A escola indigena Kaingang e os desafios na educacao infantil : um estudo na Aldeia Pinhalzinho, Terra Indigena Nonoai, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Josias Loureiro de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: spa
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218446
Resumo: Nesta pesquisa, apresento reflexões a respeito da escola de educação infantil, esta etapa da educação básica que é recente entre os povos indígenas, também pouco compreendida pelas comunidades e igualmente pouco estudada. A partir da pergunta: qual(is) a(s) influência(as) da escola de educação infantil no cotidiano das crianças kaingang?,desenvolvo um estudo na Terra Indígena de Nonoai, localizada no norte do Estado do Rio Grande do Sul. Meu estudo se situa mais especificamente na Aldeia Pinhalzinho, em uma Escola Indígena Estadual, na turma do jardim B, (pré-escola) que são as crianças de cinco anos de idade. Inicio a pesquisa indo ao encontro dos anciões, buscando compreender melhor a educação tradicional e a vida das crianças na aldeia. Na sequência, vou à escola conversar com a equipe gestora e professoras e, depois, realizo observações. Para discutir a educação escolar e mais especificamente a educação infantil indígena conto com as produções de pesquisadores indígenas que falam da educação das crianças kaingang junto a seus familiares, (CLAUDINO, 2013 e FERREIRA, 2014). Esses trabalhos me auxiliaram e também são inspiração para o levantamento dos dados a partir de métodos investigativos próprios. Na análise dos dados constatei que a escola não segue e não reconhece por completo os conhecimentos kaingang como base da educação. O ensino não é abordado a partir dos conhecimentos que vem de casa, da comunidade, da tradição, mas ministra um conhecimento escolarizado, considerando-o como a única forma de produzir conhecimento. Os dados da pesquisa perpassam por toda a dissertação, frisando a maneira que as crianças indígenas aprendem e se desenvolvem na aldeia. Muitos pais não são a favor e não mandam seus filhos para a escola, pois acreditam que nesta idade eles aprendem junto com os avós, na comunidade, na vivência comunitária na aldeia; outros acreditam que a escola vai fazer está função. Os avós, por sua vez, são contrários em mandar seus netos para a escola nesta idade. No entanto, muitas vezes por motivos de casamento de indígenas com pessoas de outras etinias eles não interferem na decisão dos filhos em mandar seus netos para a escola.
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Para discutir a educação escolar e mais especificamente a educação infantil indígena conto com as produções de pesquisadores indígenas que falam da educação das crianças kaingang junto a seus familiares, (CLAUDINO, 2013 e FERREIRA, 2014). Esses trabalhos me auxiliaram e também são inspiração para o levantamento dos dados a partir de métodos investigativos próprios. Na análise dos dados constatei que a escola não segue e não reconhece por completo os conhecimentos kaingang como base da educação. O ensino não é abordado a partir dos conhecimentos que vem de casa, da comunidade, da tradição, mas ministra um conhecimento escolarizado, considerando-o como a única forma de produzir conhecimento. Os dados da pesquisa perpassam por toda a dissertação, frisando a maneira que as crianças indígenas aprendem e se desenvolvem na aldeia. Muitos pais não são a favor e não mandam seus filhos para a escola, pois acreditam que nesta idade eles aprendem junto com os avós, na comunidade, na vivência comunitária na aldeia; outros acreditam que a escola vai fazer está função. Os avós, por sua vez, são contrários em mandar seus netos para a escola nesta idade. No entanto, muitas vezes por motivos de casamento de indígenas com pessoas de outras etinias eles não interferem na decisão dos filhos em mandar seus netos para a escola.En esta investigación, presento reflexiones sobre la escuela de educación inicial, etapa de la educación básica que es reciente entre los pueblos indígenas, además de poco comprendida por las comunidades y también poco estudiada. A partir de la pregunta: Cuál(es) es/son la/las influencia(as) de la escuela de educación inicial en el cotidiano de los niños(as) kaingang?, desarrollo un estudio en la Tierra indígena de Nonoai, localizada en el norte del Estado de Rio Grande do Sul. Mi estudio se sitúa específicamente en la Aldea Pinhalzinho, en una Escuela Indígena Estadual, en el grupo de jardín B (pre escuela) correspondiente a los niños(as) de cinco años de edad. Inicio la investigación yendo al encuentro de los ancianos, buscando comprender mejor la educación tradicional y la vida de los niños(as) en la aldea. A continuación, voy a la escuela a conversar con el equipo gestor y profesoras y, después, realizo observaciones. Para discutir la educación escolar y más específicamente la educación inicial indígena, cuento con las producciones de investigadores indígenas que hablan de la educación de niños(as) kaingang junto a sus familiares, (CLAUDINO, 2013 e FERREIRA, 2014). Esos trabajos me auxiliaron y también son inspiración para el levantamiento de datos a partir de métodos de investigación propios. En el análisis de datos constaté que la escuela no sigue y no reconoce en su integridad los conocimientos kaingang como base de la educación. La enseñanza no es abordada a partir de los conocimientos que vienen de casa, de la comunidad, de la tradición, sino que se imparte un conocimiento escolarizado, considerado como la única forma de producir conocimiento. Los datos de la investigación recorren toda la disertación, destacando la manera como los niños(as) aprenden y se desarrollan en la aldea. Muchos padres no son a favor y no mandan sus hijos a la escuela, pues piensan que a esa edad ellos aprenden junto con los abuelos, en la comunidad, en la vivencia comunitaria en la aldea; otros piensan que la escuela va a cumplir esa función. Los abuelos, por su parte, son contrarios a mandar a sus nietos(as) a la escuela a esa edad. Sin embargo, muchas veces, por motivos de casamiento de indígenas con personas de otras etnias, ellos no interfieren en la decisión de los hijos en mandar a sus nietos a la escuela.application/pdfspaCrianças indígenasEducação indígenaEducação infantilEscola indígenaNniños(as) indígenasEducación indígenaEscuela de educación inicial indígenaEducación kaingangA escola indigena Kaingang e os desafios na educacao infantil : um estudo na Aldeia Pinhalzinho, Terra Indigena Nonoai, RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123137.pdf.txt001123137.pdf.txtExtracted Texttext/plain151906http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218446/2/001123137.pdf.txt0848871f2d8a5613c590fd232e39fd35MD52ORIGINAL001123137.pdfTexto completoapplication/pdf1876212http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218446/1/001123137.pdf5142e8c1bb309a9bcabd1ec8e9127716MD5110183/2184462021-05-07 05:15:05.370306oai:www.lume.ufrgs.br:10183/218446Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T08:15:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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