Terapia de exposição a pistas ambientais em realidade virtual para transtorno por uso de álcool e desenvolvimento de manual para profissionais
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/250589 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O Transtorno por Uso de Álcool (TUA) e suas consequências impõem altos custos ao sistema de saúde e trazem importantes prejuízos ao indivíduo. O tratamento costuma ser complexo, com baixa adesão. Um histórico de múltiplas internações psiquiátricas e clínicas, deterioro e problemas nas funções gerais de vida são algumas das consequências relacionadas ao TUA, muitas vezes associados com interrupção de tratamento e vários episódios de recaída. A Terapia de Exposição a Pistas Ambientais em Realidade Virtual (TEPARV) é uma técnica que associa a exposição a pistas para eliciar fissura em ambiente virtual. Primeiramente utilizada para o tratamento de fobias comuns e transtornos ansiosos, a Realidade Virtual (RV) com a terapia de exposição mostra-se como promissora ferramenta para o tratamento do Transtorno por Uso de Substâncias, principalmente para tabagismo e alcoolismo, que apresentam um maior número de estudos sobre efetividade. OBJETIVO: O objetivo desta dissertação de Mestrado é estudar o uso da TEPARV para TUA, adaptar a técnica para o contexto brasileiro através de um teste de software com pacientes e do desenvolvimento de um manual prático para orientação de profissionais psicólogos e psiquiatras sobre a TEPARV. MÉTODO: Na primeira etapa, foram pesquisados em banco de dados bibliográficos, estudos sobre TEPARV para o tratamento do TUA e de outros transtornos psiquiátricos, tendo sido selecionados estudos clínicos randomizados, metanálises e revisões sistemáticas que incluíssem o uso da TEPARV para TUA, de pistas ambientais com o desencadeamento de fissura. Na segunda etapa, foi realizado um teste de software com pacientes com 7 pacientes com TUA em regime de internação hospitalar com o uso da TEPARV, com o intuito de adaptar um software de RV para o contexto brasileiro e avaliar resposta do paciente às pistas ambientais e surgimento de fissura, além de verificar respostas fisiológicas e psíquicas do paciente antes, durante e após a sessão de TEPARV. Para o estudo foi utilizado o dispositivo Oculus Quest 1 e o software da empresa francesa C2 CARE específico para TUA. Na terceira etapa, foi desenvolvido um manual prático de TEPARV para TUA destinado a profissionais psicólogos e psiquiatras. O manual, no formato online, foi avaliado por 2 psiquiatras e profissional da tecnologia que responderam a um questionário sobre conteúdo e usabilidade do manual, sendo os ajustes e sugestões realizados após a avaliação, além disso, o manual foi avaliado pela C2 CARE. Na quarta etapa, ocorreu a elaboração de um artigo científico. RESULTADOS: Foi possível adaptar a técnica TEPARV para o contexto brasileiro com o desenvolvimento de um manual. Em um primeiro teste, a técnica não desencadeou fissura nos 7 pacientes submetidos ao teste de software com pacientes internados. Possíveis limitações associadas à sessão de TEPARV podem ter relação à gravidade dos casos e seu contexto, amostra pequena, ao número de sessões realizadas e ao conhecimento por parte da amostra sobre RV. A maioria dos estudos utilizados durante a pesquisa apresentaram a fissura como resultado da sessão de TEPARV, sendo a técnica bastante promissora para o tratamento do TUA, pela segurança, fácil manejo e baixo potencial de efeitos adversos, além de melhora na adesão ao tratamento em pacientes com histórico de má adesão e múltiplas internações. Foram utilizados questionários para avaliar sintomas depressivos, ansiosos, senso de presença em ambiente virtual e instrumentos para avaliação do comportamento aditivo, além de monitoramento de sinais vitais durante o teste de software com pacientes. Para a avaliação destas variáveis foram utilizados o Teste de Wilcoxon e o Teste de Friedman. CONCLUSÃO: É possível adaptar e utilizar a realidade virtual em pacientes alcoolistas no contexto brasileiro, mas a sua utilidade ainda é incipiente em alcoolistas graves internados, uma vez que o software testado não desencadeou fissura em uma primeira sessão de avaliação. Nesse sentido, mais sessões deverão ser testadas em populações com gravidade diferente de alcoolismo. O manual prático desenvolvido sobre TEPARV poderá orientar profissionais que atendem pacientes com TUA e, assim, possibilitar a divulgação e ampliação do uso desta ou outras técnicas com o intuito de aprimorar a prática clínica relacionada ao tratamento de problemas relacionados ao álcool. |
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Muñoz, Cláudia da RosaKessler, Felix Henrique PaimBelmonte-de-Abreu, Paulo Silva2022-10-28T04:48:48Z2022http://hdl.handle.net/10183/250589001151670INTRODUÇÃO: O Transtorno por Uso de Álcool (TUA) e suas consequências impõem altos custos ao sistema de saúde e trazem importantes prejuízos ao indivíduo. O tratamento costuma ser complexo, com baixa adesão. Um histórico de múltiplas internações psiquiátricas e clínicas, deterioro e problemas nas funções gerais de vida são algumas das consequências relacionadas ao TUA, muitas vezes associados com interrupção de tratamento e vários episódios de recaída. A Terapia de Exposição a Pistas Ambientais em Realidade Virtual (TEPARV) é uma técnica que associa a exposição a pistas para eliciar fissura em ambiente virtual. Primeiramente utilizada para o tratamento de fobias comuns e transtornos ansiosos, a Realidade Virtual (RV) com a terapia de exposição mostra-se como promissora ferramenta para o tratamento do Transtorno por Uso de Substâncias, principalmente para tabagismo e alcoolismo, que apresentam um maior número de estudos sobre efetividade. OBJETIVO: O objetivo desta dissertação de Mestrado é estudar o uso da TEPARV para TUA, adaptar a técnica para o contexto brasileiro através de um teste de software com pacientes e do desenvolvimento de um manual prático para orientação de profissionais psicólogos e psiquiatras sobre a TEPARV. MÉTODO: Na primeira etapa, foram pesquisados em banco de dados bibliográficos, estudos sobre TEPARV para o tratamento do TUA e de outros transtornos psiquiátricos, tendo sido selecionados estudos clínicos randomizados, metanálises e revisões sistemáticas que incluíssem o uso da TEPARV para TUA, de pistas ambientais com o desencadeamento de fissura. Na segunda etapa, foi realizado um teste de software com pacientes com 7 pacientes com TUA em regime de internação hospitalar com o uso da TEPARV, com o intuito de adaptar um software de RV para o contexto brasileiro e avaliar resposta do paciente às pistas ambientais e surgimento de fissura, além de verificar respostas fisiológicas e psíquicas do paciente antes, durante e após a sessão de TEPARV. Para o estudo foi utilizado o dispositivo Oculus Quest 1 e o software da empresa francesa C2 CARE específico para TUA. Na terceira etapa, foi desenvolvido um manual prático de TEPARV para TUA destinado a profissionais psicólogos e psiquiatras. O manual, no formato online, foi avaliado por 2 psiquiatras e profissional da tecnologia que responderam a um questionário sobre conteúdo e usabilidade do manual, sendo os ajustes e sugestões realizados após a avaliação, além disso, o manual foi avaliado pela C2 CARE. Na quarta etapa, ocorreu a elaboração de um artigo científico. RESULTADOS: Foi possível adaptar a técnica TEPARV para o contexto brasileiro com o desenvolvimento de um manual. Em um primeiro teste, a técnica não desencadeou fissura nos 7 pacientes submetidos ao teste de software com pacientes internados. Possíveis limitações associadas à sessão de TEPARV podem ter relação à gravidade dos casos e seu contexto, amostra pequena, ao número de sessões realizadas e ao conhecimento por parte da amostra sobre RV. A maioria dos estudos utilizados durante a pesquisa apresentaram a fissura como resultado da sessão de TEPARV, sendo a técnica bastante promissora para o tratamento do TUA, pela segurança, fácil manejo e baixo potencial de efeitos adversos, além de melhora na adesão ao tratamento em pacientes com histórico de má adesão e múltiplas internações. Foram utilizados questionários para avaliar sintomas depressivos, ansiosos, senso de presença em ambiente virtual e instrumentos para avaliação do comportamento aditivo, além de monitoramento de sinais vitais durante o teste de software com pacientes. Para a avaliação destas variáveis foram utilizados o Teste de Wilcoxon e o Teste de Friedman. CONCLUSÃO: É possível adaptar e utilizar a realidade virtual em pacientes alcoolistas no contexto brasileiro, mas a sua utilidade ainda é incipiente em alcoolistas graves internados, uma vez que o software testado não desencadeou fissura em uma primeira sessão de avaliação. Nesse sentido, mais sessões deverão ser testadas em populações com gravidade diferente de alcoolismo. O manual prático desenvolvido sobre TEPARV poderá orientar profissionais que atendem pacientes com TUA e, assim, possibilitar a divulgação e ampliação do uso desta ou outras técnicas com o intuito de aprimorar a prática clínica relacionada ao tratamento de problemas relacionados ao álcool.INTRODUCTION: Alcohol Use Disorder (AUD) and its consequences impose high costs on the health system and bring significant harm to the individual. Treatment is often complex, with poor adherence. A history of multiple psychiatric and clinical hospitalizations, deterioration and problems in general life functions are some of the consequences related to AUD, often associated with treatment interruption and several episodes of relapse. Exposure Therapy to Environmental Cues in Virtual Reality (in its Portuguese acronym: TEPARV) is a technique that associates exposure to cues to elicit craving in a virtual environment. First used for the treatment of common phobias and anxiety disorders, Virtual Reality with exposure therapy shows up as a promising tool for the treatment of Substance Use Disorder, especially for smoking and alcoholism, which has a greater number of studies on effectiveness. OBJECTIVE: The objective of this Master's dissertation is to study the use of TEPARV for AUD, to adapt the technique to the Brazilian context through a software test with patients and the development of a practical manual to guide professional psychologists and psychiatrists on TEPARV. METHOD: In the first stage, studies on TEPARV for the treatment of AUD and other psychiatric disorders were researched in a bibliographic database, having selected randomized clinical studies, meta-analyses and systematic reviews that included the use of TEPARV for AUD, environmental conditions with the triggering of craving. In the second stage, a software test with patients was carried out with 7 patients with AUT in a hospital with the use of TEPARV, with the aim of adapting a VR software to the Brazilian context and evaluating the patient's response to environmental cues and the emergence of craving, in addition to verifying the patient's physiological and psychological responses before, during and after the TEPARV session. The Oculus Quest 1 device and the software from the French company C2 CARE specifically for AUD were used for the study. In the third stage, a practical manual on TEPARV for TUA was developed for professional psychologists and psychiatrists. The manual, in online format, was evaluated by 2 psychiatrists and a technology professional who answered a questionnaire about the content and usability of the manual, with adjustments and suggestions made after the evaluation. In the fourth stage, the elaboration of a scientific article took place. RESULTS: It was possible to adapt the TEPARV technique to the Brazilian context with the development of a manual. In a first test, the technique did not trigger craving in the 7 patients who underwent the software test with patients with inpatients. Possible limitations associated with the TEPARV session may be related to the severity of the cases and their context, small sample, the number of sessions performed and the sample's knowledge about VR. Most of the studies used during the research showed craving as a result of the TEPARV session, and the technique is very promising for the treatment of AUD, due to its safety, easy handling and low potential for adverse effects, in addition to improving adherence to treatment in patients with a history of poor adherence and multiple hospitalizations. Questionnaires were used to assess depressive and anxious symptoms, being present in a virtual environment and instruments to assess addictive behavior, in addition to monitoring vital signs during the sofware test with patients. For the evaluation of these variables, the Wilcoxon test and the Friedman test were used. CONCLUSION: It is possible to adapt and use virtual reality in alcoholic patients in the Brazilian context, but its usefulness is still incipient in hospitalized severe alcoholics, since the tested software did not trigger craving in a first evaluation session. Accordingly, more sessions should be tested in populations with different levels of alcoholism. The practical manual developed on TEPARV will be able to guide professionals who care for patients with AUD and, thus, enable the dissemination and expansion of the use of this or other techniques in order to improve clinical practice related to the treatment of alcohol-related problems.application/pdfporRealidade virtualTranstornos relacionados ao uso de substânciasAlcoolismoTerapêuticaComportamento aditivoTecnologiaVirtual realityVirtual reality exposure therapyCue-induced cravingCue exposure treatmentAddictionAddictive behaviorSubstance use disorderCravingAlcoholAlcohol use disorderTerapia de exposição a pistas ambientais em realidade virtual para transtorno por uso de álcool e desenvolvimento de manual para profissionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePrograma de Pós-Graduação em Prevenção e Assistência em Saúde Mental e Transtornos AditivosPorto Alegre, BR-RS2022mestrado profissionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001151670.pdf.txt001151670.pdf.txtExtracted Texttext/plain167114http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250589/2/001151670.pdf.txt85d7b843cdf5ebd2e9121ff19cf3e9dfMD52ORIGINAL001151670.pdfTexto completoapplication/pdf2219538http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250589/1/001151670.pdf173f157038648bc15ec3d5c982544e97MD5110183/2505892023-06-24 03:39:39.199657oai:www.lume.ufrgs.br:10183/250589Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-24T06:39:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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