Comparação dos efeitos de diferentes métodos de treinamento de hidroginástica no equilíbrio corporal e na aptidão física de mulheres idosas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/179479 |
Resumo: | O processo de envelhecimento acarreta um declínio no equilíbrio postural, na força muscular e no condicionamento cardiorrespiratório, influenciando diretamente a capacidade funcional do idoso. No entanto, a prática sistemática de atividade física pode reduzir esses efeitos deletérios. Os exercícios realizados em meio aquático, como a hidroginástica, são adequados e seguros para essa população, devido ao reduzido impacto sobre os membros inferiores e à diminuição da sobrecarga cardiovascular. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar e comparar os efeitos de três métodos de treinamento de hidroginástica no equilíbrio corporal e na aptidão física de idosos. A amostra foi composta por 44 mulheres saudáveis, com idades entre 60 e 75 anos, sedentárias há no mínimo seis meses, as quais foram divididas aleatoriamente em três grupos: Equilíbrio (GE; n=17; 66 ± 3,68 anos), Força (GF; n=13; 65,3 ± 3,68 anos) e Aeróbico (GA; n=14; 63,7 ± 4,09 anos). Os grupos realizaram o treinamento durante 12 semanas, com duas sessões semanais de 45min, e um período controle de quatro semanas. Foram mensuradas variáveis de equilíbrio corporal, neuromusculares, cardiorrespiratórias e funcionais antes e após esses períodos. Para análise estatística utilizou-se o teste T pareado para a comparação dos dados no período controle e a Generalized Estimating Equations (GEE) para a comparação entre os momentos e entre os grupos Adotou-se um nível de significância de α=0,05 e os dados foram rodados no SPSS 20.0. Após o treinamento, todos os grupos apresentaram melhora no equilíbrio estático (p<0,05), constatada pela redução da amplitude máxima de deslocamento do centro de pressão plantar nas direções ântero-posterior (COPap) e médio-lateral (COPml), durante os apoios bilateral (olhos abertos e olhos fechados) e unilateral, e da velocidade média do COPap na situação bilateral com olhos fechados. Além disso, houve incremento no equilíbrio dinâmico, avaliado através do teste de Marcha Tandem, após as três intervenções (p<0,001). Em todas as variáveis supracitadas, não se verificou diferença significativa entre os grupos, sendo esse um dos principais achados do presente estudo. Em relação às variáveis neuromusculares, houve aumento significativo na força dinâmica máxima, mensurada através do teste de uma repetição máxima dos extensores do joelho (1RM), sem diferença entre os grupos (p>0,05). Porém, ao analisar estatisticamente os percentuais de incremento do 1RM (Δ%), observaram-se valores significativamente maiores no GF comparado ao GE (31,51 ± 3,44 vs 14,85 ± 2,26%). Nas avaliações cardiorrespiratórias, observou-se incremento significativo no consumo de oxigênio no segundo limiar ventilatório (VO2LV2) e de pico (VO2pico) somente em GA e GE, sem diferença entre os grupos, enquanto a frequência cardíaca no segundo limiar ventilatório (FCLV2) reduziu significativamente apenas no GF No entanto, o desempenho no teste “caminhada de seis minutos” melhorou significativamente nos três grupos, sem diferença entre os mesmos. Todas as variáveis funcionais avaliadas melhoraram significativamente após o treinamento, com diferença estatística somente entre GE e GA nos testes “flexão de cotovelo” e “levantar e sentar”, com maiores valores no GA no pós-treinamento. Todavia, constataram-se valores significativamente maiores no Δ% do teste “flexão de cotovelo” do GA e do GF comparados ao do GE (GA: 52,35 ± 9,63%; GF: 53,39 ± 6,82%; GE: 22,65 ± 5,09%) e diferença significativa no Δ% do teste “levantar e sentar” entre GA e GE (42,04 ± 4,58% vs 23,68 ± 4,75%), sendo ambos similares ao GF (37,41 ± 4,23%). Concluiu-se que o treinamento na hidroginástica foi efetivo para melhora de diversos parâmetros do equilíbrio corporal e da aptidão física de mulheres idosas, independente do método empregado. Porém, alguns resultados sugerem que as maiores adaptações na força muscular (1RM e resistência) tenham sido provocadas pelos treinamentos de força e aeróbico, enquanto as alterações cardiorrespiratórias mais relevantes ocasionadas pelos treinamentos de equilíbrio e aeróbico. |
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Liedtke, Giane VeigaKruel, Luiz Fernando Martins2018-06-16T03:13:46Z2014http://hdl.handle.net/10183/179479001068881O processo de envelhecimento acarreta um declínio no equilíbrio postural, na força muscular e no condicionamento cardiorrespiratório, influenciando diretamente a capacidade funcional do idoso. No entanto, a prática sistemática de atividade física pode reduzir esses efeitos deletérios. Os exercícios realizados em meio aquático, como a hidroginástica, são adequados e seguros para essa população, devido ao reduzido impacto sobre os membros inferiores e à diminuição da sobrecarga cardiovascular. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar e comparar os efeitos de três métodos de treinamento de hidroginástica no equilíbrio corporal e na aptidão física de idosos. A amostra foi composta por 44 mulheres saudáveis, com idades entre 60 e 75 anos, sedentárias há no mínimo seis meses, as quais foram divididas aleatoriamente em três grupos: Equilíbrio (GE; n=17; 66 ± 3,68 anos), Força (GF; n=13; 65,3 ± 3,68 anos) e Aeróbico (GA; n=14; 63,7 ± 4,09 anos). Os grupos realizaram o treinamento durante 12 semanas, com duas sessões semanais de 45min, e um período controle de quatro semanas. Foram mensuradas variáveis de equilíbrio corporal, neuromusculares, cardiorrespiratórias e funcionais antes e após esses períodos. Para análise estatística utilizou-se o teste T pareado para a comparação dos dados no período controle e a Generalized Estimating Equations (GEE) para a comparação entre os momentos e entre os grupos Adotou-se um nível de significância de α=0,05 e os dados foram rodados no SPSS 20.0. Após o treinamento, todos os grupos apresentaram melhora no equilíbrio estático (p<0,05), constatada pela redução da amplitude máxima de deslocamento do centro de pressão plantar nas direções ântero-posterior (COPap) e médio-lateral (COPml), durante os apoios bilateral (olhos abertos e olhos fechados) e unilateral, e da velocidade média do COPap na situação bilateral com olhos fechados. Além disso, houve incremento no equilíbrio dinâmico, avaliado através do teste de Marcha Tandem, após as três intervenções (p<0,001). Em todas as variáveis supracitadas, não se verificou diferença significativa entre os grupos, sendo esse um dos principais achados do presente estudo. Em relação às variáveis neuromusculares, houve aumento significativo na força dinâmica máxima, mensurada através do teste de uma repetição máxima dos extensores do joelho (1RM), sem diferença entre os grupos (p>0,05). Porém, ao analisar estatisticamente os percentuais de incremento do 1RM (Δ%), observaram-se valores significativamente maiores no GF comparado ao GE (31,51 ± 3,44 vs 14,85 ± 2,26%). Nas avaliações cardiorrespiratórias, observou-se incremento significativo no consumo de oxigênio no segundo limiar ventilatório (VO2LV2) e de pico (VO2pico) somente em GA e GE, sem diferença entre os grupos, enquanto a frequência cardíaca no segundo limiar ventilatório (FCLV2) reduziu significativamente apenas no GF No entanto, o desempenho no teste “caminhada de seis minutos” melhorou significativamente nos três grupos, sem diferença entre os mesmos. Todas as variáveis funcionais avaliadas melhoraram significativamente após o treinamento, com diferença estatística somente entre GE e GA nos testes “flexão de cotovelo” e “levantar e sentar”, com maiores valores no GA no pós-treinamento. Todavia, constataram-se valores significativamente maiores no Δ% do teste “flexão de cotovelo” do GA e do GF comparados ao do GE (GA: 52,35 ± 9,63%; GF: 53,39 ± 6,82%; GE: 22,65 ± 5,09%) e diferença significativa no Δ% do teste “levantar e sentar” entre GA e GE (42,04 ± 4,58% vs 23,68 ± 4,75%), sendo ambos similares ao GF (37,41 ± 4,23%). Concluiu-se que o treinamento na hidroginástica foi efetivo para melhora de diversos parâmetros do equilíbrio corporal e da aptidão física de mulheres idosas, independente do método empregado. Porém, alguns resultados sugerem que as maiores adaptações na força muscular (1RM e resistência) tenham sido provocadas pelos treinamentos de força e aeróbico, enquanto as alterações cardiorrespiratórias mais relevantes ocasionadas pelos treinamentos de equilíbrio e aeróbico.The aging process leads to a decline in postural balance, muscle strength and cardiorespiratory system, affecting directly the functional capacity of the elderly. However, the systematic practice of physical activity may reduce these deleterious effects. The exercises performed in water environment, such as water-based, are appropriate and safe for this population, especially by offering a reduced impact on the lower limbs and a decrease in cardiovascular overload. Thus, the aim of this study was to analyze and compare the effects of three different water-based exercises programs on body balance and physical fitness in the elderly. The sample was composed of 44 healthy women, aged between 60 and 75 years, sedentary for at least six months, randomly into three groups: Balance (GE; n = 17; 66 ± 3.68 years), Strength (GF; n = 13; 65.3 ± 3.68 years) and Endurance (GA; n = 14; 63.7 ± 4.09 years). The groups had trained for 12 weeks, with two 45 minutes weekly sessions, and maintained a control period during four weeks. Balance, neuromuscular, cardiorespiratory and functional responses were measured before and after these periods. The statistical analysis was performed using paired T test for comparisons in the control period, and Generalized Estimating Equations (GEE) to comparisons between moments and between groups. The significance level was α = 0.05 (SPSS 20.0) After the training period, all groups showed improvement in the static balance (p<0.05), verified by the reduction of the maximum displacement amplitude of center of pressure (COP) in the anteroposterior (COPap) and mid-lateral (COPml) directions, during the bilateral (eyes open and closed) and unilateral support bases, and the average COPap velocity in the bilateral situation with eyes closed. In addition, there was an increase in the dynamic balance, evaluated by the Tandem test, after the three interventions (p<0.001). In all variables previously mentioned, there was no significant difference between groups, being one of the main findings of the present study. In adition, there was a significant increase in maximal dynamic strength, measured by one maximal repetition test of knee extensors (1RM), with no difference between groups (p>0.05). However, the statistical analysis with percentages of 1RM incrementes (Δ%) showed higher values in the GF compared to the GE (31.51 ± 3.44 vs. 14.85 ± 2.26%; p<0.05). The cardiorespiratory measurements analysis showed a significant increase in the peak oxygen uptake (VO2pico) and in the oxygen uptake corresponding to the second ventilatory threshold (VO2LV2) only in GA and GE, with no difference between groups, while heart rate corresponding to the second ventilatory threshold (FCLV2) decreased significantly only in GF However, the “six-minute walk test” performance improved significantly in all groups, with no difference between them. All functional variables improved significantly after training, with statistical difference between GA and GE only in the "arm curl test" and "chair stand test", with higher values in GA at posttraining moment. On the other hand, significantly higher values were found in the Δ% of "arm curl test" in GA and GF compared to GE (GA: 52.35 ± 9.63%; GF: 53.39 ± 6.82%; GE: 22.65 ± 5.09%) and significant difference in the Δ% of "chair stand test" between GA and GE (42.04 ± 4.58% vs 23.68 ± 4.75%), being both similar to GF (37.41 ± 4.23%). It was concluded that the water-based exercise training was effective to improve several body balance and physical fitness parameters of elderly women, regardless of the method used. However, some results suggest that the greatest adaptations in muscular strength (1RM and resistance) were provoked by strength training and aerobic training, while the most relevant cardiorespiratory changes were caused by aerobic training and balance training.application/pdfporHidroginásticaTreinamento de forçaExercício aeróbicoTreinamento físicoAptidão físicaIdosoWater-based exerciseTrainingElderlyBody balanceStrength exerciseAerobic exerciseFunctional abilityPhysical fitnessComparação dos efeitos de diferentes métodos de treinamento de hidroginástica no equilíbrio corporal e na aptidão física de mulheres idosasComparison between the effects of different methods of water-based training on body balance and physical fitness of elderly women info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2014.mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001068881.pdf001068881.pdfTexto completoapplication/pdf1904146http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179479/1/001068881.pdfa67ac887fa0f7f7bf143c7d9f2af69dcMD51TEXT001068881.pdf.txt001068881.pdf.txtExtracted Texttext/plain280989http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179479/2/001068881.pdf.txt0c3f897ab51f2dc95bfeebcc44221c32MD5210183/1794792018-12-06 02:44:00.381245oai:www.lume.ufrgs.br:10183/179479Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-12-06T04:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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