Contrabando e contrabandistas na fronteira oeste do Rio Grande do Sul (1851-1864)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flores, Mariana Flores da Cunha Thompson
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/11163
Resumo: A presente pesquisa dedica-se a estudar o contrabando realizado através da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, nos municípios de Alegrete, Uruguaiana e Santana do Livramento, entre os anos de 1851 e 1864. A questão do contrabando é reconhecidamente algo muito importante na história do Rio Grande do Sul. Contudo, apesar de encontrarmos freqüentes referências ao tema ao longo da historiografia riograndense, são poucos os trabalhos que se dedicaram a tratar especificamente desta questão. A falta de trabalhos sobre este tema é em geral justificada pela crença de que existe uma escassez de fontes em função de tratar-se de uma prática ilegal que por ser desempenhada na clandestinidade não foi registrada abertamente. Através da utilização de Processos Crimes de Apreensão de Contrabando e de Autos de Responsabilidade, foi possível encontrar a documentação necessária para responder questionamentos tais como: quais mercadorias eram contrabandeadas nesse momento, quais eram os caminhos e estratégias usados pelo comércio ilícito, quem eram os contrabandistas, a prática do contrabando era algo homogêneo? Constatou-se também a importância da corrupção de empregados públicos, sobretudo da repartição fiscal da Alfândega, que agiam, aliados a “comerciantes-contrabandistas”, na realização e pouca repressão do contrabando. Essa conjuntura levou a uma mobilização por parte dos poderes executivo e legislativo da província, bem como dos comerciantes das três principais praças comerciais (Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande) no sentido de combater o comércio ilícito feito pela fronteira oeste do Rio Grande do Sul.
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