Experiências do grupal : cartografia do estilo na prática de monitoria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/29682 |
Resumo: | O presente escrito volta-se à temática do grupal a partir da cartografia da relação entre as disciplinas de grupos do curso de graduação em Psicologia da UFRGS e a atividade de monitoria a elas referida. Tal prática, baseada no referencial dos grupos operativos desenvolvido por Pichon-Rivière, fora estendida ao longo de anos e atravessada por várias gerações de estudantes, constituindo um estilo próprio que interpelava, reformulava e expandia o arcabouço teórico que lhe provia suporte. A dissertação busca, assim, apresentar o estilo produzido desde a experiência de monitoria, acompanhando-o como processo de multiplicidades em movimento e resgatar a história que o constituiu como tal – história pela qual seus autores encontram-se atravessados – ao mesmo tempo em que abre caminhos para o trabalho com grupos interrogando as lógicas individualizantes. Rastreando a trajetória de monitoria através dos registros oficiais da universidade e das composições narrativas de alguns dos ex-monitores, buscamos desenhar a tessitura onde essa experiência inscreve-se em suas múltiplas dimensões. Ao trabalharmos o campo pichoniano desde lógicas nãounitárias, o próprio aporte conceitual acusa transformações – apresentada aqui através da desconstrução da noção de tarefa, condição para afirmá-la em sua dimensão processual. Lançamos mão do conceito de experiência inspirado por Walter Benjamin para pensar a prática de monitoria como algo que transborda o microuniverso do indivíduo isolado, estendendo-se para além do momento vivenciado. A partir da leitura da estética da existência de Foucault, trabalhamos com a noção de estilo enquanto construção subjetiva e marca de singularidade, problematizando e historicizando a impregnação do modoindivíduo na contemporaneidade. Ao final, propomos o grupal como experiência, uma trama dotada da capacidade de interpelar os processos de subjetivação massificantes e conduzir a novas interrogações, afirmando a potência de singularização das experiências grupais. |
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Mano, Gustavo Caetano de MattosCarlos, Sergio Antonio2011-06-21T05:59:59Z2011http://hdl.handle.net/10183/29682000778682O presente escrito volta-se à temática do grupal a partir da cartografia da relação entre as disciplinas de grupos do curso de graduação em Psicologia da UFRGS e a atividade de monitoria a elas referida. Tal prática, baseada no referencial dos grupos operativos desenvolvido por Pichon-Rivière, fora estendida ao longo de anos e atravessada por várias gerações de estudantes, constituindo um estilo próprio que interpelava, reformulava e expandia o arcabouço teórico que lhe provia suporte. A dissertação busca, assim, apresentar o estilo produzido desde a experiência de monitoria, acompanhando-o como processo de multiplicidades em movimento e resgatar a história que o constituiu como tal – história pela qual seus autores encontram-se atravessados – ao mesmo tempo em que abre caminhos para o trabalho com grupos interrogando as lógicas individualizantes. Rastreando a trajetória de monitoria através dos registros oficiais da universidade e das composições narrativas de alguns dos ex-monitores, buscamos desenhar a tessitura onde essa experiência inscreve-se em suas múltiplas dimensões. Ao trabalharmos o campo pichoniano desde lógicas nãounitárias, o próprio aporte conceitual acusa transformações – apresentada aqui através da desconstrução da noção de tarefa, condição para afirmá-la em sua dimensão processual. Lançamos mão do conceito de experiência inspirado por Walter Benjamin para pensar a prática de monitoria como algo que transborda o microuniverso do indivíduo isolado, estendendo-se para além do momento vivenciado. A partir da leitura da estética da existência de Foucault, trabalhamos com a noção de estilo enquanto construção subjetiva e marca de singularidade, problematizando e historicizando a impregnação do modoindivíduo na contemporaneidade. Ao final, propomos o grupal como experiência, uma trama dotada da capacidade de interpelar os processos de subjetivação massificantes e conduzir a novas interrogações, afirmando a potência de singularização das experiências grupais.The present writing, directed to the study of groups, takes ground on the cartography of the relationship between the Group classes at the UFRGS’ Psychology Institute and the tutorship activities related to them. Such practice, based on the Referential of Operative Groups developed by Enrique Pichon-Rivière, was extended for years and met many generations of students, composing a style of their own that questioned, reformulated and expanded the theoretical bases where it was settled on. Therefore, this writting aims to introduce the style produced by the tutorship experience, accompanying it as a dynamic process, and rescue the history that made it in that way, at the same time that opens paths for group studies by questioning the individual logics. Tracing the tutorship trajectory using oficial records and narrative compositions provided by some of the former tutors, we desing the canvas where this experience is inscribed in its multiple dimensions. Exploring Pichon- Rivière’s theory on a non-unitary logic, this theorethical ground suffers modifications, presented in this writing as the descontruction of the concept os task in order to conceive its dimension of process. We use the concept of experience, as proposed by Walter Benjamin, to understand the tutorshiping as something that trespasses the universe of a single individual, spreading to beyond the present moment. Inspired by Michel Foucault’s aesthetics of existence, we discuss the concept of style as a subjetive construction and mark of singularity, inquiring and historicizing the individual subjetivation mode at the present time. By the end, we propose the group as an experience, a web capable of interrogate the mass subjetivation processes and guide to new questions, asserting the group’s power of producing singularities.application/pdfporGruposMonitoriaExperiênciaSocial psychologyGroupsTutorshipExperienceExperiências do grupal : cartografia do estilo na prática de monitoriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000778682.pdf.txt000778682.pdf.txtExtracted Texttext/plain238436http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29682/2/000778682.pdf.txt70ec6f787241968ba07b9cc18e6c37e5MD52ORIGINAL000778682.pdf000778682.pdfTexto completoapplication/pdf766417http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29682/1/000778682.pdff4b08b628d38f8536bb1a9dcf5d168deMD51THUMBNAIL000778682.pdf.jpg000778682.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg981http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29682/3/000778682.pdf.jpg92a985cd98a00b51257e3cdc871917ccMD5310183/296822018-10-09 09:21:22.504oai:www.lume.ufrgs.br:10183/29682Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T12:21:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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