Características vocais de mulheres transexuais atendidas pelo Programa Transdisciplinar de Identidade de Gênero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Villas-Bôas, Anna Paula de Sá
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234579
Resumo: Disforia de Gênero (DG- APA -2013) ou transexualidade é referida quando a identidade de gênero na qual a pessoa se identifica não condiz com o sexo biológico e com o gênero atribuído a ela no nascimento. Os estudos sobre a voz na população transexual ainda são escassos, principalmente no Brasil. Uma voz não condizente com a imagem pessoal da identidade vivida tende a ser insatisfatória para essa população. O estudo investigou 24 parâmetros acústicos de voz de 30 mulheres transexuais, com idades entre 19 e 52 anos, atendidas no Programa Transdiciplinar de Identidade de Gênero (PROTIG), comparados com parâmetros acústicos vocais de 31 mulheres cisgênero, com idades entre 20 e 48 anos. Um questionário padronizado foi administrado para coletar dados demográficos dos participantes. Os sons da vogal /a/ de todos os participantes foram coletados e analisados pelo sistema avançado do multi-dimensional voice program. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre mulheres cisgêneros e transexuais em 14 medidas (p <0.05): frequência fundamental, frequência fundamental máxima, frequência fundamental mínima, desvio padrão da frequência fundamental, jitter absoluto, porcentagem ou jitter relativo, perturbação da média relativa da frequência fundamental, perturbação da frequência fundamental, quociente, quociente de perturbação da frequência fundamental suavizada, variação da frequência fundamental, shimmer absoluto, shimmer relativo, índice de turbulência da voz (valores mais baixos nos casos) e índice de fonação suave (valores mais altos nos casos). O valor médio da frequência fundamental foi de 159,046 Hz para os casos e 192,435 Hz para os controles. Nossos resultado encontrou que, por meio de adaptações glóticas, o grupo de mulheres transexuais conseguiu feminilizar suas vozes, sem tratamento, apresentando vozes menos aperiódicas e mais suaves que as das mulheres cisgêneros.
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Os sons da vogal /a/ de todos os participantes foram coletados e analisados pelo sistema avançado do multi-dimensional voice program. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre mulheres cisgêneros e transexuais em 14 medidas (p <0.05): frequência fundamental, frequência fundamental máxima, frequência fundamental mínima, desvio padrão da frequência fundamental, jitter absoluto, porcentagem ou jitter relativo, perturbação da média relativa da frequência fundamental, perturbação da frequência fundamental, quociente, quociente de perturbação da frequência fundamental suavizada, variação da frequência fundamental, shimmer absoluto, shimmer relativo, índice de turbulência da voz (valores mais baixos nos casos) e índice de fonação suave (valores mais altos nos casos). O valor médio da frequência fundamental foi de 159,046 Hz para os casos e 192,435 Hz para os controles. Nossos resultado encontrou que, por meio de adaptações glóticas, o grupo de mulheres transexuais conseguiu feminilizar suas vozes, sem tratamento, apresentando vozes menos aperiódicas e mais suaves que as das mulheres cisgêneros.Gender Dysphoria (DG-APA -2013) or transsexuality is referred to when the gender identity in which the person identifies is not consistent with biological sex and the gender attributed to him at birth. Studies on voice in the transexual population are still scarce, especially in Brazil. A voice not consistent with the past image tends to be unsatisfactory for this population.This study investigated 24 acoustic parameters of the voice of the 30 transsexual women (age 19-52 years) seen in PROTIG compared with 31 cisgender women (age 20-48 years). A standardized questionnaire was administered to collect demographic data from the participants. The sounds of the vowel / a / from all participants were collected and analyzed by the advanced system of the Multidimensional Voice Program. Statistically significant differences were found between cisgender and transsexual women in 14 measures (p <0.05): fundamental frequency, maximum fundamental frequency, minimum fundamental frequency, standard deviation of the fundamental frequency, absolute jitter, percentage or relative jitter, disturbance of the relative average of the fundamental frequency, frequency disturbance fundamental. quotient, smoothed fundamental frequency disturbance quotient, fundamental frequency variation, absolute shimmer, relative shimmer, voice turbulence index (lowest values in cases) and smooth phonation index (highest values in cases). The average value of the fundamental frequency was 159.046 Hz for the cases and 192.435 Hz for the controls. Thus, it was concluded that through glottal adaptations, the group of transsexual women managed to feminize their voices, without treatment, presenting less aperiodic and softer voices than those of cisgender women.application/pdfporPessoas transgêneroMulheresVozFonoterapiaTransgenderGender dysphoriaVoiceAcoustic analysisAdvanced Multidimensional ProgramSpeech therapyCaracterísticas vocais de mulheres transexuais atendidas pelo Programa Transdisciplinar de Identidade de Gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do ComportamentoPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001135180.pdf.txt001135180.pdf.txtExtracted Texttext/plain111568http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234579/2/001135180.pdf.txt08c9ad31fb89678244c4504ff5a44093MD52ORIGINAL001135180.pdfTexto completoapplication/pdf1415141http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234579/1/001135180.pdfa0ac28d5740fadcadcda66c9d9ae9f06MD5110183/2345792022-02-22 04:53:14.7684oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234579Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:53:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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