A interferência do ritmo biológico no rendimento escolar de pré-adolescentes de uma escola do Município de Esteio/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barin, Isabella Loureiro
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/29930
Resumo: Os seres vivos convivem com processos rítmicos como as estações do ano, fases da lua e o ciclo dia e noite. Durante o período de 24 horas do dia, observa-se que há oscilações de temperatura corporal, freqüência cardíaca, pressão sanguínea, sono e vigília, etc., demonstrando que há uma organização temporal resultante dos relógios biológicos, os quais expressam o tempo interior ou endógeno da matéria viva com influências na vida cotidiana. Os ritmos biológicos são sincronizados com o ambiente e, se perturbados, podem comprometer o bom funcionamento do organismo. Assim como existem horários preferidos para dormir e acordar, a aprendizagem pode variar dependendo do horário do dia, conforme o ritmo biológico. De acordo com estas informações, foi realizada uma pesquisa com 202 alunos da 4ª série de uma escola de Ensino Fundamental, sendo 100 meninos e 102 meninas, com idades entre 10 e 12 anos, durante os anos de 2008 e 2009, referente ao ritmo biológico, ao desempenho escolar e às atividades realizadas fora da sala de aula, para obter informações relevantes sobre parâmetros que possam afetar o rendimento escolar. Foi utilizada a escala de Carskadon, que investiga os horários de sono e vigília de pré-adolescentes e adolescentes, bem como seus sentimentos em relação a estes horários. Esta escala classificou os alunos em vespertinos e matutinos. Foram feitas comparações entre o ritmo biológico, turno das aulas e rendimento escolar. Conforme análise estatística observou-se que, nos anos de 2008 e 2009 em conjunto, os alunos classificados como vespertinos que estudam no turno da tarde tiveram melhor rendimento escolar quando comparados com os matutinos em todas as disciplinas. Visando identificar qual ano contribuiu para esta significância, foram analisadas as correlações entre as três variáveis com alunos de 2008 e 2009 separadamente. No ano de 2008, constatou-se que não ocorreram diferenças significativas. No entanto, em 2009, entre os alunos do turno da tarde, os vespertinos tiveram um rendimento escolar superior ao dos matutinos. Conforme resultados da pesquisa referente às atividades realizadas fora da sala de aula, este grupo de alunos que está em casa pela parte da manhã, convivem menos com os amigos, fazem menos esportes, jogam mais jogos eletrônicos, se dedicam mais às tarefas escolares propostas para casa, apesar de lerem menos quando comparados com os matutinos. Com base nos resultados, conclui-se que os vespertinos que estudam no turno da tarde apresentam melhor rendimento escolar do que os matutinos que estudam no mesmo turno. Neste contexto, esta pesquisa busca obter e relacionar informações sobre o ritmo biológico e as atividades pessoais e sociais dos alunos de forma a contribuir para a descoberta do melhor momento da aprendizagem e também de um melhor rendimento escolar.
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De acordo com estas informações, foi realizada uma pesquisa com 202 alunos da 4ª série de uma escola de Ensino Fundamental, sendo 100 meninos e 102 meninas, com idades entre 10 e 12 anos, durante os anos de 2008 e 2009, referente ao ritmo biológico, ao desempenho escolar e às atividades realizadas fora da sala de aula, para obter informações relevantes sobre parâmetros que possam afetar o rendimento escolar. Foi utilizada a escala de Carskadon, que investiga os horários de sono e vigília de pré-adolescentes e adolescentes, bem como seus sentimentos em relação a estes horários. Esta escala classificou os alunos em vespertinos e matutinos. Foram feitas comparações entre o ritmo biológico, turno das aulas e rendimento escolar. Conforme análise estatística observou-se que, nos anos de 2008 e 2009 em conjunto, os alunos classificados como vespertinos que estudam no turno da tarde tiveram melhor rendimento escolar quando comparados com os matutinos em todas as disciplinas. Visando identificar qual ano contribuiu para esta significância, foram analisadas as correlações entre as três variáveis com alunos de 2008 e 2009 separadamente. No ano de 2008, constatou-se que não ocorreram diferenças significativas. No entanto, em 2009, entre os alunos do turno da tarde, os vespertinos tiveram um rendimento escolar superior ao dos matutinos. Conforme resultados da pesquisa referente às atividades realizadas fora da sala de aula, este grupo de alunos que está em casa pela parte da manhã, convivem menos com os amigos, fazem menos esportes, jogam mais jogos eletrônicos, se dedicam mais às tarefas escolares propostas para casa, apesar de lerem menos quando comparados com os matutinos. Com base nos resultados, conclui-se que os vespertinos que estudam no turno da tarde apresentam melhor rendimento escolar do que os matutinos que estudam no mesmo turno. Neste contexto, esta pesquisa busca obter e relacionar informações sobre o ritmo biológico e as atividades pessoais e sociais dos alunos de forma a contribuir para a descoberta do melhor momento da aprendizagem e também de um melhor rendimento escolar.All living beings coexist with rhythmic processes, like seasons, moon phases, the cycle of day and night. During the 24 hours of the day, fluctuations in body temperature, heart rate and blood pressure can be observed; and those variations demonstrate that there is some influence on quotidian life resulting from a temporal organization of biological clocks, which express the endogenous time of living matter. Biological rhythms are synchronized with the environment, and if disturbed, they can compromise the proper functioning of the body. Just as there are personal preferences for sleeping and waking, learning can vary depending on the time of day, according to biological rhythm. According to this information, we conducted a survey regarding the biological rhythm and outside activities of 202 students in the 4th grade of an elementary school (100 boys and 102 girls, aged between 10 and 12 years old, in 2008 and 2009), to get extra information on the subject about parameters that may affect school performance. We used the Carskadon scale, which investigates pre-adolescents’ and adolescents’ time of sleep and wakefulness, and how they feel about them. This scale classified students into matutinal and vespertine. Comparisons were made between biological rhythm, class shifts and school performance. Statistical analysis showed that in 2008 and 2009 combined, students classified as vespertine had better school performance when compared with the matutinal students group in all disciplines. In order to identify which year contributed to this significance, we analyzed the correlations between the three variables with students from 2008 and 2009 separately. In 2008, it was found that there were no significant differences. However, in 2009, the vespertine students in the afternoon shift had a better school performance than the matutinal group in the same shift. According to the results related to their extracurricular activities, students who are at home in the morning spend less time among friends, practice fewer sports, play more video games and are more dedicated to homework, though they read less when compared to matutinal students. Based on these results, we conclude that the verspertine students who study in the afternoon show better scholarly performance than matutinal students in the same period. In this context, this research aims to obtain and correlate information on biological rhythms and students’ personal and social activities to contribute to the discovery of the best time for learning and also better student performance.application/pdfporRelógios biológicosRendimento escolarAdolescenteAprendizagemEnsino fundamentalA interferência do ritmo biológico no rendimento escolar de pré-adolescentes de uma escola do Município de Esteio/RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e SaúdePorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000778426.pdf.txt000778426.pdf.txtExtracted Texttext/plain58488http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29930/2/000778426.pdf.txtbd7f329e22b63fbd3e02b010942c1753MD52ORIGINAL000778426.pdf000778426.pdfTexto completoapplication/pdf657748http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29930/1/000778426.pdf26ff739f02acd53e586941eea43e1b50MD51THUMBNAIL000778426.pdf.jpg000778426.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1166http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/29930/3/000778426.pdf.jpgc2e7a05fe380f5793e6cf6e03d1fcc7bMD5310183/299302022-08-14 04:46:44.246111oai:www.lume.ufrgs.br:10183/29930Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-14T07:46:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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