Intensificação da produção pecuária e seu impacto no balanço dos gases de efeito estufa : um estudo de caso no Bioma Pampa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/232231 |
Resumo: | Os desafios do setor produtivo frente às mudanças climáticas geram forte pressão na busca de conhecimento sobre os sistemas de produção pecuária para gerar alternativas minimizadoras de impacto ambiental. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes perfis de produção no balanço de Gases do Efeito Estufa (GEE) de 135 propriedades rurais inseridas no bioma Pampa. A base de dados pertencente a empresa Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA), foi utilizada no intuito de estimar as emissões e remoções de metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2) em nível de sistema, excetuando-se a compra e a comercialização dos produtos. O balanço de GEE baseou-se na metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) utilizando fatores do IPCC e de artigos publicados. A análise de cluster baseada nas características produtivas das propriedades identificou cinco grupos de propriedades rurais conforme o resultado do balanço de gases. O cenário de maior emissão de GEE refere-se ao Grupo V (2.5 t CO2-eq./ha/ano) caracterizado por propriedades que reduziram em 23% a porcentagem de campo nativo, substituindo- o por arranjo forrageiro mais diversificado (i.g. pastagem natural melhorada, pastagem cultivada e lavoura), o que leva a maiores cargas animais no sistema (91.9 kg de PM/ha). Diferentemente, propriedades que mitigam GEE refere-se ao cluster I (-1.0 t CO2-eq./ha/ano) com arranjo pastoril caracterizado por maiores porcentagens de áreas de SIPA (38%) e produção agrícola (23%). O rebanho da propriedade foi a variável de maior influência nos resultados de emissão de GEE total do sistema (cerca de 70%), seguido dos dejetos animais (12%), das emissões provindas da pastagem (9.6%) e da lavoura (4%) e os custos operacionais (3.8%). Deste modo, confirma-se a hipótese de que a intensificação da pecuária de corte nos sistemas produtivos do bioma Pampa através do redesign dos sistemas produtivos alterou o balanço de Gases responsáveis pelo Efeito Estufa (GEE). O cluster I (-1 t de CO2-eq./ha/ano) foi mais eficiente em mitigar os efeitos da produção agropecuária na emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, sendo 61.5% superior aos demais. Nestes sistemas, as emissões líquidas foram totalmente compensadas pelo sequestro de carbono do solo devido ao arranjo do sistema. |
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Schultz, Ana Luiza VelazquezCarvalho, Paulo Cesar de FaccioSavian, Jean Victor2021-11-26T04:41:59Z2020http://hdl.handle.net/10183/232231001130781Os desafios do setor produtivo frente às mudanças climáticas geram forte pressão na busca de conhecimento sobre os sistemas de produção pecuária para gerar alternativas minimizadoras de impacto ambiental. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes perfis de produção no balanço de Gases do Efeito Estufa (GEE) de 135 propriedades rurais inseridas no bioma Pampa. A base de dados pertencente a empresa Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA), foi utilizada no intuito de estimar as emissões e remoções de metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2) em nível de sistema, excetuando-se a compra e a comercialização dos produtos. O balanço de GEE baseou-se na metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) utilizando fatores do IPCC e de artigos publicados. A análise de cluster baseada nas características produtivas das propriedades identificou cinco grupos de propriedades rurais conforme o resultado do balanço de gases. O cenário de maior emissão de GEE refere-se ao Grupo V (2.5 t CO2-eq./ha/ano) caracterizado por propriedades que reduziram em 23% a porcentagem de campo nativo, substituindo- o por arranjo forrageiro mais diversificado (i.g. pastagem natural melhorada, pastagem cultivada e lavoura), o que leva a maiores cargas animais no sistema (91.9 kg de PM/ha). Diferentemente, propriedades que mitigam GEE refere-se ao cluster I (-1.0 t CO2-eq./ha/ano) com arranjo pastoril caracterizado por maiores porcentagens de áreas de SIPA (38%) e produção agrícola (23%). O rebanho da propriedade foi a variável de maior influência nos resultados de emissão de GEE total do sistema (cerca de 70%), seguido dos dejetos animais (12%), das emissões provindas da pastagem (9.6%) e da lavoura (4%) e os custos operacionais (3.8%). Deste modo, confirma-se a hipótese de que a intensificação da pecuária de corte nos sistemas produtivos do bioma Pampa através do redesign dos sistemas produtivos alterou o balanço de Gases responsáveis pelo Efeito Estufa (GEE). O cluster I (-1 t de CO2-eq./ha/ano) foi mais eficiente em mitigar os efeitos da produção agropecuária na emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, sendo 61.5% superior aos demais. Nestes sistemas, as emissões líquidas foram totalmente compensadas pelo sequestro de carbono do solo devido ao arranjo do sistema.The challenges of the productive sector facing climate change generate strong pressure in the search for knowledge concern livestock production systems to generate alternatives that minimize environmental impact. In this context, the objective of this study was to evaluate the effect of different production profiles on the greenhouse gas (GHG) balance of 135 farms in the Pampa biome in southern Brazil. The database belonging to the Agribusiness Intelligence Service (AIS) was used to estimate the emissions and removals of methane (CH4), nitrous oxide (N2O) and carbon dioxide (CO2) at the system level, except purchase and commercialization of products. The GHG balance was based on the methodology proposed by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) and peer reviewed research on this theme. The cluster analysis based on the productive characteristics of the properties identified five groups according to the result of the carbono balance. The scenario with the highest GHG emissions refers to cluster V (2.5 t CO2-eq./ha/year) characterized by properties that reduced by 23% the percentage of native grassland with a more diversified forage arrangement (ig natural pasture improved, cultivated pasture and crops), and also presented higher animal stocking rate in the system (91.9 kg of PM / ha. Differently, properties that mitigate GHG refer to cluster I (-1.0 t CO2-eq./ha/ano) with pastoral arrangement characterized by higher percentages of SIPA areas (38%) and agricultural production (23%). The herd of the property was the variable with the greatest influence on the system's total GHG emission results (around 70%), followed by animal wastes (12%), emissions from pasture (9.6%) and crops (4%) and operating costs (3.8%), thus confirming the hypothesis that the intensification of beef cattle in systems production of the Pampa biome through the redesign of production systems changed the balance GHG. Cluster I (-1 t CO2- eq./ha/year) was more efficient in mitigating negative effects of agricultural production being 61.5% higher than the others. In these systems, net emissions were fully offset by the carbon sequestration of the soil due to the system's arrangement.application/pdfporClimatologiaBioma PampaEfeito estufaPastagem naturalSistema de produçãoGreenhouse gas balancePampa biomeClimate changesNatural grasslandsProduction systemsIntensificação da produção pecuária e seu impacto no balanço dos gases de efeito estufa : um estudo de caso no Bioma PampaIntensification of livestock production and its impact on the balance of greenhouse gases : a case study in the Pampa Biomeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130781.pdf.txt001130781.pdf.txtExtracted Texttext/plain188718http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232231/2/001130781.pdf.txt450680d501f84c3e89b65c07d511515fMD52ORIGINAL001130781.pdfTexto completoapplication/pdf1515000http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232231/1/001130781.pdf8699e9eccc2f92f43ff30524c88c00e5MD5110183/2322312022-02-22 04:49:20.225235oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232231Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:49:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Os desafios do setor produtivo frente às mudanças climáticas geram forte pressão na busca de conhecimento sobre os sistemas de produção pecuária para gerar alternativas minimizadoras de impacto ambiental. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes perfis de produção no balanço de Gases do Efeito Estufa (GEE) de 135 propriedades rurais inseridas no bioma Pampa. A base de dados pertencente a empresa Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA), foi utilizada no intuito de estimar as emissões e remoções de metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2) em nível de sistema, excetuando-se a compra e a comercialização dos produtos. O balanço de GEE baseou-se na metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) utilizando fatores do IPCC e de artigos publicados. A análise de cluster baseada nas características produtivas das propriedades identificou cinco grupos de propriedades rurais conforme o resultado do balanço de gases. O cenário de maior emissão de GEE refere-se ao Grupo V (2.5 t CO2-eq./ha/ano) caracterizado por propriedades que reduziram em 23% a porcentagem de campo nativo, substituindo- o por arranjo forrageiro mais diversificado (i.g. pastagem natural melhorada, pastagem cultivada e lavoura), o que leva a maiores cargas animais no sistema (91.9 kg de PM/ha). Diferentemente, propriedades que mitigam GEE refere-se ao cluster I (-1.0 t CO2-eq./ha/ano) com arranjo pastoril caracterizado por maiores porcentagens de áreas de SIPA (38%) e produção agrícola (23%). O rebanho da propriedade foi a variável de maior influência nos resultados de emissão de GEE total do sistema (cerca de 70%), seguido dos dejetos animais (12%), das emissões provindas da pastagem (9.6%) e da lavoura (4%) e os custos operacionais (3.8%). Deste modo, confirma-se a hipótese de que a intensificação da pecuária de corte nos sistemas produtivos do bioma Pampa através do redesign dos sistemas produtivos alterou o balanço de Gases responsáveis pelo Efeito Estufa (GEE). O cluster I (-1 t de CO2-eq./ha/ano) foi mais eficiente em mitigar os efeitos da produção agropecuária na emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, sendo 61.5% superior aos demais. Nestes sistemas, as emissões líquidas foram totalmente compensadas pelo sequestro de carbono do solo devido ao arranjo do sistema. |
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