Efeito de gama-decanolactona após tratamento subcrônico em camundongos submetidos a modelo de crise epiléptica induzida por pentilenotetrazol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Fernanda Marcelia dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219128
Resumo: Gama-decanolactona (GD) é um composto monoterpeno e tem sido estudada quanto à sua capacidade neuroprotetora. GD reduz o comportamento epiléptico em diferentes modelos animais de crises epilépticas e epilepsia, além de atenuar parâmetros neuroinflamatórios, de estresse oxidativo e genotoxicidade. Assim, dando continuidade às investigações sobre o perfil farmacológico de GD, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito deste composto em modelo agudo de crise epiléptica induzida por pentilenotetrazol (PTZ), após tratamento agudo e subcrônico. Buscamos também estudar seu mecanismo de ação por meio da expressão receptores GluN2B e adenosina A1 e avaliar o potencial anti-inflamatório pela expressão de ciclo-oxigenase-2 (COX-2), bem como a genotoxicidade e mutagenicidade por pelo teste Cometa Alcalino e Micronúcleos, respectivamente. Além disso, investigamos o potencial antinociceptivo de GD, utilizando o teste da Placa Quente. Camundongos machos e fêmeas foram tratados com GD (300 mg/kg) por 12 dias. No décimo dia, foram submetidos ao teste da Placa Quente. No décimo terceiro dia, todos os animais receberam PTZ (90 mg/kg) e seu comportamento foi observado por 30 minutos. Pregabalina (PGB) (30 mg/kg) foi usada como controle positivo neste estudo. Ao final do ensaio comportamental, amostras de hipocampo e sangue foram coletadas para análises de Western Blotting e ensaio de Cometa Alcalino. Os resultados demonstraram que apenas o tratamento agudo da GD foi capaz de reduzir a ocorrência das crises e aumentar a latência para a primeira crise. Camundongos machos tratados com GD demonstraram um aumento significativo na expressão do receptor GluN2B e diminuição na expressão de COX-2 após o tratamento subcrônico. O tratamento subcrônico com GD aumentou significativamente a expressão de adenosina A1 nas fêmeas em relação ao tratamento agudo. Tanto o tratamento agudo quanto subcrônico com GD e PGB reduziram os danos ao DNA produzidos pelo PTZ, em machos e fêmeas. Não foi observado aumento na frequência de micronúcleos entre os tratamentos e sexos, bem como não observamos efeito antinociceptivo de GD no teste da Placa Quente. Este estudo sugere que GD, administrada repetidamente por 12 dias, não foi capaz de reduzir as crises epilépticas induzidas por PTZ, mas protegeu contra danos ao DNA, reduziu a expressão de COX-2 e aumentou a expressão de GluN2B.
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Além disso, investigamos o potencial antinociceptivo de GD, utilizando o teste da Placa Quente. Camundongos machos e fêmeas foram tratados com GD (300 mg/kg) por 12 dias. No décimo dia, foram submetidos ao teste da Placa Quente. No décimo terceiro dia, todos os animais receberam PTZ (90 mg/kg) e seu comportamento foi observado por 30 minutos. Pregabalina (PGB) (30 mg/kg) foi usada como controle positivo neste estudo. Ao final do ensaio comportamental, amostras de hipocampo e sangue foram coletadas para análises de Western Blotting e ensaio de Cometa Alcalino. Os resultados demonstraram que apenas o tratamento agudo da GD foi capaz de reduzir a ocorrência das crises e aumentar a latência para a primeira crise. Camundongos machos tratados com GD demonstraram um aumento significativo na expressão do receptor GluN2B e diminuição na expressão de COX-2 após o tratamento subcrônico. O tratamento subcrônico com GD aumentou significativamente a expressão de adenosina A1 nas fêmeas em relação ao tratamento agudo. Tanto o tratamento agudo quanto subcrônico com GD e PGB reduziram os danos ao DNA produzidos pelo PTZ, em machos e fêmeas. Não foi observado aumento na frequência de micronúcleos entre os tratamentos e sexos, bem como não observamos efeito antinociceptivo de GD no teste da Placa Quente. Este estudo sugere que GD, administrada repetidamente por 12 dias, não foi capaz de reduzir as crises epilépticas induzidas por PTZ, mas protegeu contra danos ao DNA, reduziu a expressão de COX-2 e aumentou a expressão de GluN2B.Gamma-decanolactone (GD) is a monoterpene compound and has been studied for its neuroprotective capacity. GD has been shown to reduce epileptic behavior in different animal models of seizures and epilepsy, in addition to attenuating neuroinflammatory parameters, oxidative stress and genotoxicity. Thus, continuing the investigations on the pharmacological profile of GD, this study aimed to evaluate the effect of this compound in an acute model of seizure induced by pentylenetetrazole (PTZ), after acute and subchronic treatment with GD. We seek to study its mechanism of action through the expression GluN2B receptors and adenosine A1 and to evaluate the anti-inflammatory potential through the expression of cyclooxygenase-2 (COX-2), as well as genotoxicity and mutagenicity through the Comet Alkaline test and Micronucleus test, respectively. In addition, we investigated the antinociceptive potential of GD, using the Hot Plate test. Male and female mice were treated with GD (300 mg / kg) for 12 days. On the tenth day, they were submitted to the Hot Plate test. On the thirteenth day, all animals received PTZ (90 mg/kg) and their behavior was observed for 30 minutes. Pregabalin (PGB) (30mg/kg) was used as a positive control in this study. At the end of the behavioral assay, hippocampus and blood samples were collected for Western Blotting and Comet Alkaline assays. The results showed that only the acute treatment of GD was able to reduce the occurrence of seizures and increase the latency for the first seizure. Male mice treated with GD demonstrated a significant increase in GluN2B receptor expression and a decrease in COX-2 expression after subchronic treatment. Subchronic treatment with GD significantly increased the expression of adenosine A1 in females in relation to acute treatment. Both acute and subchronic treatment with GD and PGB, were able to reduce the DNA damage produced by PTZ, in both males and females. There was no increase in the frequency of micronucleus between treatments and sexes, as well as the antinociceptive effect of GD in the Hot Plate test. This study suggests that GD, administered repeatedly for 12 days, was not able to reduce PTZ-induced seizures, but was shown to protect against DNA damage, reduce COX-2 expression and increase GluN2B expression.application/pdfporEpilepsiaConvulsõesPentilenotetrazolLactonasReceptor A1 de adenosinaCiclo-Oxigenase 2Receptores de N-metil-D-aspartatoGamma-decanolactoneGluN2B receptorAdenosine A1 receptorCOX-2PentylenetetrazoleSeizureEfeito de gama-decanolactona após tratamento subcrônico em camundongos submetidos a modelo de crise epiléptica induzida por pentilenotetrazolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123621.pdf.txt001123621.pdf.txtExtracted Texttext/plain129480http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219128/2/001123621.pdf.txt526d5a214925b1d422894bca198c555eMD52ORIGINAL001123621.pdfTexto completoapplication/pdf2036830http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219128/1/001123621.pdf972d3b3044b72c4499067aae783becf7MD5110183/2191282023-06-29 03:28:03.602928oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219128Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-29T06:28:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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