Acurácia diagnóstica do exame imuno-histoquímico em tumores phyllodes da mama : painel p53 e Ki67

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rivero, Luis Fernando da Rosa
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202658
Resumo: O diagnóstico preciso do tumor phyllodes (TP) desempenha um papel crítico para o tratamento eficaz, pois permite o manejo cirúrgico correto, evitando uma cirurgia inadequada para o TP maligno ou borderline ou o tratamento cirúrgico excessivo no caso de um TP benigno. TP de mama são notoriamente difíceis de diagnosticar e graduar, sendo a distinção entre um TP benigno e um borderline ou maligno frequentemente problemática para o patologista. Embora vários autores apontem para uma forte relação entre a expressão imuno-histoquímica de p53 e Ki-67 e o grau histopatológico do TP, com potencial impacto na acurácia diagnóstica, não há consenso na literatura sobre qual ponto de corte define um teste (index test) como positivo. O objetivo deste estudo é estabelecer um escore de aplicação prática que permita elevar a acurácia diagnóstica do TP por meio do uso adequado desses métodos auxiliares. MÉTODOS: Revisão cegada em relação ao diagnóstico original de 146 TP benignos, borderline e malignos, removidos cirurgicamente entre janeiro de 2000 e dezembro de 2015, buscados dos arquivos do Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e dois outros laboratórios de patologia de Porto Alegre. O diagnóstico de revisão foi considerado o padrão ouro para análise e um bloco de parafina representativo para cada caso foi escolhido para estudo imuno-histoquímico. O teste Ki-67 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados. O teste p53 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados com intensidade moderada ou forte. RESULTADOS: Dos 146 casos de TP revisados, 110 foram classificados como benignos, 16 como borderline e 20 como malignos, a mediana de idade foi de 45 anos (16-74) e o tamanho mediano foi de 4,0cm (1-20cm). A correlação entre idade e tamanho com subgrupos benigno, borderline e maligno foi estatisticamente significativa (p <0,001). Foi observada significância na expressão do Ki-67 e do p53 na comparação do TP benigno, borderline e maligno com p<0,001 e intervalo de confiança de 95%. Ao correlacionar-se a presença de positividade em qualquer um dos dois testes com o diagnóstico de TP borderline ou maligno, atingimos uma sensibilidade de 100%, especificidade de 91,8%, valor preditivo positivo de 80%, valor preditivo negativo de 100% e uma acurácia de 93,8%, com p <0,001 e intervalo de confiança de 95%. CONCLUSÃO: Propomos uma metodologia prática para obter um diagnóstico acurado de TP, com base num painel imuno-histoquímico simples, Ki-67 e p53, com pontos de corte claramente definidos e fáceis de aplicar. Concluindo, um TP positivo para qualquer um dos testes (index test) deve ser classificado como borderline ou maligno. Esperamos que essa proposta de nova abordagem possa contribuir para o desenvolvimento da padronização no uso do p53 e do Ki-67 para a graduação do TP da mama, auxiliando os patologistas no diagnóstico preciso.
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O objetivo deste estudo é estabelecer um escore de aplicação prática que permita elevar a acurácia diagnóstica do TP por meio do uso adequado desses métodos auxiliares. MÉTODOS: Revisão cegada em relação ao diagnóstico original de 146 TP benignos, borderline e malignos, removidos cirurgicamente entre janeiro de 2000 e dezembro de 2015, buscados dos arquivos do Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e dois outros laboratórios de patologia de Porto Alegre. O diagnóstico de revisão foi considerado o padrão ouro para análise e um bloco de parafina representativo para cada caso foi escolhido para estudo imuno-histoquímico. O teste Ki-67 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados. O teste p53 foi considerado positivo se >10% dos núcleos de células neoplásicas fossem corados com intensidade moderada ou forte. RESULTADOS: Dos 146 casos de TP revisados, 110 foram classificados como benignos, 16 como borderline e 20 como malignos, a mediana de idade foi de 45 anos (16-74) e o tamanho mediano foi de 4,0cm (1-20cm). A correlação entre idade e tamanho com subgrupos benigno, borderline e maligno foi estatisticamente significativa (p <0,001). Foi observada significância na expressão do Ki-67 e do p53 na comparação do TP benigno, borderline e maligno com p<0,001 e intervalo de confiança de 95%. Ao correlacionar-se a presença de positividade em qualquer um dos dois testes com o diagnóstico de TP borderline ou maligno, atingimos uma sensibilidade de 100%, especificidade de 91,8%, valor preditivo positivo de 80%, valor preditivo negativo de 100% e uma acurácia de 93,8%, com p <0,001 e intervalo de confiança de 95%. CONCLUSÃO: Propomos uma metodologia prática para obter um diagnóstico acurado de TP, com base num painel imuno-histoquímico simples, Ki-67 e p53, com pontos de corte claramente definidos e fáceis de aplicar. Concluindo, um TP positivo para qualquer um dos testes (index test) deve ser classificado como borderline ou maligno. Esperamos que essa proposta de nova abordagem possa contribuir para o desenvolvimento da padronização no uso do p53 e do Ki-67 para a graduação do TP da mama, auxiliando os patologistas no diagnóstico preciso.Background: The accurate diagnosis of a phyllodes tumor (PT) is critical for effective treatment as it allows correct surgical management, and avoids inadequate excision for malignant or borderline PT, or surgical overtreatment in benign PT. PTs of the breast are notoriously difficult to classify, and reliable differentiation of a benign PT from a borderline or malignant PT can be problematic for the pathologist. Although several authors acknowledge a strong relationship between the immunohistochemical expression of p53 and Ki-67 and the histopathological grade of PT—with potential impact on diagnostic accuracy—the literature lacks consensus about which cutoff defines a positive index test. The objective of this study is to establish a practical application score that increases the diagnostic accuracy of PT through the appropriate use of these auxiliary methods. Methods: A blinded review of 146 consecutive PTs surgically removed between January 2000 and December 2015 were retrospectively searched from archives of three pathology laboratories from Porto Alegre. The Ki-67 test was considered positive if >10% of neoplastic cell were stained. The p53 test was considered positive if >10% of neoplastic cell were stained in a moderate or strong intensity. Results: Of the 146 PT cases reviewed, 110 were classified as benign, 16 as borderline, and 20 as malignant. The correlation between age and size with benign, borderline, and malignant subgroups was statistically significant (p < 0.001). Significance was observed in the expression of both Ki-67 and p53 in 13 the comparison of benign, borderline, and malignant PT with p < 0.001 and a 95% confidence interval (CI). When correlating the presence of positivity in either of the two index tests with the diagnosis of borderline or malignant PT, we reached a sensitivity of 100% and a specificity of 91.8 (p < 0.001; 95% CI). Conclusion: We propose a practical methodology to achieve an accurate diagnosis of PT, based on clearly defined and easy to apply cutoffs of a simple immunohistochemical panel of Ki-67 and p53. A PT positive for either of the index tests should be graded as borderline or malignant. We hope this new approach might provide the basis for the development of standardization in using p53 and Ki-67 for grading PT with accuracy.application/pdfporNeoplasias da mamaTumor filóideGenes p53Antígeno Ki-67Imuno-histoquímicaDiagnósticoPhyllodesImmunohistochemistryKi-67p53Acurácia diagnóstica do exame imuno-histoquímico em tumores phyllodes da mama : painel p53 e Ki67Accuracy of p53 and ki-67 in the diagnosis of phyllodes tumor, a model for practical application info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107089.pdf.txt001107089.pdf.txtExtracted Texttext/plain140067http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202658/2/001107089.pdf.txt1e13f19e960c3461ea7a7187706512d8MD52ORIGINAL001107089.pdfTexto completoapplication/pdf3155150http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202658/1/001107089.pdf195359661f9d29c01820492b9653e16bMD5110183/2026582019-12-19 04:59:30.149957oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202658Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-12-19T06:59:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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