Avaliação de risco multivariada e de sinais clínicos na sepse neonatal precoce em recém-nascidos a termo e prematuros tardios e seu impacto econômico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198950 |
Resumo: | Objetivos: Comparar a observação dos sinais clínicos com o uso da avaliação multivariada de risco (EOSCalc) em recém-nascidos (RNs) prematuros tardios e a termo na indicação de antibioticoterapia para sepse neonatal precoce (EOS) e estimar os custos associados. Métodos: Estudo observacional envolvendo RNs com idade gestacional (IG) ≥ 34 semanas que receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida no período de junho de 2014 a dezembro de 2016. Os critérios de exclusão foram infecções congênitas, malformações maiores e encefalopatia hipóxico-isquêmica em hipotermia terapêutica. A avaliação pela EOSCalc e pela apresentação clínica ocorreu nas primeiras 24 horas de vida. Considerados sintomáticos os RNs com a presença de três sinais de diferentes sistemas (instabilidade térmica, alterações hemodinâmicas, sintomas respiratórios, gastrointestinais, hematológicos e neurológicos, bem como avaliação subjetiva) ou de dois sinais clínicos e um fator de risco. As estimativas de custos foram realizadas por microcusteio e a análise econômica foi realizada na perspectiva do hospital. Para todas as análises foi considerado um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%. Resultados: Houve 8.321 neonatos nascidos com IG ≥ 34 semanas durante o período do estudo, 505 (6%) receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida. Dentre os incluídos, 121 preencheram critérios de exclusão, resultando um total de 384 para análise final. Destes, 219 (57%) receberiam antibióticos pela EOSCalc e 64 (16,6%) pelos sinais clínicos (p < 0.001). A IG média foi de 39 ± 1,9 semanas e a média do peso ao nascer foi de 3.266 ± 588 gramas. Nove apresentaram hemocultura com identificação de germe patogênico, sendo Streptococcus agalactiae o mais prevalente. A incidência de EOS comprovada foi de 1,08 por mil nascidos vivos. Todos os pacientes com hemocultura positiva foram detectados, com ausência de falso-negativo em ambas as avaliações. O custo total foi estimado em R$ 2.170.177,38 para o tratamento padrão, R$ 1.570.877,66 para a EOSCalc e R$ 1.188.253,09 para a observação dos sinais clínicos. Na comparação das alternativas terapêuticas, os custos foram reduzidos em 27,6% (R$ 599.299,72) com a EOSCalc e em 45,2% (R$ 981.924,29) com os sinais clínicos (p ˂ 0.001). Conclusão: O uso da EOSCalc e a observação clínica rigorosa são métodos seguros e acurados no manejo de RNs com IG ≥ 34 semanas com suspeita ou em risco de EOS e ambos demonstram vantagem econômica. |
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Benincasa, Bianca ChassotProcianoy, Renato SoibelmannSilveira, Rita de Cássia dos Santos2019-09-07T02:33:30Z2019http://hdl.handle.net/10183/198950001097846Objetivos: Comparar a observação dos sinais clínicos com o uso da avaliação multivariada de risco (EOSCalc) em recém-nascidos (RNs) prematuros tardios e a termo na indicação de antibioticoterapia para sepse neonatal precoce (EOS) e estimar os custos associados. Métodos: Estudo observacional envolvendo RNs com idade gestacional (IG) ≥ 34 semanas que receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida no período de junho de 2014 a dezembro de 2016. Os critérios de exclusão foram infecções congênitas, malformações maiores e encefalopatia hipóxico-isquêmica em hipotermia terapêutica. A avaliação pela EOSCalc e pela apresentação clínica ocorreu nas primeiras 24 horas de vida. Considerados sintomáticos os RNs com a presença de três sinais de diferentes sistemas (instabilidade térmica, alterações hemodinâmicas, sintomas respiratórios, gastrointestinais, hematológicos e neurológicos, bem como avaliação subjetiva) ou de dois sinais clínicos e um fator de risco. As estimativas de custos foram realizadas por microcusteio e a análise econômica foi realizada na perspectiva do hospital. Para todas as análises foi considerado um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%. Resultados: Houve 8.321 neonatos nascidos com IG ≥ 34 semanas durante o período do estudo, 505 (6%) receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida. Dentre os incluídos, 121 preencheram critérios de exclusão, resultando um total de 384 para análise final. Destes, 219 (57%) receberiam antibióticos pela EOSCalc e 64 (16,6%) pelos sinais clínicos (p < 0.001). A IG média foi de 39 ± 1,9 semanas e a média do peso ao nascer foi de 3.266 ± 588 gramas. Nove apresentaram hemocultura com identificação de germe patogênico, sendo Streptococcus agalactiae o mais prevalente. A incidência de EOS comprovada foi de 1,08 por mil nascidos vivos. Todos os pacientes com hemocultura positiva foram detectados, com ausência de falso-negativo em ambas as avaliações. O custo total foi estimado em R$ 2.170.177,38 para o tratamento padrão, R$ 1.570.877,66 para a EOSCalc e R$ 1.188.253,09 para a observação dos sinais clínicos. Na comparação das alternativas terapêuticas, os custos foram reduzidos em 27,6% (R$ 599.299,72) com a EOSCalc e em 45,2% (R$ 981.924,29) com os sinais clínicos (p ˂ 0.001). Conclusão: O uso da EOSCalc e a observação clínica rigorosa são métodos seguros e acurados no manejo de RNs com IG ≥ 34 semanas com suspeita ou em risco de EOS e ambos demonstram vantagem econômica.Objective: To compare strict observation of clinical signs with multivariate risk assessment (EOSCalc) in neonates with gestational age (GA) ≥ 34 weeks in the indication of antibiotic therapy for early-onset sepsis (EOS), and to estimate associated costs. Methods: Observational study involving infants with GA ≥ 34 weeks who received antibiotics in the first 72 hours of life from June 2014 to December 2016. Exclusion criteria were congenital infections, major malformations, and hypoxic-ischemic encephalopathy in a hypothermia protocol therapy. Evaluation by EOSCalc and clinical presentation occurred within the first 24 hours of life. Neonates with the presence of three signs of different body systems (thermic instability, hemodynamic changes, respiratory, gastrointestinal, hematologic and neurological symptoms, as well as subjective evaluation) or the presence of two clinical signs and a risk factor were considered symptomatic. Cost estimate was made using the bottom-up microcosting method and the economic analysis from the hospital perspective. For all analyzes, a confidence interval of 95% and a margin of error of 5% were considered. Results: 8321 infants were born with GA ≥ 34 weeks during the study period, 505 (6%) received antibiotics and 121 met exclusion criteria, resulting in a total of 384 for final analysis. The mean GA was 39 ± 1.9 weeks and the mean birth weight was 3266 ± 588 grams. Of these, 219 (57%) met criteria for antibiotic therapy by EOSCalc and 64 (16.6%) by clinical signs (p < 0.001). Nine had blood culture with a pathogenic germ, Streptococcus agalactiae was the most prevalent. The incidence of proven sepsis was 1.08 per thousand live births. All patients with positive blood culture were detected, with no false-negative results in both evaluations. The total cost was estimated at US$ 574,121 for the standard treatment, US$ 415,576 using EOSCalc, a reduction of US$ 158,545 (27.6%) was observed, and US$ 314,353 by clinical signs, achieving a reduction of US$ 259,768 (45.2%) (p ˂ 0.001). Conclusion: Assessment of clinical signs in the first 24 hours of life seems to be a more accurate strategy than EOSCalc in the decision of antimicrobial treatment for EOS in late term and term infants, with a significant impact in reducing associated costs, driven by of days of hospitalization.application/pdfporSepse neonatalAntibacterianosCustos e análise de custoRecém-nascido prematuroAntibioticsEarly neonatal sepsisHealth cost analysisNewbornSepsis calculatorAvaliação de risco multivariada e de sinais clínicos na sepse neonatal precoce em recém-nascidos a termo e prematuros tardios e seu impacto econômicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097846.pdf.txt001097846.pdf.txtExtracted Texttext/plain138782http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198950/2/001097846.pdf.txt532554234949b38512319dfb6f698c1eMD52ORIGINAL001097846.pdfTexto completoapplication/pdf2727664http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198950/1/001097846.pdf399648ec78540800d242bc7c92f2f571MD5110183/1989502022-10-21 04:57:01.644553oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198950Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-10-21T07:57:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Objetivos: Comparar a observação dos sinais clínicos com o uso da avaliação multivariada de risco (EOSCalc) em recém-nascidos (RNs) prematuros tardios e a termo na indicação de antibioticoterapia para sepse neonatal precoce (EOS) e estimar os custos associados. Métodos: Estudo observacional envolvendo RNs com idade gestacional (IG) ≥ 34 semanas que receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida no período de junho de 2014 a dezembro de 2016. Os critérios de exclusão foram infecções congênitas, malformações maiores e encefalopatia hipóxico-isquêmica em hipotermia terapêutica. A avaliação pela EOSCalc e pela apresentação clínica ocorreu nas primeiras 24 horas de vida. Considerados sintomáticos os RNs com a presença de três sinais de diferentes sistemas (instabilidade térmica, alterações hemodinâmicas, sintomas respiratórios, gastrointestinais, hematológicos e neurológicos, bem como avaliação subjetiva) ou de dois sinais clínicos e um fator de risco. As estimativas de custos foram realizadas por microcusteio e a análise econômica foi realizada na perspectiva do hospital. Para todas as análises foi considerado um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%. Resultados: Houve 8.321 neonatos nascidos com IG ≥ 34 semanas durante o período do estudo, 505 (6%) receberam antibióticos nas primeiras 72 horas de vida. Dentre os incluídos, 121 preencheram critérios de exclusão, resultando um total de 384 para análise final. Destes, 219 (57%) receberiam antibióticos pela EOSCalc e 64 (16,6%) pelos sinais clínicos (p < 0.001). A IG média foi de 39 ± 1,9 semanas e a média do peso ao nascer foi de 3.266 ± 588 gramas. Nove apresentaram hemocultura com identificação de germe patogênico, sendo Streptococcus agalactiae o mais prevalente. A incidência de EOS comprovada foi de 1,08 por mil nascidos vivos. Todos os pacientes com hemocultura positiva foram detectados, com ausência de falso-negativo em ambas as avaliações. O custo total foi estimado em R$ 2.170.177,38 para o tratamento padrão, R$ 1.570.877,66 para a EOSCalc e R$ 1.188.253,09 para a observação dos sinais clínicos. Na comparação das alternativas terapêuticas, os custos foram reduzidos em 27,6% (R$ 599.299,72) com a EOSCalc e em 45,2% (R$ 981.924,29) com os sinais clínicos (p ˂ 0.001). Conclusão: O uso da EOSCalc e a observação clínica rigorosa são métodos seguros e acurados no manejo de RNs com IG ≥ 34 semanas com suspeita ou em risco de EOS e ambos demonstram vantagem econômica. |
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