"Com a flecha engatilhada” : rap e textualidades indígenas descolonizando as aulas de literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188281 |
Resumo: | Este trabalho é compartilhamento de um processo de pesquisa que propõe a abordagem das literaturas indígenas (em seus diversos suportes) como possibilidades de descolonizar as representações acerca dos povos originários do Brasil quando abordadas em sala de aula. A ideia principal é que assim como a arte, a linguagem é um campo de disputas importantes e também o principal espaço de expressão para diferentes grupos. Sendo assim, proponho que seja possível construir uma discussão sobre essas temáticas nas aulas de Literatura, e fazendo isso podemos transformar muitos dos paradigmas que perpetuam as representações hegemônicas de grupos tachados como minorias, e também evidenciar essas vozes que combatem as estruturas coloniais que se renovam ainda hoje no nosso país. Partindo do pressuposto de que o os movimentos que se colocam frente à essa organização opressora empreendem atitudes anticoloniais (ou decoloniais), e que isso acontece por meio de processos pedagógicos (WALSH, 2005), proponho uma forma de abordar as produções de sujeitos indígenas (e em especial de jovens Guarani Mbyá e Kaiowá que produzem Rap), que evidencie seu potencial pedagógico. Ou seja, neste trabalho além de brevemente discutir as formas das textualidades indígenas no Brasil, apresento também uma discussão sobre o ensino de Literatura através do relato de duas experiências práticas (a construção de um projeto sobre linguagens, juventudes indígenas e resistência, pensado para alunos de Ensino Médio, e o relato de duas atividades desenvolvidas no Coletivo de Educação Território Popular), que podem auxiliar na compreensão e difusão dessas produções, e sobretudo servem em parte como exemplo de como se dão os processos de desaprendizagens das formas coloniais e reaprendizagem em ambientes mais coletivos e horizontais. |
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Silva, Sofia Robin Ávila daTettamanzy, Ana Lúcia Liberato2019-01-26T02:35:47Z2017http://hdl.handle.net/10183/188281001082677Este trabalho é compartilhamento de um processo de pesquisa que propõe a abordagem das literaturas indígenas (em seus diversos suportes) como possibilidades de descolonizar as representações acerca dos povos originários do Brasil quando abordadas em sala de aula. A ideia principal é que assim como a arte, a linguagem é um campo de disputas importantes e também o principal espaço de expressão para diferentes grupos. Sendo assim, proponho que seja possível construir uma discussão sobre essas temáticas nas aulas de Literatura, e fazendo isso podemos transformar muitos dos paradigmas que perpetuam as representações hegemônicas de grupos tachados como minorias, e também evidenciar essas vozes que combatem as estruturas coloniais que se renovam ainda hoje no nosso país. Partindo do pressuposto de que o os movimentos que se colocam frente à essa organização opressora empreendem atitudes anticoloniais (ou decoloniais), e que isso acontece por meio de processos pedagógicos (WALSH, 2005), proponho uma forma de abordar as produções de sujeitos indígenas (e em especial de jovens Guarani Mbyá e Kaiowá que produzem Rap), que evidencie seu potencial pedagógico. Ou seja, neste trabalho além de brevemente discutir as formas das textualidades indígenas no Brasil, apresento também uma discussão sobre o ensino de Literatura através do relato de duas experiências práticas (a construção de um projeto sobre linguagens, juventudes indígenas e resistência, pensado para alunos de Ensino Médio, e o relato de duas atividades desenvolvidas no Coletivo de Educação Território Popular), que podem auxiliar na compreensão e difusão dessas produções, e sobretudo servem em parte como exemplo de como se dão os processos de desaprendizagens das formas coloniais e reaprendizagem em ambientes mais coletivos e horizontais.Este trabajo es una forma de compartir el proceso de investigación que propone el abordaje de las literaturas indígenas (en sus variados soportes) como posibilidades de descolonizar las representaciones de los pueblos originarios de Brasil cuando son abordadas en clase. La idea principal es que, así como el arte, el lenguaje es un campo de disputas importantes y también el principal espacio de expresión para diferentes grupos. Igualmente, propongo que sea posible construir una discusión sobre esas temáticas en las clases de Literatura, y, con eso, transformar muchos de los paradigmas que perpetúan las representaciones hegemónicas de grupos tachados de minorías, y también evidenciar esas voces que combaten las estructuras coloniales que se renuevan todavía hoy en nuestro país. Partiendo de la hipótesis de que los movimientos que se plantean frente a esa organización opresora emprenden actitudes anticoloniales (o decoloniales), y que eso ocurre a través de procesos pedagógicos (WALSH, 2005), presento una forma de abordar las producciones de sujetos indígenas (en especial jóvenes Guaraní Mbyá y Kaiowá que producen Rap), que señale su potencial pedagógico. En este trabajo, además de brevemente discutir las formas de las textualidades indígenas en Brasil, presento también una discusión sobre la enseñanza de Literatura a través del relato de dos experiencias prácticas (la construcción de un proyecto sobre lenguajes, juventudes indígenas y resistencia, pensado para alumnos de enseñanza secundaria, y el relato de dos actividades desarrolladas en el Coletivo de Educação Território Popular), que pueden auxiliar en la comprensión y difusión de esas producciones, y, sobretodo, sirven en parte como ejemplo de cómo se construyen los de desaprendizajes de las formas coloniales y reaprendizaje en ambientes más colectivos y hori procesos zontales.application/pdfporLiteratura indígenaRap (Música)Ensino e aprendizagemColonialismo culturalIndígenasÍndios mbyá-guaraniIndios guarani-kaiowáLiteraturaEnseñanza de LiteraturaDecolonialidadRap"Com a flecha engatilhada” : rap e textualidades indígenas descolonizando as aulas de literaturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001082677.pdf.txt001082677.pdf.txtExtracted Texttext/plain202702http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188281/2/001082677.pdf.txted36475b812b056249cfb4dfac0ea46eMD52ORIGINAL001082677.pdfTexto completoapplication/pdf4019309http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188281/1/001082677.pdfccf2b09ecde6fa34cd5924e9e6cee994MD5110183/1882812022-02-22 05:08:49.173965oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188281Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T08:08:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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