Características morfológicas, anatômicas e químicas associadas à resistência ao acamamento em Avena sativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Argenta, Jéssica
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/233192
Resumo: O acamamento de plantas é o deslocamento permanente do colmo da posição vertical, resultando em sua inclinação, atingindo o ponto máximo quando as plantas ficam completamente prostradas sobre a superfície do solo. O acamamento em aveia (Avena sativa) é um fenômeno pouco compreendido, sendo influenciado por diversos fatores ambientais e pela estrutura morfológica dos genótipos. O acamamento pode ser caracterizado como de colmo ou de raiz. O acamamento ocorre quando as forças aplicadas, principalmente, pela velocidade do vento e chuvas são maiores do que a planta consegue suportar na base do colmo (acamamento de colmo) ou pela ancoragem do sistema radicular (acamamento de raiz), resultando no deslocamento da base da planta no solo. O objetivo deste estudo foi determinar quais características morfológicas, químicas e anatômicas do colmo são responsáveis pela resistência ao acamamento em aveia. Dez genótipos de aveia, com diferentes níveis de resistência ao acamamento, foram avaliados no ano de 2017, sob três densidades de semeadura. No ano de 2018, cinco desses genótipos foram conduzidos em duas épocas e três densidades de semeadura. Os resultados indicam que a resistência ao acamamento de colmo em aveia resulta da ocorrência simultânea de diferentes características, a saber: presença de parênquima fundamental subdérmico na parede celular dos entrenós do colmo; maior lignificação dos tecidos do colmo, como anel de esclerênquima, parênquima fundamental subdérmico e feixes vasculares; baixa estatura de plantas, especialmente associada a entrenós basais mais curtos; maior diâmetro do colmo e maior espessura da parede do colmo, possibilitando maior preenchimento dos entrenós basais, principalmente do primeiro. Níveis variáveis de resistência ao acamamento são alcançados quando há presença parcial dessas características. Porém, somente essas características não são suficientes para explicar a resistência ao acamamento em aveia. Sob condições de campo, maior resistência ao acamamento em aveia pode ser alcançada pela seleção de plantas com menor estatura, maior diâmetro dos entrenós basais do colmo, associadas a maior espessura da parede do primeiro entrenó basal, resultando em maior resistência desse entrenó, quando sob pressão.
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O objetivo deste estudo foi determinar quais características morfológicas, químicas e anatômicas do colmo são responsáveis pela resistência ao acamamento em aveia. Dez genótipos de aveia, com diferentes níveis de resistência ao acamamento, foram avaliados no ano de 2017, sob três densidades de semeadura. No ano de 2018, cinco desses genótipos foram conduzidos em duas épocas e três densidades de semeadura. Os resultados indicam que a resistência ao acamamento de colmo em aveia resulta da ocorrência simultânea de diferentes características, a saber: presença de parênquima fundamental subdérmico na parede celular dos entrenós do colmo; maior lignificação dos tecidos do colmo, como anel de esclerênquima, parênquima fundamental subdérmico e feixes vasculares; baixa estatura de plantas, especialmente associada a entrenós basais mais curtos; maior diâmetro do colmo e maior espessura da parede do colmo, possibilitando maior preenchimento dos entrenós basais, principalmente do primeiro. Níveis variáveis de resistência ao acamamento são alcançados quando há presença parcial dessas características. Porém, somente essas características não são suficientes para explicar a resistência ao acamamento em aveia. Sob condições de campo, maior resistência ao acamamento em aveia pode ser alcançada pela seleção de plantas com menor estatura, maior diâmetro dos entrenós basais do colmo, associadas a maior espessura da parede do primeiro entrenó basal, resultando em maior resistência desse entrenó, quando sob pressão.Plant lodging is the permanent displacement of the stem from the upright position, resulting in its inclination, reaching a maximum when plants are completely prostrate on the soil surface. Oat (Avena sativa) lodging is a poorly understood phenomenon, which is influenced by several environmental factors and by the morphological structure of the genotypes. Oat lodging can be characterized either as stem lodging or root loding. Lodging happens when forces applied mainly by wind and rainfall are greater than those the plant can support at its stem base (stem lodging) or by the anchorage provided by its root system (root lodging), resulting in the displacement of the plant base in the soil. The objective of this study was to determine which morphological, chemical and anatomical characteristics of the stem are responsible for oat lodging resistance. Ten oat genotypes with different levels of lodging resistance were evaluated in 2017 under three sowing densities. In 2018, five of these genotypes were conducted under two sowing dates and three sowing densities. The results indicate the resistance to stem lodging on oats results from the simultaneous occurrence of different characteristics, namely: presence of subdermal parenchyma tissue in the cell walls of the stem internodes; greater lignification of stem tissues, such as sclerenchymal ring, fundamental subdermal parenchyma, and vascular bundles; short plant stature, especially associated with shorter basal internodes; larger culm diameter and greater culm wall thickness, allowing greater filling of the basal internodes, mainly the first one. Variable levels of lodging resistance are reached when these characteristics are partially present. However, these characteristics alone are not sufficient to explain oat lodging resistance. Under field condiction, greater oat lodging resistance can be achieved by selecting plants with shorter stature, larger basal stem diameter, associated with greater wall thickness of the first basal stem internode wall, resulting in higher resistance of this internode when under pressure.application/pdfporAveiaTombamento de plantaEstatura de plantaCaracterísticas agronômicasCaracterísticas morfológicas, anatômicas e químicas associadas à resistência ao acamamento em Avena sativaMorphological, anatomical and chemical characteristics associated with lodging in Avena sativa info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130817.pdf.txt001130817.pdf.txtExtracted Texttext/plain240515http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233192/2/001130817.pdf.txt5b6799229572ff2f795e259a5f9e7290MD52ORIGINAL001130817.pdfTexto completoapplication/pdf4397187http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233192/1/001130817.pdf3288ceff9d3ad0dc4c8fb2f788757465MD5110183/2331922022-01-07 05:30:57.69757oai:www.lume.ufrgs.br:10183/233192Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-01-07T07:30:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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