnóstico em espirometria, 0,05 – 0,34 para teleconsultorias espontâneas via telefone, e 0,01 – 0,69 para teleconsultorias de apoio ao complexo regulador. Em relação à produção de todos os núcleos de telessaúde do país, foram respondidas 29.575 teleconsultorias por 18 núcleos de telessaúde, para 43.421 usuários em 9.801 unidades de saúde. A oferta e a demanda mensais de teleconsultorias variaram entre 0,92 a 2,06 e 0,22 a 1,00 teleconsultorias, respectivamente. O percentual de unidades de saúde que realizou ao menos uma solicitação no mês manteve-se próximo a 0,1%, sendo que 87,3% dos usuários cadastrados não realizou nenhuma solicitação no período. Os temas solicitados cobriram todos os capítulos da Classificação Internacional da Atenção Primária e da Classificação Internacional de Doenças. A satisfação dos usuários foi de 95,6% e o percentual de dúvidas totalmente respondidas foi de 88,4%. Conclusões: existe um problema de baixas taxas de utilização por parte dos profissionais solicitantes. A capacidade ociosa decorrente do baixo uso indica a necessidade de integração horizontal de núcleos de telessaúde, com extrapolação das barreiras geográficas estaduais. Por outro lado, uma das formas de otimizar os investimentos públicos em telessaúde é a redução do número de núcleos de telessaúde, com centralização das tarefas meio, de coordenação, regulação, auditoria e monitoramento, de forma a gerar economia de custos e ganhos de escala e qualidade. Também são necessárias novas tipologias de oferta de ações de telessaúde, capazes de orquestrar de forma sinérgica e sistêmica todos os recursos disponíveis em teleconsultoria, telediagnóstico, teleducação e demais formas de telessaúde, de forma a inserir a telessaúde dentro das atividades diárias dos profissionais, gestores e pacientes.Introduction: Primary Health Care (PHC) is defined as the preferential access of first contact for providing coordinated comprehensive care over time. Since the implementation of the Sistema Único de Saúde (SUS), PHC services grew in number, expanding its access, but with heterogeneity in the quality of services provided by it. In secondary care, the pattern repeats, coupled with a low number of service delivery points. Large hospitals in spite of technological development and quality of care, are unable to absorb the high unresolved demand of first levels. With this SUS is being fragmented facing a triple burden of disease, increased by population aging. Due to this framework, the Telehealth Program Brazil Networks is expanding since 2007, focused primarily on assistance support actions for PHC , and the ongoing training of health professionals. Telehealth is an interaction made of distance, mediated by Information and Communication Technologies between people and / or equipment, synchronously or asynchronously and welfare or educational purpose. Despite the need for greater cost-effectiveness studies, initiatives in this field have proven to be able to improve access of patients to consultations and services, reducing waiting time and qualifying the patient referrals to specialist consultations and procedures. Despite these advances, it is still necessary to model, improve and document the knowledge associated with telehealth processes and verify the adequacy of these processes. Method: a case study based on analysis of documents, interviews with key informants and descriptive statistical analysis of production activities in telehealth to referring physicians of Rio Grande do Sul (RS), from September 2013 to October 2015, using the Business Process modeling notation (BPMN) to model, improve, document and discuss telehealth processes for PHC. In addition, descriptive study of a historical series of 24 months of production of asynchronous and synchronous actions of teleconsulting by all telehealth centers that used the National Telehealth Platform in Brazil, from October 2013 to September 2015. Both the supply and demand were estimated based on the number of health units registered in the coverage area of each core telehealth center. Results: we mapped the processes, actors and activities involved in the types of telehealth actions in telediagnosis, teleconsultation via the web, tele-consultations via telephone by spontaneous demand and to support the ambulatorial regulatory complex of the state. We found a monthly average from 0.01 to 0.02 teleconsulting requests via web by doctors of the state of RS PHC. In the other types, the average monthly number of teleconsultation was 0.01 to 0.39 for remote diagnostics in spirometry, from 0.05 to 0.34 for spontaneous teleconsultation via telephone, and 0.01 to 0.69 for teleconsultation support regulatory complex. In the production of all the country's telehealth centers, 29,575 teleconsultations were answered by 18 telehealth centers to 43,421 users in 9,801 health units. The monthly supply and demand for teleconsultations ranged from 0.92 to 2.06 and 0.22 to 1.00 teleconsultations, respectively. The percentage of health units that conducted at least one request in the month remained close to 0.1%, and 87.3% of registered users have made no request in the period. The requested topics covered all chapters of the International Classification of Primary Care and International Classification of Diseases. User satisfaction was 95.6% and the percentage of fully answered questions was 88.4%. Conclusions: There is a problem of low rates of use by professional requesters. The idle capacity resulting from low use indicates the need for horizontal integration of telehealth centers, with extrapolation of the state geographical barriers. On the other hand, one of the ways to optimize public investment in telehealth is the reducing of number of telehealth centers with centralizing means tasks, coordination, regulating, auditing and monitoring in order to generate cost savings and economies of scale and quality. It is also needed new types of offer telehealth actions, able to orchestrate a synergic and systemic way of all available resources in teleconsulting, telediagnostic, tele-education and other forms of telehealth in order to insert the telehealth within the daily activities of professionals, managers and patients.Telemedicinaapplication/pdfporTelemedicinaAvaliação de programas e projetos de saúdeAtenção primária à saúdePrimary health careTelehealthProgram evaluationTelessaúde como suporte assistencial para a atenção primária à saúde no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000985498.pdf.txt000985498.pdf.txtExtracted Texttext/plain224908http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139752/2/000985498.pdf.txt3661c31a21375ede21a95d63541930b9MD52ORIGINAL000985498.pdf000985498.pdfTexto completoapplication/pdf2031416http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/139752/1/000985498.pdf858fb3c4ca26bf7dc4deff04baa17c94MD5110183/1397522020-05-31 03:34:27.319029oai:www.lume.ufrgs.br:10183/139752Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-05-31T06:34:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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