Dimensões do burnout e resiliência no trabalho em profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de COVID-19 : um estudo multicêntrico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/249428 |
Resumo: | Introdução: A pandemia de Covid-19 elevou os riscos às alterações psíquicas em profissionais de enfermagem, como a síndrome de burnout, que consiste em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. A resiliência no trabalho pode favorecer respostas mais positivas às adversidades e minimizar o risco de adoecimento psíquico. Objetivo: analisar a relação entre as dimensões do burnout e a resiliência no trabalho dos profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de Covid-19, em quatro hospitais do Sul do Brasil. Método: Trata-se de um estudo transversal e multicêntrico. Todos os hospitais eram referências no atendimento a pacientes com Covid-19 e necessidade de cuidados intensivos. Participaram os trabalhadores da equipe de enfermagem de terapia intensiva, atuantes na assistência durante o período de coleta de dados. Excluíram-se os trabalhadores afastados da função durante a pandemia de Covid-19. A população era de 1.127 trabalhadores. O cálculo amostral considerou a análise de rede, compondo 153 profissionais. Utilizou-se amostragem não probabilística. A coleta de dados ocorreu entre 3 de agosto e 22 de outubro de 2020. O instrumento de pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram disponibilizados por meio da plataforma Google Forms. O questionário continha informações sociodemográficas, condições laborais, de saúde, sintomas psíquicos menores e os instrumentos Maslach Burnout Inventory, e Resilience at Work Scale 20 - Brasil. Utilizou-se análise descritiva e inferencial. Para investigar as relações entre o burnout e a resiliência no trabalho foi conduzida uma análise de rede, que estima a matriz de correlações parciais regularizadas, representada em um plano bidimensional em um objeto gráfico. Considerou-se significância estatística para “p≤0,05” bicaudal, com IC=95%. O estudo obteve aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, sob parecer 4.152.027. Resultados: O maior percentual dos participantes era do sexo feminino (78,4%; n=120). A média de idade foi de 38,41 ± 7,42 anos. Em relação ao burnout, 11,1% (n=17) dos trabalhadores apresentaram a síndrome. Quanto aos domínios do burnout, 28,8% (n=44) apresentaram desgaste emocional, 39,9% (n=61) despersonalização e 26,1% (n=40) baixa realização profissional. A resiliência no trabalho apresentou correlação inversa ao desgaste emocional (r= -0,545; p=0,01) e à despersonalização (r= -0,419; p=0,01), e direta à realização profissional (r= 0,680; p=0,01). Conclusão: A variável com maior influência sobre a rede de correlações foi a percepção do impacto da pandemia sobre a saúde mental. A resiliência interfere nos domínios desgaste emocional e baixa realização profissional do burnout. O desgaste emocional é conduzido através dos distúrbios psíquicos menores, com impacto sobre as variáveis de saúde física e mental dos trabalhadores. Deve-se fomentar o desenvolvimento da resiliência, a fim de moderar o adoecimento. |
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Vieira, Lizandra SantosTavares, Juliana Petri2022-09-28T04:41:18Z2022http://hdl.handle.net/10183/249428001146845Introdução: A pandemia de Covid-19 elevou os riscos às alterações psíquicas em profissionais de enfermagem, como a síndrome de burnout, que consiste em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. A resiliência no trabalho pode favorecer respostas mais positivas às adversidades e minimizar o risco de adoecimento psíquico. Objetivo: analisar a relação entre as dimensões do burnout e a resiliência no trabalho dos profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de Covid-19, em quatro hospitais do Sul do Brasil. Método: Trata-se de um estudo transversal e multicêntrico. Todos os hospitais eram referências no atendimento a pacientes com Covid-19 e necessidade de cuidados intensivos. Participaram os trabalhadores da equipe de enfermagem de terapia intensiva, atuantes na assistência durante o período de coleta de dados. Excluíram-se os trabalhadores afastados da função durante a pandemia de Covid-19. A população era de 1.127 trabalhadores. O cálculo amostral considerou a análise de rede, compondo 153 profissionais. Utilizou-se amostragem não probabilística. A coleta de dados ocorreu entre 3 de agosto e 22 de outubro de 2020. O instrumento de pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram disponibilizados por meio da plataforma Google Forms. O questionário continha informações sociodemográficas, condições laborais, de saúde, sintomas psíquicos menores e os instrumentos Maslach Burnout Inventory, e Resilience at Work Scale 20 - Brasil. Utilizou-se análise descritiva e inferencial. Para investigar as relações entre o burnout e a resiliência no trabalho foi conduzida uma análise de rede, que estima a matriz de correlações parciais regularizadas, representada em um plano bidimensional em um objeto gráfico. Considerou-se significância estatística para “p≤0,05” bicaudal, com IC=95%. O estudo obteve aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, sob parecer 4.152.027. Resultados: O maior percentual dos participantes era do sexo feminino (78,4%; n=120). A média de idade foi de 38,41 ± 7,42 anos. Em relação ao burnout, 11,1% (n=17) dos trabalhadores apresentaram a síndrome. Quanto aos domínios do burnout, 28,8% (n=44) apresentaram desgaste emocional, 39,9% (n=61) despersonalização e 26,1% (n=40) baixa realização profissional. A resiliência no trabalho apresentou correlação inversa ao desgaste emocional (r= -0,545; p=0,01) e à despersonalização (r= -0,419; p=0,01), e direta à realização profissional (r= 0,680; p=0,01). Conclusão: A variável com maior influência sobre a rede de correlações foi a percepção do impacto da pandemia sobre a saúde mental. A resiliência interfere nos domínios desgaste emocional e baixa realização profissional do burnout. O desgaste emocional é conduzido através dos distúrbios psíquicos menores, com impacto sobre as variáveis de saúde física e mental dos trabalhadores. Deve-se fomentar o desenvolvimento da resiliência, a fim de moderar o adoecimento.Introduction: The Covid-19 pandemic has raised the risks of psychic alterations in nursing professionals, such as the burnout syndrome, which consists of three dimensions: emotional exhaustion, depersonalization and low professional fulfillment. Resilience at work can favor more positive responses to adversities and minimize the risk of mental illness. Objective: to analyze the relationship between the dimensions of burnout and resilience in the work of intensive care nursing professionals in the Covid-19 pandemic, in four hospitals in southern Brazil. Method: This is a cross-sectional and multicenter study. All hospitals were references in the care of patients with Covid-19 and in need of intensive care. The workers of the intensive care nursing team participated in the assistance during the data collection period. Workers on leave during the Covid-19 pandemic were excluded. The population was 1,127 workers. The sample calculation considered the network analysis, comprising 153 professionals. Non-probabilistic sampling was used. Data collection took place between August 3 and October 22, 2020. The research instrument and the Free and Informed Consent Term were made available through the Google Forms platform. The questionnaire contained sociodemographic information, working conditions, health, minor psychological symptoms and the Maslach Burnout Inventory and Resilience at Work Scale 20 - Brazil instruments. Descriptive and inferential analysis were used. To investigate the relationships between burnout and resilience at work, a network analysis was conducted, which estimates the regularized partial correlation matrix, represented in a two-dimensional plane in a graphic object. Statistical significance was considered for “p≤0.05” two-tailed, with CI=95%. The study was approved by the National Research Ethics Committee, under opinion 4,152,027. Results: The highest percentage of participants was female (78.4%; n=120). The mean age was 38.41 ± 7.42 years. Regarding burnout, 11.1% (n=17) of workers had the syndrome. As for the burnout domains, 28.8% (n=44) had emotional exhaustion, 39.9% (n=61) had depersonalization and 26.1% (n=40) had low professional fulfillment. Resilience at work was inversely correlated with emotional exhaustion (r= -0.545; p=0.01) and depersonalization (r= -0.419; p=0.01), and directly with professional fulfillment (r= 0.680; p= 0.01). Conclusion: The variable with the greatest influence on the network of correlations was the perception of the impact of the pandemic on mental health. Resilience interferes in the emotional exhaustion and low professional fulfillment domains of burnout. Emotional exhaustion is conducted through minor psychic disorders, with an impact on workers' physical and mental health variables. The development of resilience should be encouraged in order to moderate illness.application/pdfporEsgotamento profissionalPandemiasResiliência psicológicaUnidades de terapia intensivaProfessional burnoutPandemicsPsychological resilienceIntensive care unitsDimensões do burnout e resiliência no trabalho em profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de COVID-19 : um estudo multicêntricoDimensions of burnout and resilience at work in intensive care nursing professionals in the pandemic of COVID-19 : a multicenter studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001146845.pdf.txt001146845.pdf.txtExtracted Texttext/plain165716http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249428/2/001146845.pdf.txt48ff0810e38adec4644c2d468745982bMD52ORIGINAL001146845.pdfTexto completoapplication/pdf6282275http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/249428/1/001146845.pdfd06e7425f20548c48a581c8d7701b969MD5110183/2494282024-04-24 06:17:01.539015oai:www.lume.ufrgs.br:10183/249428Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-04-24T09:17:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: A pandemia de Covid-19 elevou os riscos às alterações psíquicas em profissionais de enfermagem, como a síndrome de burnout, que consiste em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. A resiliência no trabalho pode favorecer respostas mais positivas às adversidades e minimizar o risco de adoecimento psíquico. Objetivo: analisar a relação entre as dimensões do burnout e a resiliência no trabalho dos profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de Covid-19, em quatro hospitais do Sul do Brasil. Método: Trata-se de um estudo transversal e multicêntrico. Todos os hospitais eram referências no atendimento a pacientes com Covid-19 e necessidade de cuidados intensivos. Participaram os trabalhadores da equipe de enfermagem de terapia intensiva, atuantes na assistência durante o período de coleta de dados. Excluíram-se os trabalhadores afastados da função durante a pandemia de Covid-19. A população era de 1.127 trabalhadores. O cálculo amostral considerou a análise de rede, compondo 153 profissionais. Utilizou-se amostragem não probabilística. A coleta de dados ocorreu entre 3 de agosto e 22 de outubro de 2020. O instrumento de pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram disponibilizados por meio da plataforma Google Forms. O questionário continha informações sociodemográficas, condições laborais, de saúde, sintomas psíquicos menores e os instrumentos Maslach Burnout Inventory, e Resilience at Work Scale 20 - Brasil. Utilizou-se análise descritiva e inferencial. Para investigar as relações entre o burnout e a resiliência no trabalho foi conduzida uma análise de rede, que estima a matriz de correlações parciais regularizadas, representada em um plano bidimensional em um objeto gráfico. Considerou-se significância estatística para “p≤0,05” bicaudal, com IC=95%. O estudo obteve aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, sob parecer 4.152.027. Resultados: O maior percentual dos participantes era do sexo feminino (78,4%; n=120). A média de idade foi de 38,41 ± 7,42 anos. Em relação ao burnout, 11,1% (n=17) dos trabalhadores apresentaram a síndrome. Quanto aos domínios do burnout, 28,8% (n=44) apresentaram desgaste emocional, 39,9% (n=61) despersonalização e 26,1% (n=40) baixa realização profissional. A resiliência no trabalho apresentou correlação inversa ao desgaste emocional (r= -0,545; p=0,01) e à despersonalização (r= -0,419; p=0,01), e direta à realização profissional (r= 0,680; p=0,01). Conclusão: A variável com maior influência sobre a rede de correlações foi a percepção do impacto da pandemia sobre a saúde mental. A resiliência interfere nos domínios desgaste emocional e baixa realização profissional do burnout. O desgaste emocional é conduzido através dos distúrbios psíquicos menores, com impacto sobre as variáveis de saúde física e mental dos trabalhadores. Deve-se fomentar o desenvolvimento da resiliência, a fim de moderar o adoecimento. |
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