Transporte coletivo e externalidades ambientais : o legado olímpico do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/225768 |
Resumo: | Em diversas metrópoles latino-americanas, as crescentes taxas de ‘motorização’ e um histórico de planejamento urbano focado em atender às necessidades dos usuários de automóvel deram origem a diversas externalidades negativas do seu uso desordenado, como poluição do ar, congestionamentos e acidentes de trânsito. Para mitigar estas externalidades, muitas cidades investiram em infraestrutura de transporte coletivo de massa, partindo do pressuposto de que isso atrairia os usuários do transporte individual. Foi o caso da cidade do Rio de Janeiro, que construiu três corredores de Bus Rapid Transit (BRT), uma linha de Metrô e uma rede de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), durante sua preparação para sediar a Copa do Mundo FIFA 2014 e, em especial, os Jogos Olímpicos de 2016. Com objetivo de verificar a hipótese da migração de usuários do transporte individual e a justificativa do poder público para este grande volume de investimentos, este trabalho se propõe a estimar os impactos de algumas dessas obras de infraestrutura na qualidade do ar do município, medida pelas concentrações anuais de três poluentes correlacionados com atividades de transporte urbano: NO2, SO2 e MP10. Utilizando os métodos do controle sintético e diferenças-em-diferenças para estabelecer uma relação de causalidade, foi possível verificar uma melhora na qualidade do ar quando referente às concentrações de NO2, poluente correlacionado com o uso do automóvel, e uma piora referente às concentrações de SO2, correlacionado com emissões de veículos à diesel, como ônibus. Não foi possível verificar uma alteração nas concentrações de MP10. Concluí-se que, como as concentrações de NO2 eram mais preocupantes antes das obras de infraestrutura, o legado ambiental dos jogos olímpicos pode ser considerado positivo. |
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Cunha, Mateus Bandeira daPôrto Júnior, Sabino da Silva2021-08-17T01:02:04Z2020http://hdl.handle.net/10183/225768001129505Em diversas metrópoles latino-americanas, as crescentes taxas de ‘motorização’ e um histórico de planejamento urbano focado em atender às necessidades dos usuários de automóvel deram origem a diversas externalidades negativas do seu uso desordenado, como poluição do ar, congestionamentos e acidentes de trânsito. Para mitigar estas externalidades, muitas cidades investiram em infraestrutura de transporte coletivo de massa, partindo do pressuposto de que isso atrairia os usuários do transporte individual. Foi o caso da cidade do Rio de Janeiro, que construiu três corredores de Bus Rapid Transit (BRT), uma linha de Metrô e uma rede de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), durante sua preparação para sediar a Copa do Mundo FIFA 2014 e, em especial, os Jogos Olímpicos de 2016. Com objetivo de verificar a hipótese da migração de usuários do transporte individual e a justificativa do poder público para este grande volume de investimentos, este trabalho se propõe a estimar os impactos de algumas dessas obras de infraestrutura na qualidade do ar do município, medida pelas concentrações anuais de três poluentes correlacionados com atividades de transporte urbano: NO2, SO2 e MP10. Utilizando os métodos do controle sintético e diferenças-em-diferenças para estabelecer uma relação de causalidade, foi possível verificar uma melhora na qualidade do ar quando referente às concentrações de NO2, poluente correlacionado com o uso do automóvel, e uma piora referente às concentrações de SO2, correlacionado com emissões de veículos à diesel, como ônibus. Não foi possível verificar uma alteração nas concentrações de MP10. Concluí-se que, como as concentrações de NO2 eram mais preocupantes antes das obras de infraestrutura, o legado ambiental dos jogos olímpicos pode ser considerado positivo.In many latin american cities, the increasing rates of motorization and a history of urban planning focused in satisfying the needs of automobile users led to several negative externalities, such as air pollution, congestion and traffic accidents. Aiming to mitigate these externalities, policymakers often invest in mass transit infrastructure, arguing that this could attract car users. This was the case of Rio de Janeiro, which built three Bus Rapid Transit (BRT) corridors, an underground rail line and a Light Rail Transit network, during its preparation to host the FIFA World Cup 2014 and, mainly, the Olympic Games of 2016. In order to verify the user migration hypothesis and the policymakers argument for this great amount of public investments, this dissertation aims to estimate the impact of some of this new transportation infrastructure in the city air quality, measured by the annual average concentrations of three pollutants correlated with urban transport activities: NO2, SO2 and MP10. Using the synthetic control and difference-and-difference methods to infer causality, it was possible to verify an improvement in the air quality of the city when referring to NO2, a pollutant mainly derived from automobiles, and a worsening in the air quality when measured by the concentrations of SO2, a pollutant mainly derived from diesel fueled vehicles, such as buses. It was not possible to infer any effects in the concentrations of MP10. The main conclusion of this paper is that, since the concentrations of NO2 were more problematic before the new infrastructure, the environmental legacy of the olympic games can be considered positive.application/pdfporTransporte coletivoMobilidade urbanaMeio ambienteTransit infrastructureEnvironmental externalitiesAir qualityUrban mobilityTransporte coletivo e externalidades ambientais : o legado olímpico do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em EconomiaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001129505.pdf.txt001129505.pdf.txtExtracted Texttext/plain0http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225768/2/001129505.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD52ORIGINAL001129505.pdfTexto completoapplication/pdf27671326http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225768/1/001129505.pdfbe5ad232a5a5bc93b2e4a2d9762e9663MD5110183/2257682021-08-18 05:27:40.752oai:www.lume.ufrgs.br:10183/225768Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-08-18T08:27:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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