Invasão de nervos pelo carcinoma da próstata em biópsias transretais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Litvin, Isnard Elman
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/10371
Resumo: Introdução e Objetivo: A invasão de nervos pelo carcinoma da próstata, em biópsias por agulha, pode ser um preditor independente de extensão extra-prostática e pode influenciar no manejo cirúrgico. Nervos são, algumas vezes, difíceis de serem visualizados em biópsias por agulha da próstata coradas pela técnica da hematoxilina e eosina. É possível que, utilizando-se a técnica da imuno-histoquímica com o anticorpo para a proteína S-100, os nervos e a invasão de nervos sejam mais facilmente detectados, reduzindo-se a quantidade de falso-negativos. Material e Método: Foram examinados 101 exames de biópsias por agulha, correspondendo a setenta pacientes, com carcinoma da próstata, através de lâminas coradas pela técnica da hematoxilina e eosina, selecionados a partir de 500 exames consecutivos. Obtiveram-se novos cortes dos mesmos blocos de parafina que foram corados pela técnica imuno-histoquímica, utilizando o anticorpo policlonal para a proteína S-100. O número total de nervos, o número de nervos invadidos pelo carcinoma da próstata, o número de nervos por área de tecido, o número de nervos invadidos por área de carcinoma e o diâmetro dos nervos invadidos pelo carcinoma foram determinados por dois investigadores, nas duas técnicas de coloração. Resultados: Dos 70 pacientes avaliados 31 (44,3%) apresentaram invasão de nervo pelo carcinoma no HE e 43 (61,4%) apresentaram invasão de nervo com a técnica imunohistoquímica da proteína S-100 (p<0,001). Na área de carcinoma foram detectados mais nervos invadidos no S-100 do que no HE (p<0,001). O diâmetro do menor nervo invadido pelo carcinoma foi menor no S-100 do que no HE (p=0,007). Conclusão: A coloração com a técnica imuno-histoquímica com o anticorpo para a proteína S-100 aumenta a sensibilidade para reconhecer nervos em material de punção-biópsia da próstata por agulha. Também, com o S-100 se reconhecem mais invasões de nervos pelo carcinoma da próstata, as quais não eram visualizadas quando coradas com o HE. Desta forma reduziu-se a quantidade de casos falso-negativos e demonstrou-se que o exame criterioso de espécimes corados com o HE não é suficiente para detectar todas as invasões de nervos pelo carcinoma da próstata.
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Obtiveram-se novos cortes dos mesmos blocos de parafina que foram corados pela técnica imuno-histoquímica, utilizando o anticorpo policlonal para a proteína S-100. O número total de nervos, o número de nervos invadidos pelo carcinoma da próstata, o número de nervos por área de tecido, o número de nervos invadidos por área de carcinoma e o diâmetro dos nervos invadidos pelo carcinoma foram determinados por dois investigadores, nas duas técnicas de coloração. Resultados: Dos 70 pacientes avaliados 31 (44,3%) apresentaram invasão de nervo pelo carcinoma no HE e 43 (61,4%) apresentaram invasão de nervo com a técnica imunohistoquímica da proteína S-100 (p<0,001). Na área de carcinoma foram detectados mais nervos invadidos no S-100 do que no HE (p<0,001). O diâmetro do menor nervo invadido pelo carcinoma foi menor no S-100 do que no HE (p=0,007). Conclusão: A coloração com a técnica imuno-histoquímica com o anticorpo para a proteína S-100 aumenta a sensibilidade para reconhecer nervos em material de punção-biópsia da próstata por agulha. Também, com o S-100 se reconhecem mais invasões de nervos pelo carcinoma da próstata, as quais não eram visualizadas quando coradas com o HE. Desta forma reduziu-se a quantidade de casos falso-negativos e demonstrou-se que o exame criterioso de espécimes corados com o HE não é suficiente para detectar todas as invasões de nervos pelo carcinoma da próstata.Background: The identification of perineural invasion in prostate needle biopsies may be an independent predictor of extraprostatic extension of prostatic carcinoma and may also affect surgical management. Nerves are often difficult to recognize on hematoxylin and eosin stained prostate needle biopsies. Perhaps using an immunohistochemical stain for S-100 protein, nerves and the presence of perineural invasion, may be more easily detected. Methods: We examined 101 (70 patients) cases of prostatic carcinoma by routine HE stain to determine perineural invasion and nerves. Step sections were immunostained for S- 100 protein (polyclonal antibody). The total nunmber of nerves, the number of nerves showing perineural invasion, the number of nerves per square millimeter of tissue, the number of nerves showing perineural invasion per square millimeter of prostatic carcinoma and the diameter of perineural invasion were determined by two investigators on the HE and S-100 stained prostate needle biopsies. Results: Among the 70 patients, perineural invasion was detected in 31 (44,3%) patients on HE stained sections and in 43 (61,4%) on S-100 stained sections (p<0,001). The prostate needle biopsies on median showed more perineural invasion on S-100 stained than on HE (P<0,001). The minimum diameter of perineural invasion was smaller on S-100 stained than on HE (p=0,007). Conclusions: S-100 staining increases the sensivity with which nerves are recognized in prostate needle biopsies. More significantly, S-100 staining reveals perineural invasion by prostatic carcinoma that is often unrecognized in HE stained sections. These results support that careful examination of routine HE-stained specimens is not sufficient to detect all important nerve invasion.application/pdfporNeoplasias da próstataCarcinomaBiópsia por agulhaImuno-histoquímicaProteínas S100Prostate carcinomaPerineural invasionImmunohistochemistryS-100 proteinInvasão de nervos pelo carcinoma da próstata em biópsias transretaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina : CirurgiaPorto Alegre, BR-RS2004mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000597323.pdf000597323.pdfTexto completoapplication/pdf1489572http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10371/1/000597323.pdfb67f6f3dbf610c4e1bcc2916ac41b1ebMD51TEXT000597323.pdf.txt000597323.pdf.txtExtracted Texttext/plain193136http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10371/2/000597323.pdf.txtf78e772cf5be65146d3cb1b53eae76cfMD52THUMBNAIL000597323.pdf.jpg000597323.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1175http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10371/3/000597323.pdf.jpgeeb7869aa0bd047a9744548cd18578b7MD5310183/103712023-11-05 04:24:40.593743oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10371Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-05T06:24:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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