Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duda, Naila Cristina Blatt
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206084
Resumo: O vírus da leucemia viral felina (FeLV) é um dos patógenos que mais causa óbito em gatos, tendo ampla distribuição mundial. Os achados mais frequentes no hemograma incluem citopenias diversas decorrentes ou não de distúrbios mieloproliferativos, uma vez que os felinos com infecção progressiva possuem maior risco para desenvolver leucemia ou linfoma. O objetivo do presente trabalho foi identificar as alterações clínicas e laboratoriais na infecção natural pelo FeLV, através da avaliação hematológica, bioquímica e de medula óssea, além de quantificar a carga viral e proviral através da PCR em tempo real (qPCR) de gatos na cidade de Porto Alegre. Foram amostrados 44 gatos domésticos, distribuídos em cinco grupos conforme a antigenemia, achados clínicos e/ou laboratoriais e cargas viral e proviral em: progressivos sintomáticos, progressivos assintomáticos, regressivos, não classificados e saudáveis (grupo controle). As variáveis foram comparadas entre os grupos e correlacionadas com a carga viral e proviral. Dos 44 gatos amostrados, 21 foram positivos no teste de ELISA (47,73%) e 23 foram negativos (52,27%). Dos negativos, 9 gatos (20,45%) apresentaram apenas baixa carga proviral na medula óssea e foram classificados como regressivos. O grupo progressivo sintomático apresentou elevada carga viral e proviral, além de alterações no eritrograma, com diferença significativa dos demais grupos. Também foram observadas variações no mielograma, sobretudo na linhagem mieloide imatura, com diversas alterações displásicas e na contagem celular dos gatos infectados. Correlações moderadas puderam ser observadas entre a carga viral no soro e na medula óssea, e entre a carga viral e proviral na medula óssea. A quantificação das cargas virais e proviral através da qPCR demonstrou ser fundamental para classificação da infecção de acordo com as categorias. Também foi possível identificar um número significativo de animais apenas com carga proviral na medula óssea, demonstrando a importância da investigação de infecção regressiva, principalmente em gatos assintomáticos. Os achados sugerem que elevadas cargas virais e proviral estão relacionadas a alterações clínicas e hematológicas e à gravidade da doença.
id URGS_de939b81d5c52038366aa7e3bf4e071a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206084
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Duda, Naila Cristina BlattDiaz Gonzalez, Félix HilárioValle, Stella de Faria2020-02-19T04:09:26Z2018http://hdl.handle.net/10183/206084001112233O vírus da leucemia viral felina (FeLV) é um dos patógenos que mais causa óbito em gatos, tendo ampla distribuição mundial. Os achados mais frequentes no hemograma incluem citopenias diversas decorrentes ou não de distúrbios mieloproliferativos, uma vez que os felinos com infecção progressiva possuem maior risco para desenvolver leucemia ou linfoma. O objetivo do presente trabalho foi identificar as alterações clínicas e laboratoriais na infecção natural pelo FeLV, através da avaliação hematológica, bioquímica e de medula óssea, além de quantificar a carga viral e proviral através da PCR em tempo real (qPCR) de gatos na cidade de Porto Alegre. Foram amostrados 44 gatos domésticos, distribuídos em cinco grupos conforme a antigenemia, achados clínicos e/ou laboratoriais e cargas viral e proviral em: progressivos sintomáticos, progressivos assintomáticos, regressivos, não classificados e saudáveis (grupo controle). As variáveis foram comparadas entre os grupos e correlacionadas com a carga viral e proviral. Dos 44 gatos amostrados, 21 foram positivos no teste de ELISA (47,73%) e 23 foram negativos (52,27%). Dos negativos, 9 gatos (20,45%) apresentaram apenas baixa carga proviral na medula óssea e foram classificados como regressivos. O grupo progressivo sintomático apresentou elevada carga viral e proviral, além de alterações no eritrograma, com diferença significativa dos demais grupos. Também foram observadas variações no mielograma, sobretudo na linhagem mieloide imatura, com diversas alterações displásicas e na contagem celular dos gatos infectados. Correlações moderadas puderam ser observadas entre a carga viral no soro e na medula óssea, e entre a carga viral e proviral na medula óssea. A quantificação das cargas virais e proviral através da qPCR demonstrou ser fundamental para classificação da infecção de acordo com as categorias. Também foi possível identificar um número significativo de animais apenas com carga proviral na medula óssea, demonstrando a importância da investigação de infecção regressiva, principalmente em gatos assintomáticos. Os achados sugerem que elevadas cargas virais e proviral estão relacionadas a alterações clínicas e hematológicas e à gravidade da doença.Feline leukemia virus (FeLV) is one of the deadliest pathogens of cats, with a worldwide distribution. The most frequent finding on complete blood count (CBC) include cytopenia, resulting or not from myeloproliferative disorders, since cats with progressive infections have a higher risk of developing leukemia or lymphoma. The aim of the present study was to identify clinical and laboratorial changes in natural FeLV-infected cats through hematological, biochemical and bone marrow evaluation, as well as to quantify viral and proviral load by real-time polymerase chain reaction (qPCR) in Porto Alegre city. Forty-four domestic cats were sampled and classified into five groups according to antigenemia, clinical and/or laboratory findings and viral/proviral loads: symptomatic progressives, asymptomatic progressives, regressive, unclassified, and healthy (control group). Variables were compared between groups and correlated with viral and proviral loads. Of the 44 cats sampled, 21 were ELISA positive (47.73%) and 23 were negative (52.27%). On the negatives, 9 (20.45%) had only low bone marrow proviral load and were classified as regressive. The symptomatic progressive group presented a higher viral and proviral load, besides alterations on the erythrogram, with significant difference from the other groups. Also, it was detected some variation on the myelogram, above all on the immature myeloid lineage, with several alterations on cellular counting and dysplasia on the infected cats. Moderate correlation could be observed between serum and bone marrow viral loads and between bone marrow viral and proviral loads. The quantification of viral and proviral loads by qPCR proved to be fundamental for the classification of the infection according to the categories. It was also possible to identify a significant number of animals with only bone marrow proviral load, demonstrating the importance of investigating regressive infection, especially in asymptomatic cats. These findings suggest that higher viral and proviral loads are related to clinical and hematological disorders and disease severity.application/pdfporParâmetros hematológicosCarga viralMedula ósseaGatosVírus da leucemia felinaReação em cadeia da polimeraseFeline retrovirusLaboratory abnormalitiesBone marrowViral quantificationHematopoietic neoplasmAlterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviralClinical and laboratorial findings in cats naturally infected with feline leukemia virus (FeLV) and their correlations with viral and proviral loads info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001112233.pdf.txt001112233.pdf.txtExtracted Texttext/plain85916http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206084/2/001112233.pdf.txt3a595d8516e40489cc1d6e53466a3275MD52ORIGINAL001112233.pdfTexto completoapplication/pdf1030698http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206084/1/001112233.pdffc0b7d1f3a84fdc7d2c7f02df0a54ad9MD5110183/2060842022-09-17 05:21:39.092oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206084Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-17T08:21:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Clinical and laboratorial findings in cats naturally infected with feline leukemia virus (FeLV) and their correlations with viral and proviral loads
title Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
spellingShingle Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
Duda, Naila Cristina Blatt
Parâmetros hematológicos
Carga viral
Medula óssea
Gatos
Vírus da leucemia felina
Reação em cadeia da polimerase
Feline retrovirus
Laboratory abnormalities
Bone marrow
Viral quantification
Hematopoietic neoplasm
title_short Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
title_full Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
title_fullStr Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
title_full_unstemmed Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
title_sort Alterações clínicas e laboratoriais de gatos naturalmente infectados com o vírus da leucemia felina (FeLV) e sua correlação com a carga viral e proviral
author Duda, Naila Cristina Blatt
author_facet Duda, Naila Cristina Blatt
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Duda, Naila Cristina Blatt
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Diaz Gonzalez, Félix Hilário
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Valle, Stella de Faria
contributor_str_mv Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Valle, Stella de Faria
dc.subject.por.fl_str_mv Parâmetros hematológicos
Carga viral
Medula óssea
Gatos
Vírus da leucemia felina
Reação em cadeia da polimerase
topic Parâmetros hematológicos
Carga viral
Medula óssea
Gatos
Vírus da leucemia felina
Reação em cadeia da polimerase
Feline retrovirus
Laboratory abnormalities
Bone marrow
Viral quantification
Hematopoietic neoplasm
dc.subject.eng.fl_str_mv Feline retrovirus
Laboratory abnormalities
Bone marrow
Viral quantification
Hematopoietic neoplasm
description O vírus da leucemia viral felina (FeLV) é um dos patógenos que mais causa óbito em gatos, tendo ampla distribuição mundial. Os achados mais frequentes no hemograma incluem citopenias diversas decorrentes ou não de distúrbios mieloproliferativos, uma vez que os felinos com infecção progressiva possuem maior risco para desenvolver leucemia ou linfoma. O objetivo do presente trabalho foi identificar as alterações clínicas e laboratoriais na infecção natural pelo FeLV, através da avaliação hematológica, bioquímica e de medula óssea, além de quantificar a carga viral e proviral através da PCR em tempo real (qPCR) de gatos na cidade de Porto Alegre. Foram amostrados 44 gatos domésticos, distribuídos em cinco grupos conforme a antigenemia, achados clínicos e/ou laboratoriais e cargas viral e proviral em: progressivos sintomáticos, progressivos assintomáticos, regressivos, não classificados e saudáveis (grupo controle). As variáveis foram comparadas entre os grupos e correlacionadas com a carga viral e proviral. Dos 44 gatos amostrados, 21 foram positivos no teste de ELISA (47,73%) e 23 foram negativos (52,27%). Dos negativos, 9 gatos (20,45%) apresentaram apenas baixa carga proviral na medula óssea e foram classificados como regressivos. O grupo progressivo sintomático apresentou elevada carga viral e proviral, além de alterações no eritrograma, com diferença significativa dos demais grupos. Também foram observadas variações no mielograma, sobretudo na linhagem mieloide imatura, com diversas alterações displásicas e na contagem celular dos gatos infectados. Correlações moderadas puderam ser observadas entre a carga viral no soro e na medula óssea, e entre a carga viral e proviral na medula óssea. A quantificação das cargas virais e proviral através da qPCR demonstrou ser fundamental para classificação da infecção de acordo com as categorias. Também foi possível identificar um número significativo de animais apenas com carga proviral na medula óssea, demonstrando a importância da investigação de infecção regressiva, principalmente em gatos assintomáticos. Os achados sugerem que elevadas cargas virais e proviral estão relacionadas a alterações clínicas e hematológicas e à gravidade da doença.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-02-19T04:09:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/206084
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001112233
url http://hdl.handle.net/10183/206084
identifier_str_mv 001112233
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206084/2/001112233.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206084/1/001112233.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 3a595d8516e40489cc1d6e53466a3275
fc0b7d1f3a84fdc7d2c7f02df0a54ad9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085517577945088