Ressecção de parede torácica em pacientes pediátricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espinel, Júlio de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/231938
Resumo: As toracectomias são procedimentos incomuns na população pediátrica. São realizados para tratar lesões da parede torácica de natureza benigna e maligna. Muitas vezes acabam produzindo um grande defeito na parede torácica que necessita de toracoplastia. Essa reconstrução da parede torácica pode ser feita de diversas maneiras: aproximação primária, retalhos musculares ou miocutâneos, com ou sem próteses sintéticas. O objetivo deste estudo é analisar as toracectomias e toracoplastias realizadas por patologias benignas e malignas em um serviço de referência em cirurgia torácica pediátrica. O estudo consiste em um estudo observacional de pacientes submetidos a ressecções da parede torácica no Hospital da Criança Santo Antônio entre 2005 e 2021. Foram analisados 39 pacientes, com predomínio do sexo masculino e média de idade de 98 + 64 meses. Os sintomas mais comuns na apresentação dos pacientes foram dor torácica e dispnéia; os sinais clínicos mais frequentes foram abaulamento da parede torácica e febre. Houve 17 (44%) pacientes submetidos a toracectomias com ressecção de costelas e partes moles e 22 (56%) pacientes com apenas ressecção de partes moles da parede torácica. Foram mais frequentes os tumores malignos primários da parede torácica. Apenas um terço dos pacientes foram submetidos a biópsia incisionais; os demais foram submetidos diretamente à cirurgia definitiva. Houve um predomínio de sarcomas entre os tumores malignos. A técnica de toracoplastia mais frequentemente empregada foi o fechamento primário sem próteses sintéticas. As complicações relacionadas ao sítio cirúrgico foram mais frequentes que as complicações respiratórias (5,2%). A prevalência de escoliose no seguimento do estudo foi de 13 8 (25,8%) pacientes com ângulo de Cobb maior que dez graus. Observamos uma associação entre escoliose e o número de costelas ressecadas [Odds Ratio 2,9; IC95% (1,2-6,8)]. Também encontramos associação entre a escoliose e a localização da massa tumoral no toráx (P<0,05). Concluindo, as ressecções da parede torácica são procedimentos seguros em pediatria. dentificamos dois fatores que estão associados ao aumento de risco no desenvolvimento da escoliose na população pediátrica submetida a toracectomia: a posição posterior da toracectomia e o número de costelas ressecadas.
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Os sintomas mais comuns na apresentação dos pacientes foram dor torácica e dispnéia; os sinais clínicos mais frequentes foram abaulamento da parede torácica e febre. Houve 17 (44%) pacientes submetidos a toracectomias com ressecção de costelas e partes moles e 22 (56%) pacientes com apenas ressecção de partes moles da parede torácica. Foram mais frequentes os tumores malignos primários da parede torácica. Apenas um terço dos pacientes foram submetidos a biópsia incisionais; os demais foram submetidos diretamente à cirurgia definitiva. Houve um predomínio de sarcomas entre os tumores malignos. A técnica de toracoplastia mais frequentemente empregada foi o fechamento primário sem próteses sintéticas. As complicações relacionadas ao sítio cirúrgico foram mais frequentes que as complicações respiratórias (5,2%). A prevalência de escoliose no seguimento do estudo foi de 13 8 (25,8%) pacientes com ângulo de Cobb maior que dez graus. Observamos uma associação entre escoliose e o número de costelas ressecadas [Odds Ratio 2,9; IC95% (1,2-6,8)]. Também encontramos associação entre a escoliose e a localização da massa tumoral no toráx (P<0,05). Concluindo, as ressecções da parede torácica são procedimentos seguros em pediatria. dentificamos dois fatores que estão associados ao aumento de risco no desenvolvimento da escoliose na população pediátrica submetida a toracectomia: a posição posterior da toracectomia e o número de costelas ressecadas.Chest wall resection is an uncommon procedure in the pediatric population, and it is performed to treat chest wall tumors of a benign or malignant nature. However, they often end up producing a large defect in the chest wall that requires thoracoplasty. This chest wall reconstruction can be done in several ways: primary approximation, muscle or myocutaneous flaps, with or without synthetic prostheses. The aim of this study is to analyze chest wall resection and thoracoplasties, performed for both benign and malignant tumors, in a reference service in pediatric thoracic surgery. The study consists of an observational study of patients underwent chest wall resection at Hospital da Criança Santo Antônio, between 2005 and 2021. Thiry-nine patients were analyzed, with a predominance of males and a mean age of 98 + 64 months. Patients' most common symptoms were chest pain and dyspnea; the most frequent clinical signs were bulging of the chest wall and fever. Seventeen (44%) patients underwent chest wall resection with rib and soft tissue resection, and twenty-two (56%) patients with chest wall soft tissue resection only. Primary malignant tumors of the chest wall were more frequent. Only a third of patients underwent incisional biopsies; the others were directly submitted to definitive surgery. There was a predominance of sarcomas among malignant tumors. The most frequently used thoracoplasty technique was primary closure without synthetic prostheses. Furthermore, complications related to the surgical site were more frequent than respiratory complications. The prevalence of scoliosis in the study follow-up was eight (25.8%) patients, with a Cobb angle greater than ten degrees. We observed an association between scoliosis and the number of resected ribs [Odds Ratio 2.9; 95%CI (1.2-6.8)]. We 15 also found an association between scoliosis and the location of tumor mass in the chest (P<0.05). In conclusion, chest wall resections are safe procedures in pediatric patients. There is an increased risk for developing scoliosis in pediatric population undergoing chest wall resection when considering location of lesion and number of resected ribs.application/pdfporParede torácicaToracoplastiaNeoplasias torácicasEscoliosePediatriaCriançaChest wall resectionThoracoplastyChest wall tumorScoliosisPediatricsRessecção de parede torácica em pacientes pediátricosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências PneumológicasPorto Alegre, BR-RS2021doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001132402.pdf.txt001132402.pdf.txtExtracted Texttext/plain140520http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231938/2/001132402.pdf.txtc40c0ed50ecd4a4f3a6df70f0453cf07MD52ORIGINAL001132402.pdfTexto completoapplication/pdf1484963http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231938/1/001132402.pdf50eaacde3a2d101439ba8e4a5579799eMD5110183/2319382021-11-20 05:53:43.511318oai:www.lume.ufrgs.br:10183/231938Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-11-20T07:53:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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