Avaliação do controle pressórico de pacientes hipertensos em seguimento farmacoterapêutico de acordo com o índice de complexidade da farmacoterapia e análise de custo-efetividade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Fernanda D'Athayde
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131199
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal responsável por eventos cardiovasculares na população. A baixa adesão ao tratamento medicamentoso leva ao baixo índice de controle da pressão arterial (PA) e aumenta os riscos de eventos cardiovasculares. A atenção farmacêutica (AF), uma prática profissional farmacêutica, da qual o seguimento farmacoterapêutico (SFT) é parte, visa melhorar não só a adesão à terapia medicamentosa, mas também melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A complexidade da farmacoterapia associada à baixa adesão gera aumento nos custos com saúde e estão relacionados a complicações causadas pela HAS. Objetivos: Avaliar se a complexidade da farmacoterapia influencia os resultados obtidos com o SFT, em pacientes hipertensos de difícil controle, que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, no período de junho de 2005 a junho de 2013, e avaliar o custoefetividade do seguimento farmacoterapêutico dos pacientes do ambulatório de seguimento farmacoterapêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os dados foram coletados dos arquivos do Sistema de Atendimento do Ambulatório de Hipertensão e do seguimento farmacoterapêutico e do sistema de registros informatizado do hospital (AGHWEB). O artigo 1 consiste de uma coorte de pacientes hipertensos referenciados pela equipe médica para o Seguimento Farmacoterapêutico, no período de 1º junho de 2005 a 31 de junho de 2013. Utilizou-se o instrumento denominado índice de complexidade da farmacoterapia (ICFT), para quantificar a complexidade da terapia farmacológica nas prescrições de primeira consulta e na consulta após doze meses de SFT. Foram analisados os valores de pressão arterial na primeira consulta, e após doze meses de acompanhamento. Os desfechos avaliados foram o ICFT, nas duas consultas, categorizado em baixa, média e alta complexidade, a taxa de controle da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e delta de PAS e PAD. O artigo 2 consiste em um estudo de custo-efetividade a partir de dados primários de uma coorte do Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo exposto eram pacientes com HAS, referenciados pela equipe médica para SFT, a partir de 1º junho de 2005, tendo como tempo de acompanhamento 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento usual (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos de efetividade utilizados, redução de PAS e PAD, foram estimados em um estudo prévio dessa mesma coorte de pacientes. A análise econômica considerou os custos diretos ambulatoriais de consultas médicas, consultas com outros profissionais, exames, idas à emergência, procedimentos e internações registradas no sistema eletrônico do hospital (AGHWEB). O custo dos medicamentos levou em conta todos os medicamentos prescritos. Valores de exames, consultas ambulatoriais, internações, visitas à emergência e procedimentos médicos e cirúrgicos foram obtidos através da tabela de preços de serviços do SUS e os medicamentos do Banco de Preço do Ministério da Saúde da base SIASG. O horizonte temporal foi de doze meses. Os dados foram apresentados pela razão de custo-efetividade incremental de custo em reais/ mmHg reduzido de PAS e PAD. Análises de sensibilidade univariadas e multivariadas foram realizadas para avaliar a robustez dos achados em diferentes cenários. Resultados: O artigo 1 avaliou 213 pacientes hipertensos que receberam seguimento farmacoterapêutico. A média de idade foi de 62,0 ±11,8, sendo 72,8% dos pacientes do sexo feminino. O número de medicamentos, por paciente, foi 6,8 ±2,4. O ICFT foi calculado em relação ao tratamento, contabilizando todos os medicamentos utilizados pelos pacientes, sendo que a média foi de 16,8±6,6 na consulta basal e 17,1± 7,1 na consulta após doze meses (P=0,35). Houve redução nos níveis de PAS e PAD e nas taxas de controle da primeira para a segunda consulta, após 12 meses. A PAS variou de 162,8 (±20,1) mmHg para 148,8 (±17,8) mmHg (P <0,001), 169,9 (±24,1)mmHg para 155,8(±26,7) mmHg (P<0,001) e 165,1 (±23,7) mmHg para 152,1(±28,6) mmHg (P= 0,023) nas categorias baixa, média e alta complexidade, respectivamente. A taxa de hipertensão controlada (PA ≤ 140/90mmHg) elevou-se de 7,5% para 26,8% (P<0,001). Observou-se elevação estatisticamente significativa na taxa de controle de hipertensão antes e depois do seguimento farmacoterapêutico, nos grupos de média e alta complexidade e tendência no de baixa complexidade. O artigo 2 avaliou 213 pacientes que receberam SFT e 212 pacientes em tratamento usual. O custo médio anual dos pacientes em SFT foi de R$ 1707,09, enquanto no tratamento usual foi de R$ 1615,49, no horizonte de tempo analisado. O caso-base apresentou uma razão de custo efetividade incremental (RCEI) de R$ 3,46 por mmHg reduzido, enquanto para PAD foi R$ 7,63 por mmHg reduzido. Os gastos com medicamentos e internações foram os parâmetros de custos mais sensíveis nas análises univariadas. Para a análise multivariada, criaram-se cenários com as variáveis medicamentos disponibilizados no SUS, internações e redução de PAS e PAD. Os resultados variaram de dominados pelo SFT até um acréscimo de oito vezes a RCEI do caso base principal para PAS, e acréscimo de até dez vezes para PAD. Conclusão: No primeiro artigo, o seguimento farmacoterapêutico, juntamente com o atendimento médico usual, mostrou que, mesmo mantendo índices de complexidade da farmacoterapia iguais, foi efetivo na redução da PA desses pacientes de forma semelhante nos três grupos. O artigo 2 concluiu que SFT oferecido em serviço de atenção secundária para pacientes com hipertensão arterial de difícil controle e suspeita de baixa adesão ao tratamento mostrou-se custo-efetivo na perspectiva do SUS.
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spelling Rodrigues, Fernanda D'AthaydeMoreira, Leila BeltramiCastro, Mauro Silveira de2015-12-18T02:39:47Z2015http://hdl.handle.net/10183/131199000978357Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal responsável por eventos cardiovasculares na população. A baixa adesão ao tratamento medicamentoso leva ao baixo índice de controle da pressão arterial (PA) e aumenta os riscos de eventos cardiovasculares. A atenção farmacêutica (AF), uma prática profissional farmacêutica, da qual o seguimento farmacoterapêutico (SFT) é parte, visa melhorar não só a adesão à terapia medicamentosa, mas também melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A complexidade da farmacoterapia associada à baixa adesão gera aumento nos custos com saúde e estão relacionados a complicações causadas pela HAS. Objetivos: Avaliar se a complexidade da farmacoterapia influencia os resultados obtidos com o SFT, em pacientes hipertensos de difícil controle, que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, no período de junho de 2005 a junho de 2013, e avaliar o custoefetividade do seguimento farmacoterapêutico dos pacientes do ambulatório de seguimento farmacoterapêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os dados foram coletados dos arquivos do Sistema de Atendimento do Ambulatório de Hipertensão e do seguimento farmacoterapêutico e do sistema de registros informatizado do hospital (AGHWEB). O artigo 1 consiste de uma coorte de pacientes hipertensos referenciados pela equipe médica para o Seguimento Farmacoterapêutico, no período de 1º junho de 2005 a 31 de junho de 2013. Utilizou-se o instrumento denominado índice de complexidade da farmacoterapia (ICFT), para quantificar a complexidade da terapia farmacológica nas prescrições de primeira consulta e na consulta após doze meses de SFT. Foram analisados os valores de pressão arterial na primeira consulta, e após doze meses de acompanhamento. Os desfechos avaliados foram o ICFT, nas duas consultas, categorizado em baixa, média e alta complexidade, a taxa de controle da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e delta de PAS e PAD. O artigo 2 consiste em um estudo de custo-efetividade a partir de dados primários de uma coorte do Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo exposto eram pacientes com HAS, referenciados pela equipe médica para SFT, a partir de 1º junho de 2005, tendo como tempo de acompanhamento 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento usual (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos de efetividade utilizados, redução de PAS e PAD, foram estimados em um estudo prévio dessa mesma coorte de pacientes. A análise econômica considerou os custos diretos ambulatoriais de consultas médicas, consultas com outros profissionais, exames, idas à emergência, procedimentos e internações registradas no sistema eletrônico do hospital (AGHWEB). O custo dos medicamentos levou em conta todos os medicamentos prescritos. Valores de exames, consultas ambulatoriais, internações, visitas à emergência e procedimentos médicos e cirúrgicos foram obtidos através da tabela de preços de serviços do SUS e os medicamentos do Banco de Preço do Ministério da Saúde da base SIASG. O horizonte temporal foi de doze meses. Os dados foram apresentados pela razão de custo-efetividade incremental de custo em reais/ mmHg reduzido de PAS e PAD. Análises de sensibilidade univariadas e multivariadas foram realizadas para avaliar a robustez dos achados em diferentes cenários. Resultados: O artigo 1 avaliou 213 pacientes hipertensos que receberam seguimento farmacoterapêutico. A média de idade foi de 62,0 ±11,8, sendo 72,8% dos pacientes do sexo feminino. O número de medicamentos, por paciente, foi 6,8 ±2,4. O ICFT foi calculado em relação ao tratamento, contabilizando todos os medicamentos utilizados pelos pacientes, sendo que a média foi de 16,8±6,6 na consulta basal e 17,1± 7,1 na consulta após doze meses (P=0,35). Houve redução nos níveis de PAS e PAD e nas taxas de controle da primeira para a segunda consulta, após 12 meses. A PAS variou de 162,8 (±20,1) mmHg para 148,8 (±17,8) mmHg (P <0,001), 169,9 (±24,1)mmHg para 155,8(±26,7) mmHg (P<0,001) e 165,1 (±23,7) mmHg para 152,1(±28,6) mmHg (P= 0,023) nas categorias baixa, média e alta complexidade, respectivamente. A taxa de hipertensão controlada (PA ≤ 140/90mmHg) elevou-se de 7,5% para 26,8% (P<0,001). Observou-se elevação estatisticamente significativa na taxa de controle de hipertensão antes e depois do seguimento farmacoterapêutico, nos grupos de média e alta complexidade e tendência no de baixa complexidade. O artigo 2 avaliou 213 pacientes que receberam SFT e 212 pacientes em tratamento usual. O custo médio anual dos pacientes em SFT foi de R$ 1707,09, enquanto no tratamento usual foi de R$ 1615,49, no horizonte de tempo analisado. O caso-base apresentou uma razão de custo efetividade incremental (RCEI) de R$ 3,46 por mmHg reduzido, enquanto para PAD foi R$ 7,63 por mmHg reduzido. Os gastos com medicamentos e internações foram os parâmetros de custos mais sensíveis nas análises univariadas. Para a análise multivariada, criaram-se cenários com as variáveis medicamentos disponibilizados no SUS, internações e redução de PAS e PAD. Os resultados variaram de dominados pelo SFT até um acréscimo de oito vezes a RCEI do caso base principal para PAS, e acréscimo de até dez vezes para PAD. Conclusão: No primeiro artigo, o seguimento farmacoterapêutico, juntamente com o atendimento médico usual, mostrou que, mesmo mantendo índices de complexidade da farmacoterapia iguais, foi efetivo na redução da PA desses pacientes de forma semelhante nos três grupos. O artigo 2 concluiu que SFT oferecido em serviço de atenção secundária para pacientes com hipertensão arterial de difícil controle e suspeita de baixa adesão ao tratamento mostrou-se custo-efetivo na perspectiva do SUS.Introduction: Hypertension is mainly responsible for cardiovascular events in the population. The low adherence to drug treatment leads to low blood pressure control rate (PA) and increases the risk of cardiovascular events. The Pharmaceutical Care, a pharmaceutical professional practice which includes the pharmacotherapy follow-up, aims to improve not only adherence to drug therapy, but also increase the quality of life of patients. The complexity of pharmacotherapy is associated with low compliance that leads to an increase in healthcare costs associated with complications caused by hypertension. Objectives: To assess the impact of the complexity of pharmacotherapy in the results obtained with the Pharmacotherapy follow-up in difficult-to-control hypertensive patients receiving pharmaceutical care for at least twelve months from June 2005 to June 2013, and to assess the cost-effectiveness of pharmacotherapy follow-up of patients in the pharmacotherapy follow-up clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), considering the SUS perspective. Methods: The study consists of a historical cohort with open population of patients referred to the Hypertension Clinic of HCPA. Data were collected from the Hypertension Clinic System File, Pharmacotherapeutic Follow-up records and from the hospital's computerized records system (AGHWEB). Article 1 consists of a cohort of hypertensive patients referred by medical staff for pharmacotherapy follow-up, from 1th June 2005 until June 31, 2013. We used the instrument called pharmacotherapy complexity index (PCI) to quantify complexity of drug therapy in the first visit prescription and in the last visit after twelve months of followup. The blood pressure values in the first visit and after twelve months of follow-up were analyzed. The outcome measures were the PCI in each visit (categorized into low, medium and high complexity), the control rate of systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP) and SBP and DBP delta. Article 2 consists of a cost-effectiveness study based on primary data from the same cohort. The exposed group were patients with hypertension referenced by the medical team for pharmacotherapy follow-up, from 1th June 2005, with 12 months of pharmacotherapy follow-up. The unexposed group was followed in the same period, and received only usual care (medical appointments and other professionals, except the pharmacist). The effectiveness outcomes were the reduction on SBP and DBP, which had been estimated in a previous study of the same cohort of patients. The economic analysis included the direct costs of outpatient visits with doctors, other professionals, exams, emergency visits, procedures and hospitalizations registered in the hospital electronic system. The drugs cost took into account all prescription drugs. Values of tests, outpatient visits, hospitalizations, visits to emergency and medical and surgical procedures were obtained from SUS services price list, and medicines from the prices bank of the Ministry of Health SIASG base. The time horizon was twelve months. The data were presented as incremental cost ratio in Real by each reduced mmHg in SBP and DBP. Univariate and multivariate sensitivity analyzes were performed to assess the robustness of the findings in different scenarios. Results: In article 1, 213 hypertensive patients who received pharmacotherapy follow-up were evaluated. The average age was 62.0 ± 11.8, and 72.8% were female. The number of drugs per patient was 6.8 ± 2.4. The PCI was calculated considering all medications used by patients, being 16.8 ± 6.6 at baseline and 17.1 ± 7.1 after twelve months (P = 00.35). There was a reduction in SBP and DBP levels and in the rates of controlled hypertension consultation after 12 months. The SBP ranged from 162.8 (± 20.1) mmHg to 148.8 (± 17.8) mmHg (P <0.001) in the low PCI, 169.9 (± 24.1) mmHg to 155.8 (± 26.7) mmHg (P <0.001) in the middle and from 165.1 (± 23.7) mmHg to 152.1 (± 28.6) mmHg (P = 0.023) in the highest complexity group. The rate of controlled hypertension (BP ≤ 140 / 90mmHg) increased from 7.5% to 26.8% (P <0.001). There was a statistically significant increase in hypertension control rates before and after the pharmacotherapeutic follow-up in the media and high complexity groups, and a trend in the low complexity group. In the second article, 213 patients evaluated in pharmacotherapeutic follow-up and 212 in the usual treatment were analyzed. The average annual cost of patients in pharmacotherapeutic follow-up was R $ 1,707.09 while the usual treatment was R $ 1,615.49 on the horizon of analysis time. The base case presented an incremental cost effectiveness ratio (ICER) of R $ 3.46 per mmHg reduced while for PAD, it was R $ 7.63 per mm Hg reduced. Spending on medicines and hospital costs were the most sensitive parameters in the univariate analyzes. Different scenarios were created for multivariate analysis regarding medicines available on the NHS, hospital admissions and reducing SBP and DBP. The results ranged from dominated by pharmacotherapeutic follow-up, to an increase of eight times in the main base-case ICER for SBP, and increased up to ten times for DBP. Conclusion: In the first article the pharmacotherapeutic follow-up along with the usual medical care showed that even keeping the same complexity index, it was effective in reducing BP across the three complexity groups. In the article 2, we concluded that pharmacotherapeutic follow-up offered in secundary care service to patients with difficult-tocontrol hypertension and suspected of poor adherence to treatment was cost-effective in the SUS perspective.application/pdfporHipertensãoTratamento farmacológicoAnálise custo-benefícioAvaliação do controle pressórico de pacientes hipertensos em seguimento farmacoterapêutico de acordo com o índice de complexidade da farmacoterapia e análise de custo-efetividadeEvaluation of blood pressure control of hypertensive patients in pharmacotherapy follow-up according to the Complexity Index of Pharmacotherapy and costeffectiveness analysis info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000978357.pdf.txt000978357.pdf.txtExtracted Texttext/plain234100http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131199/2/000978357.pdf.txt0dff76c4918535e133dd2df172d736feMD52ORIGINAL000978357.pdf000978357.pdfTexto completoapplication/pdf1718665http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131199/1/000978357.pdf5e3281bc32bb20b9b0f7996a165d9a6eMD5110183/1311992023-08-17 03:36:35.40817oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131199Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-17T06:36:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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Objetivos: Avaliar se a complexidade da farmacoterapia influencia os resultados obtidos com o SFT, em pacientes hipertensos de difícil controle, que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, no período de junho de 2005 a junho de 2013, e avaliar o custoefetividade do seguimento farmacoterapêutico dos pacientes do ambulatório de seguimento farmacoterapêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os dados foram coletados dos arquivos do Sistema de Atendimento do Ambulatório de Hipertensão e do seguimento farmacoterapêutico e do sistema de registros informatizado do hospital (AGHWEB). O artigo 1 consiste de uma coorte de pacientes hipertensos referenciados pela equipe médica para o Seguimento Farmacoterapêutico, no período de 1º junho de 2005 a 31 de junho de 2013. Utilizou-se o instrumento denominado índice de complexidade da farmacoterapia (ICFT), para quantificar a complexidade da terapia farmacológica nas prescrições de primeira consulta e na consulta após doze meses de SFT. Foram analisados os valores de pressão arterial na primeira consulta, e após doze meses de acompanhamento. Os desfechos avaliados foram o ICFT, nas duas consultas, categorizado em baixa, média e alta complexidade, a taxa de controle da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e delta de PAS e PAD. O artigo 2 consiste em um estudo de custo-efetividade a partir de dados primários de uma coorte do Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo exposto eram pacientes com HAS, referenciados pela equipe médica para SFT, a partir de 1º junho de 2005, tendo como tempo de acompanhamento 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento usual (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos de efetividade utilizados, redução de PAS e PAD, foram estimados em um estudo prévio dessa mesma coorte de pacientes. A análise econômica considerou os custos diretos ambulatoriais de consultas médicas, consultas com outros profissionais, exames, idas à emergência, procedimentos e internações registradas no sistema eletrônico do hospital (AGHWEB). O custo dos medicamentos levou em conta todos os medicamentos prescritos. Valores de exames, consultas ambulatoriais, internações, visitas à emergência e procedimentos médicos e cirúrgicos foram obtidos através da tabela de preços de serviços do SUS e os medicamentos do Banco de Preço do Ministério da Saúde da base SIASG. O horizonte temporal foi de doze meses. Os dados foram apresentados pela razão de custo-efetividade incremental de custo em reais/ mmHg reduzido de PAS e PAD. Análises de sensibilidade univariadas e multivariadas foram realizadas para avaliar a robustez dos achados em diferentes cenários. Resultados: O artigo 1 avaliou 213 pacientes hipertensos que receberam seguimento farmacoterapêutico. A média de idade foi de 62,0 ±11,8, sendo 72,8% dos pacientes do sexo feminino. O número de medicamentos, por paciente, foi 6,8 ±2,4. O ICFT foi calculado em relação ao tratamento, contabilizando todos os medicamentos utilizados pelos pacientes, sendo que a média foi de 16,8±6,6 na consulta basal e 17,1± 7,1 na consulta após doze meses (P=0,35). 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O caso-base apresentou uma razão de custo efetividade incremental (RCEI) de R$ 3,46 por mmHg reduzido, enquanto para PAD foi R$ 7,63 por mmHg reduzido. Os gastos com medicamentos e internações foram os parâmetros de custos mais sensíveis nas análises univariadas. Para a análise multivariada, criaram-se cenários com as variáveis medicamentos disponibilizados no SUS, internações e redução de PAS e PAD. Os resultados variaram de dominados pelo SFT até um acréscimo de oito vezes a RCEI do caso base principal para PAS, e acréscimo de até dez vezes para PAD. Conclusão: No primeiro artigo, o seguimento farmacoterapêutico, juntamente com o atendimento médico usual, mostrou que, mesmo mantendo índices de complexidade da farmacoterapia iguais, foi efetivo na redução da PA desses pacientes de forma semelhante nos três grupos. 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