Sobrevida líquida de pacientes diagnosticados com câncer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nagamine, Camila Macedo Lima
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265135
Resumo: A sobrevida global tem sido utilizada rotineiramente para avaliar o cuidado de pacientes diagnosticados com câncer. Entretanto, a sobrevida global não é específica e não traz informação sobre mortalidade por câncer, visto que utiliza mortalidade por qualquer causa. Alta sobrevida global pode ocorrer em decorrência de poucas mortes por outras causas ou como consequência de baixa incidência de mortes por câncer. Assim, a estimação da sobrevida por câncer agrega informações importantes para avaliar o comportamento da doença. Por outro lado, a maioria dos registros que fornecem dados para obtenção da sobrevida de pacientes com câncer provém de informações sobre a causa da morte apenas por meio de declarações de óbito, as quais não raramente possuem informações incompletas ou imprecisas. Nesse cenário, foi desenvolvido o conceito de sobrevida relativa, a partir do qual as mortes observadas são comparadas com as mortes esperadas da população em geral, permitindo que causas de morte competitivas ao câncer sejam eliminadas das estimativas. Uma limitação desta metodologia é o fato de não permitir a comparação das estimativas entre populações cuja mortalidade em geral e o excesso de mortalidade devido ao câncer depende de variáveis demográficas. O estimador de sobrevida líquida proposto por Pohar Perme em 2012 é uma alternativa da abordagem de sobrevida relativa, que utiliza procedimento de ponderação de probabilidade inversa tornando-o um estimador consistente e não enviesado. Estima a probabilidade de sobrevida na situação hipotética de que a mortalidade por câncer é a única mortalidade possível, ou seja, elimina a dependência da mortalidade por causas externas ao câncer como, por exemplo, a idade. Com base na premissa de que a sobrevida líquida é um importante indicador epidemiológico, que o EPP é apontado como o melhor estimador para a sobrevida líquida e que estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP e dados brasileiros de pacientes com diagnóstico de câncer são escassas, foi elaborada a questão de pesquisa desta tese: Existe estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP de pacientes com diagnóstico de câncer residentes no Brasil? Caso negativo, existem dados disponíveis que possam ser utilizados para fornecer estas estimativas? Nessa perspectiva, esta tese objetivou produzir estimativas de sobrevida líquida em 5 anos para pacientes com câncer usando o estimador Pohar Perme em dados de Registros de Câncer de Base Populacional de Porto Alegre (RS), Brasil. Além da revisão de literatura, dois artigos científicos compõem a tese: O primeiro artigo trata de uma revisão de escopo conduzida conforme as recomendações do Instituto Joana Briggs e que objetivou mapear estudos oncológicos que utilizam o PPE de modo a descrever onde e qual o contexto que o PPE está sendo utilizado e, o que os autores estão apontando como justificativas para seu uso, bem como as limitações encontradas. A revisão de escopo mostrou que as duas principais características do EPP mencionadas pelos estudos como justificativa foram o fato de ser um estimador imparcial (83,5%) e que produz estimativas comparáveis entre populações com diferentes taxas de mortalidade por causas diferentes do câncer (36,47%). Ainda, nenhum estudo apontou limitações do uso do EPP. Concluímos que, o EPP, por ser padrão-ouro para estimar a sobrevivência líquida, deve ser mais utilizado na oncologia, especialmente quando se lida com estudos de base populacional onde o tempo de acompanhamento é longo, aumentando a probabilidade de morte por causas diferentes do câncer e a causa morte não é informação completamente confiável. O segundo artigo apresenta um estudo de coorte retrospectiva e tem o objetivo de estimar a sobrevida líquida em 5 anos de pacientes diagnosticados com um de 19 tipos câncer. Foram analisados 20701 pacientes diagnosticados com um dos 19 tipos de cânceres entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2012. Destes, 11476 (55,4%) eram mulheres, entre as quais os quatro tipos de cânceres mais frequentes foram: mama (43,8%), colo retal (11,1%), pulmão (8,7%) e colo uterino (5,8%). O câncer com menor sobrevida foi o câncer de pâncreas, tanto para as mulheres 11,4% (95%IC: 8,10%-16,1%), quanto para os homens 14,6% (95%IC: 10,7%-20,0%). As maiores estimativas de sobrevidas para as mulheres foram apresentadas nos cânceres de tireoide 90,4%; (95% IC:86,3%-94,8%) e melanoma 79,7% (95% IC: 74,1%-85,8%) e para os homens, nos cânceres de próstata 81,3% (95% IC:79,7%-83,0%) e Melanoma 68,9% (95% IC: 62,3%-76,1%). O câncer de tireoide apresentou maior diferença 67,6% versus 90,4% entre homens e mulheres respectivamente. A sobrevida em 5 anos das mulheres foi maior quando comparada a dos homens para todos os tipos de cânceres estudados. O uso de dados de mundo real proveniente do Registro de Câncer de Base Populacional de Porto Alegre permitiu analisar a sobrevida entre todos os pacientes que têm câncer, em base populacional. Ainda, a utilização do estimador de Pohar Perme permite que estas estimativas sejam comparadas com estimativas de outras regiões do Brasil e ou outros países.
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spelling Nagamine, Camila Macedo LimaZiegelmann, Patricia KlarmannGoulart, Bárbara Niegia Garcia de2023-09-23T03:37:29Z2022http://hdl.handle.net/10183/265135001175182A sobrevida global tem sido utilizada rotineiramente para avaliar o cuidado de pacientes diagnosticados com câncer. Entretanto, a sobrevida global não é específica e não traz informação sobre mortalidade por câncer, visto que utiliza mortalidade por qualquer causa. Alta sobrevida global pode ocorrer em decorrência de poucas mortes por outras causas ou como consequência de baixa incidência de mortes por câncer. Assim, a estimação da sobrevida por câncer agrega informações importantes para avaliar o comportamento da doença. Por outro lado, a maioria dos registros que fornecem dados para obtenção da sobrevida de pacientes com câncer provém de informações sobre a causa da morte apenas por meio de declarações de óbito, as quais não raramente possuem informações incompletas ou imprecisas. Nesse cenário, foi desenvolvido o conceito de sobrevida relativa, a partir do qual as mortes observadas são comparadas com as mortes esperadas da população em geral, permitindo que causas de morte competitivas ao câncer sejam eliminadas das estimativas. Uma limitação desta metodologia é o fato de não permitir a comparação das estimativas entre populações cuja mortalidade em geral e o excesso de mortalidade devido ao câncer depende de variáveis demográficas. O estimador de sobrevida líquida proposto por Pohar Perme em 2012 é uma alternativa da abordagem de sobrevida relativa, que utiliza procedimento de ponderação de probabilidade inversa tornando-o um estimador consistente e não enviesado. Estima a probabilidade de sobrevida na situação hipotética de que a mortalidade por câncer é a única mortalidade possível, ou seja, elimina a dependência da mortalidade por causas externas ao câncer como, por exemplo, a idade. Com base na premissa de que a sobrevida líquida é um importante indicador epidemiológico, que o EPP é apontado como o melhor estimador para a sobrevida líquida e que estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP e dados brasileiros de pacientes com diagnóstico de câncer são escassas, foi elaborada a questão de pesquisa desta tese: Existe estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP de pacientes com diagnóstico de câncer residentes no Brasil? Caso negativo, existem dados disponíveis que possam ser utilizados para fornecer estas estimativas? Nessa perspectiva, esta tese objetivou produzir estimativas de sobrevida líquida em 5 anos para pacientes com câncer usando o estimador Pohar Perme em dados de Registros de Câncer de Base Populacional de Porto Alegre (RS), Brasil. Além da revisão de literatura, dois artigos científicos compõem a tese: O primeiro artigo trata de uma revisão de escopo conduzida conforme as recomendações do Instituto Joana Briggs e que objetivou mapear estudos oncológicos que utilizam o PPE de modo a descrever onde e qual o contexto que o PPE está sendo utilizado e, o que os autores estão apontando como justificativas para seu uso, bem como as limitações encontradas. A revisão de escopo mostrou que as duas principais características do EPP mencionadas pelos estudos como justificativa foram o fato de ser um estimador imparcial (83,5%) e que produz estimativas comparáveis entre populações com diferentes taxas de mortalidade por causas diferentes do câncer (36,47%). Ainda, nenhum estudo apontou limitações do uso do EPP. Concluímos que, o EPP, por ser padrão-ouro para estimar a sobrevivência líquida, deve ser mais utilizado na oncologia, especialmente quando se lida com estudos de base populacional onde o tempo de acompanhamento é longo, aumentando a probabilidade de morte por causas diferentes do câncer e a causa morte não é informação completamente confiável. O segundo artigo apresenta um estudo de coorte retrospectiva e tem o objetivo de estimar a sobrevida líquida em 5 anos de pacientes diagnosticados com um de 19 tipos câncer. Foram analisados 20701 pacientes diagnosticados com um dos 19 tipos de cânceres entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2012. Destes, 11476 (55,4%) eram mulheres, entre as quais os quatro tipos de cânceres mais frequentes foram: mama (43,8%), colo retal (11,1%), pulmão (8,7%) e colo uterino (5,8%). O câncer com menor sobrevida foi o câncer de pâncreas, tanto para as mulheres 11,4% (95%IC: 8,10%-16,1%), quanto para os homens 14,6% (95%IC: 10,7%-20,0%). As maiores estimativas de sobrevidas para as mulheres foram apresentadas nos cânceres de tireoide 90,4%; (95% IC:86,3%-94,8%) e melanoma 79,7% (95% IC: 74,1%-85,8%) e para os homens, nos cânceres de próstata 81,3% (95% IC:79,7%-83,0%) e Melanoma 68,9% (95% IC: 62,3%-76,1%). O câncer de tireoide apresentou maior diferença 67,6% versus 90,4% entre homens e mulheres respectivamente. A sobrevida em 5 anos das mulheres foi maior quando comparada a dos homens para todos os tipos de cânceres estudados. O uso de dados de mundo real proveniente do Registro de Câncer de Base Populacional de Porto Alegre permitiu analisar a sobrevida entre todos os pacientes que têm câncer, em base populacional. Ainda, a utilização do estimador de Pohar Perme permite que estas estimativas sejam comparadas com estimativas de outras regiões do Brasil e ou outros países.Overall survival has been routinely used to assess the care of patients diagnosed with cancer. However, overall survival is not specific and does not provide information on cancer mortality, since it uses mortality from any cause. High overall survival may occur as a result of few deaths from other causes or as a consequence of a low incidence of cancer deaths. Thus, the estimation of cancer survival aggregates important information to evaluate the behavior of the disease. On the other hand, most of the registries that provide data to obtain the survival of cancer patients come from information about the cause of death only through death certificates, which often have incomplete or inaccurate information. In this scenario, the concept of relative survival was developed, from which the observed deaths are compared with the expected deaths of the general population, allowing causes of death competitive to cancer to be eliminated from the estimates. A limitation of this methodology is the fact that it does not allow the comparison of estimates between populations whose mortality in general and excess mortality due to cancer depends on demographic variables. The net survival estimator proposed by Pohar Perme in 2012 is an alternative to the relative survival approach, which uses an inverse probability weighting procedure making it a consistent and unbiased estimator. It estimates the probability of survival in the hypothetical situation that cancer mortality is the only possible mortality, that is, it eliminates the dependence on mortality from causes external to cancer, such as age. Based on the premise that net survival is an important epidemiological indicator, that the EPP is pointed out as the best estimator for net survival and that estimates of net survival using the EPP and Brazilian data of patients diagnosed with cancer are scarce, the research question of this thesis was elaborated: Are there estimates of net survival using the EPP of patients diagnosed with cancer living in Brazil? If not, are there any data available that can be used to provide these estimates? In this perspective, this thesis aimed to produce estimates of net survival at 5 years for cancer patients using the Pohar Perme estimator in data from Population-Based Cancer Registries of Porto Alegre (RS), Brazil. In addition to the literature review, two scientific articles make up the thesis: The first article deals with a scope review conducted according to the recommendations of the Joana Briggs Institute and which aimed to map oncological studies that use the PPE in order to describe where and what context the PPE is being used and, what the authors are pointing out as justifications for its use, as well as the limitations found. The scope review showed that the two main characteristics of the EPP mentioned by the studies as justification were the fact that it is an unbiased estimator (83.5%) and that it produces comparable estimates between populations with different mortality rates from different causes of cancer (36.47%). Still, no study pointed out limitations of the use of PPE. We conclude that the PPE, because it is the gold standard for estimating net survival, should be more widely used in oncology, especially when dealing with population-based studies where the follow-up time is long, increasing the probability of death from causes other than cancer and the cause of death is not completely reliable information. The second article presents a retrospective cohort study and aims to estimate the 5-year net survival of patients diagnosed with one of 19 cancers. We analyzed 20701 patients diagnosed with one of the 19 types of cancers between January 1, 2005 and December 31, 2012. Of these, 11476 (55.4%) were women, among whom the four most frequent types of cancers were: breast (43.8%), rectal cervix (11.1%), lung (8.7%) and cervix (5.8%). The cancer with the lowest survival was pancreatic cancer, both for women 11.4% (95%CI: 8.10%-16.1%) and for men 14.6% (95%CI: 10.7%-20.0%). The highest survival estimates for women were presented in thyroid cancers 90.4%; (95% CI: 86.3%- 94.8%) and melanoma 79.7% (95% CI: 74.1%-85.8%) and for men, prostate cancers 81.3% (95% CI: 79.7%-83.0%) and Melanoma 68.9% (95% CI: 62.3%-76.1%). Thyroid cancer showed the greatest difference: 67.6% versus 90.4% between men and women, respectively. Women's 5-year survival was higher when compared to men's for all cancers studied. The use of real-world data from the Population-Based Cancer Registry of Porto Alegre allowed the analysis of survival among all patients who have cancer, on a population based. Also, the use of the Pohar Perme estimator allows these estimates to be compared with estimates from other regions of Brazil and/or other countries.application/pdfporNeoplasiasSobrevidaEpidemiologiaBioestatísticaOncologiaCancerNet survivalEpidemiologyPopulation-based cancer registryPohar Perme estimatorSobrevida líquida de pacientes diagnosticados com câncerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2022doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001175182.pdf.txt001175182.pdf.txtExtracted Texttext/plain161575http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265135/2/001175182.pdf.txtae497ee892df7d9b70b1a789ca3d1d40MD52ORIGINAL001175182.pdfTexto parcialapplication/pdf1015320http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265135/1/001175182.pdf1fc4c8b24654b05e593912372a41a282MD5110183/2651352023-09-24 03:39:31.190693oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265135Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-24T06:39:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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Nesse cenário, foi desenvolvido o conceito de sobrevida relativa, a partir do qual as mortes observadas são comparadas com as mortes esperadas da população em geral, permitindo que causas de morte competitivas ao câncer sejam eliminadas das estimativas. Uma limitação desta metodologia é o fato de não permitir a comparação das estimativas entre populações cuja mortalidade em geral e o excesso de mortalidade devido ao câncer depende de variáveis demográficas. O estimador de sobrevida líquida proposto por Pohar Perme em 2012 é uma alternativa da abordagem de sobrevida relativa, que utiliza procedimento de ponderação de probabilidade inversa tornando-o um estimador consistente e não enviesado. Estima a probabilidade de sobrevida na situação hipotética de que a mortalidade por câncer é a única mortalidade possível, ou seja, elimina a dependência da mortalidade por causas externas ao câncer como, por exemplo, a idade. Com base na premissa de que a sobrevida líquida é um importante indicador epidemiológico, que o EPP é apontado como o melhor estimador para a sobrevida líquida e que estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP e dados brasileiros de pacientes com diagnóstico de câncer são escassas, foi elaborada a questão de pesquisa desta tese: Existe estimativas de sobrevida líquida utilizando o EPP de pacientes com diagnóstico de câncer residentes no Brasil? Caso negativo, existem dados disponíveis que possam ser utilizados para fornecer estas estimativas? Nessa perspectiva, esta tese objetivou produzir estimativas de sobrevida líquida em 5 anos para pacientes com câncer usando o estimador Pohar Perme em dados de Registros de Câncer de Base Populacional de Porto Alegre (RS), Brasil. Além da revisão de literatura, dois artigos científicos compõem a tese: O primeiro artigo trata de uma revisão de escopo conduzida conforme as recomendações do Instituto Joana Briggs e que objetivou mapear estudos oncológicos que utilizam o PPE de modo a descrever onde e qual o contexto que o PPE está sendo utilizado e, o que os autores estão apontando como justificativas para seu uso, bem como as limitações encontradas. A revisão de escopo mostrou que as duas principais características do EPP mencionadas pelos estudos como justificativa foram o fato de ser um estimador imparcial (83,5%) e que produz estimativas comparáveis entre populações com diferentes taxas de mortalidade por causas diferentes do câncer (36,47%). Ainda, nenhum estudo apontou limitações do uso do EPP. Concluímos que, o EPP, por ser padrão-ouro para estimar a sobrevivência líquida, deve ser mais utilizado na oncologia, especialmente quando se lida com estudos de base populacional onde o tempo de acompanhamento é longo, aumentando a probabilidade de morte por causas diferentes do câncer e a causa morte não é informação completamente confiável. O segundo artigo apresenta um estudo de coorte retrospectiva e tem o objetivo de estimar a sobrevida líquida em 5 anos de pacientes diagnosticados com um de 19 tipos câncer. Foram analisados 20701 pacientes diagnosticados com um dos 19 tipos de cânceres entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2012. Destes, 11476 (55,4%) eram mulheres, entre as quais os quatro tipos de cânceres mais frequentes foram: mama (43,8%), colo retal (11,1%), pulmão (8,7%) e colo uterino (5,8%). O câncer com menor sobrevida foi o câncer de pâncreas, tanto para as mulheres 11,4% (95%IC: 8,10%-16,1%), quanto para os homens 14,6% (95%IC: 10,7%-20,0%). 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