A utilização do teste da hemoglobina glicada como ferramenta diagnóstica na detecção de diabetes mellitus pós-transplante renal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/206261 |
Resumo: | O diabetes mellitus pós-transplante (DMPT) é uma patologia que acomete parte dos indivíduos que realizam transplante renal e seu desenvolvimento está relacionado, em alguns casos, à utilização de medicamentos imunossupressores, principalmente corticoides e inibidores da calcineurina. A incidência de DMPT relatada na literatura varia entre 2 e 50% no primeiro ano após o transplante e, a longo prazo, está associada com prognóstico desfavorável tanto para o paciente quanto para o enxerto. As diretrizes internacionais do DMPT recomendam que para o seu diagnóstico sejam utilizados os mesmos critérios recomendados pela American Diabetes Association (ADA) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o diagnóstico de diabetes na população em geral. Em 2010, a ADA incluiu o teste A1c como teste de primeira escolha para o diagnóstico de DM, considerando como ponto de corte o valor de A1c ≥6,5%. Até o momento, nenhuma atualização das diretrizes de DMPT foi publicada sobre a possibilidade de utilização diagnóstica do teste A1c em indivíduos transplantados renais. Este estudo objetivou analisar o desempenho do teste A1c em relação aos testes tradicionais de glicemia para detectar DMPT. A1c ≥6,5% apresenta alta especificidade para o diagnóstico de DMPT, sendo útil na confirmação do diagnóstico. Entretanto, devido a sua baixa sensibilidade, seu uso isolado subestima a incidência desta patologia em pacientes transplantados. Utilizando o valor de A1c ≥6.5% para confirmar e o valor de A1c ≤5.9% para excluir a presença de DMPT, o número de TOTG seria reduzido em 83%. Portanto, recomendamos que diferentes pontos de corte de A1c deveriam ser utilizados em combinação com o TOTG para excluir ou confirmar a presença da doença no período póstransplante. |
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Pimentel, Ana LauraCamargo, Joiza Lins2020-02-27T04:11:23Z2014http://hdl.handle.net/10183/206261000913861O diabetes mellitus pós-transplante (DMPT) é uma patologia que acomete parte dos indivíduos que realizam transplante renal e seu desenvolvimento está relacionado, em alguns casos, à utilização de medicamentos imunossupressores, principalmente corticoides e inibidores da calcineurina. A incidência de DMPT relatada na literatura varia entre 2 e 50% no primeiro ano após o transplante e, a longo prazo, está associada com prognóstico desfavorável tanto para o paciente quanto para o enxerto. As diretrizes internacionais do DMPT recomendam que para o seu diagnóstico sejam utilizados os mesmos critérios recomendados pela American Diabetes Association (ADA) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o diagnóstico de diabetes na população em geral. Em 2010, a ADA incluiu o teste A1c como teste de primeira escolha para o diagnóstico de DM, considerando como ponto de corte o valor de A1c ≥6,5%. Até o momento, nenhuma atualização das diretrizes de DMPT foi publicada sobre a possibilidade de utilização diagnóstica do teste A1c em indivíduos transplantados renais. Este estudo objetivou analisar o desempenho do teste A1c em relação aos testes tradicionais de glicemia para detectar DMPT. A1c ≥6,5% apresenta alta especificidade para o diagnóstico de DMPT, sendo útil na confirmação do diagnóstico. Entretanto, devido a sua baixa sensibilidade, seu uso isolado subestima a incidência desta patologia em pacientes transplantados. Utilizando o valor de A1c ≥6.5% para confirmar e o valor de A1c ≤5.9% para excluir a presença de DMPT, o número de TOTG seria reduzido em 83%. Portanto, recomendamos que diferentes pontos de corte de A1c deveriam ser utilizados em combinação com o TOTG para excluir ou confirmar a presença da doença no período póstransplante.New onset diabetes after transplantation (NODAT) affects part of individuals that perform kidney transplantation and its development is associated, in some cases, with the use of immunosuppressive medications, mainly corticosteroids and calcineurin inhibitors. The incidence reported in the literature ranges between 2 and 50 % in the first year after transplantation and in long term is associated with poor prognosis for both the patient and the graft. International guidelines recommend that diagnosis of NODAT should be made using the same criteria recommended by the American Diabetes Association (ADA) and the World Health Organization (WHO) for the diagnosis of diabetes in general population. In 2010, ADA included glycated hemoglobin test (A1c) as the first choice for the diagnosis of diabetes, considering the cutoff value of A1c ≥6.5%. To date, no update in guidelines of NODAT has been published concerning the diagnostic use of A1c test in renal transplant recipients. This study aimed to analyze the performance of A1c test compared to traditional blood glucose tests to detect NODAT. A1c ≥6.5% has high specificity for the diagnosis of NODAT and is useful in confirming the diagnosis. However, due to its low sensitivity, its isolated use underestimates the incidence of this disease in renal transplant recipients. Using A1c cutoff point ≥6.5% to rule in and A1c cutoff point ≤5.9% to rule out NODAT, the number of the cumbersome OGTT would be reduced in 83%. Therefore, we recommend that different A1c cutoff points should be used in combination with OGTT to exclude or confirm the disease in early posttransplantation.application/pdfporDiabetes mellitusTransplante de rimTerapia de imunossupressãoNew onset diabetes after transplantationImmunosuppressantDiagnosticGlycated hemoglobinA utilização do teste da hemoglobina glicada como ferramenta diagnóstica na detecção de diabetes mellitus pós-transplante renalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000913861.pdf.txt000913861.pdf.txtExtracted Texttext/plain69891http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206261/2/000913861.pdf.txt6dfcdf30aa78b0429a61d02685a3e942MD52ORIGINAL000913861.pdfTexto completoapplication/pdf817714http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206261/1/000913861.pdf85c53eaa84f6c09abd546d4afd7cfe9dMD5110183/2062612024-12-20 07:52:12.472529oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206261Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-12-20T09:52:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O diabetes mellitus pós-transplante (DMPT) é uma patologia que acomete parte dos indivíduos que realizam transplante renal e seu desenvolvimento está relacionado, em alguns casos, à utilização de medicamentos imunossupressores, principalmente corticoides e inibidores da calcineurina. A incidência de DMPT relatada na literatura varia entre 2 e 50% no primeiro ano após o transplante e, a longo prazo, está associada com prognóstico desfavorável tanto para o paciente quanto para o enxerto. As diretrizes internacionais do DMPT recomendam que para o seu diagnóstico sejam utilizados os mesmos critérios recomendados pela American Diabetes Association (ADA) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o diagnóstico de diabetes na população em geral. Em 2010, a ADA incluiu o teste A1c como teste de primeira escolha para o diagnóstico de DM, considerando como ponto de corte o valor de A1c ≥6,5%. Até o momento, nenhuma atualização das diretrizes de DMPT foi publicada sobre a possibilidade de utilização diagnóstica do teste A1c em indivíduos transplantados renais. Este estudo objetivou analisar o desempenho do teste A1c em relação aos testes tradicionais de glicemia para detectar DMPT. A1c ≥6,5% apresenta alta especificidade para o diagnóstico de DMPT, sendo útil na confirmação do diagnóstico. Entretanto, devido a sua baixa sensibilidade, seu uso isolado subestima a incidência desta patologia em pacientes transplantados. Utilizando o valor de A1c ≥6.5% para confirmar e o valor de A1c ≤5.9% para excluir a presença de DMPT, o número de TOTG seria reduzido em 83%. Portanto, recomendamos que diferentes pontos de corte de A1c deveriam ser utilizados em combinação com o TOTG para excluir ou confirmar a presença da doença no período póstransplante. |
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