Contribuições da musicoterapia para a díade mãe-bebê pré-termo na uti neonatal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197168 |
Resumo: | O presente estudo investigou as contribuições da musicoterapia para a díade mãe-bebê prétermo na UTI Neonatal, em particular suas contribuições para o bebê, para a mãe e para a interação mãe-bebê. Participaram uma mãe e sua filha nascida extremamente prematura (27 semanas) e internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) de um hospital público de Porto Alegre. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, em que se avaliou as contribuições da Intervenção Musicoterápica para Mãe-Bebê Pré-termo – IMUSP, desenvolvida para o estudo. Na Fase 1 (pré-IMUSP) a mãe respondeu a entrevistas iniciais sobre a maternidade e seu histórico sonoro-musical. Na Fase 2 (IMUSP) a díade participou de nove encontros propostos pela intervenção, que tinha por objetivo sensibilizar e acompanhar a mãe a cantar para a filha. Nas Fases 3 (pós-IMUSP), 4 (pré-alta) e 5 (pós-alta) a mãe respondeu a entrevistas de avaliação da intervenção e foram realizadas sessões de observação da interação mãe-bebê durante o canto e não-canto. As entrevistas e as descrições dos encontros da IMUSP e das sessões de observação, que foram filmados, foram examinadas através da análise temática, baseando-se em uma estrutura de quatro temas, derivados da literatura: (1) empoderamento do bebê; (2) empoderamento da mãe; (3) interação mãe-bebê; e, (4) musicalidade comunicativa. Os resultados mostraram que a musicoterapia contribuiu no empoderamento da bebê, através do relaxamento, da estabilização da saturação de oxigênio, da apresentação de novas competências, e da participação e envolvimento no canto. Também, a musicoterapia contribuiu no empoderamento da mãe, uma vez que, ao longo dos encontros da IMUSP e no follow up, ela conseguiu relaxar mais, superar a vergonha e o medo de interagir com a bebê, fortalecer suas competências maternas e mostrar autonomia no canto. Dessa forma, a musicoterapia contribuiu também na interação mãe-bebê, uma vez que, especialmente na pré e pós-alta, os episódios de canto permitiram contatos face-a-face e olhares recíprocos mãe-bebê mais prolongados e evidenciaram uma contingência entre os comportamentos da díade. Por fim, identificou-se também a musicalidade comunicativa entre mãe e bebê na pós-alta, uma vez que a díade se comunicava de uma forma musical, negociando e coordenando reciprocamente as suas respostas vocais e não-vocais. Os resultados corroboram a literatura e apoiam a expectativa inicial de que a musicoterapia contribui para o bebê, para a mãe e para a interação mãe-bebê. |
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Palazzi, AmbraPiccinini, Cesar Augusto2019-07-19T02:38:52Z2016http://hdl.handle.net/10183/197168001090655O presente estudo investigou as contribuições da musicoterapia para a díade mãe-bebê prétermo na UTI Neonatal, em particular suas contribuições para o bebê, para a mãe e para a interação mãe-bebê. Participaram uma mãe e sua filha nascida extremamente prematura (27 semanas) e internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) de um hospital público de Porto Alegre. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, em que se avaliou as contribuições da Intervenção Musicoterápica para Mãe-Bebê Pré-termo – IMUSP, desenvolvida para o estudo. Na Fase 1 (pré-IMUSP) a mãe respondeu a entrevistas iniciais sobre a maternidade e seu histórico sonoro-musical. Na Fase 2 (IMUSP) a díade participou de nove encontros propostos pela intervenção, que tinha por objetivo sensibilizar e acompanhar a mãe a cantar para a filha. Nas Fases 3 (pós-IMUSP), 4 (pré-alta) e 5 (pós-alta) a mãe respondeu a entrevistas de avaliação da intervenção e foram realizadas sessões de observação da interação mãe-bebê durante o canto e não-canto. As entrevistas e as descrições dos encontros da IMUSP e das sessões de observação, que foram filmados, foram examinadas através da análise temática, baseando-se em uma estrutura de quatro temas, derivados da literatura: (1) empoderamento do bebê; (2) empoderamento da mãe; (3) interação mãe-bebê; e, (4) musicalidade comunicativa. Os resultados mostraram que a musicoterapia contribuiu no empoderamento da bebê, através do relaxamento, da estabilização da saturação de oxigênio, da apresentação de novas competências, e da participação e envolvimento no canto. Também, a musicoterapia contribuiu no empoderamento da mãe, uma vez que, ao longo dos encontros da IMUSP e no follow up, ela conseguiu relaxar mais, superar a vergonha e o medo de interagir com a bebê, fortalecer suas competências maternas e mostrar autonomia no canto. Dessa forma, a musicoterapia contribuiu também na interação mãe-bebê, uma vez que, especialmente na pré e pós-alta, os episódios de canto permitiram contatos face-a-face e olhares recíprocos mãe-bebê mais prolongados e evidenciaram uma contingência entre os comportamentos da díade. Por fim, identificou-se também a musicalidade comunicativa entre mãe e bebê na pós-alta, uma vez que a díade se comunicava de uma forma musical, negociando e coordenando reciprocamente as suas respostas vocais e não-vocais. Os resultados corroboram a literatura e apoiam a expectativa inicial de que a musicoterapia contribui para o bebê, para a mãe e para a interação mãe-bebê.This study investigated the contributions of music therapy for the mother-preterm infant dyad in the NICU, in particular the contributions for the infant, the mother and mother-infant interaction. Participants were a mother and her extremely preterm daughter (27 weeks), admitted to the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of a public hospital in Porto Alegre. A single-case study design was used, in order to assess the contributions of the Music Therapy Intervention for Mother-Preterm Infant – MUSIP, developed for the study. In Phase 1 (pre- MUSIP) the mother answered to initial interviews about motherhood and her musical history. In Phase 2 (MUSIP) the mother-infant dyad participated in nine sessions, with the goal of sensitizing and accompanying the mother to sing for her daughter. In Phases 3 (post-MUSIP), 4 (pre-discharge) and 5 (post-discharge), the mother answered to assessment interviews and the dyad was observed during mother-infant interaction with singing and non-singing. Interviews and descriptions of the videotaped MUSIP sessions, as well as of the videotaped observation sessions, were examined through thematic analysis, based on a structure of four themes, which were derived from literature: (1) infant´s empowerment; (2) mother´s empowerment; (3) mother-infant interaction; and, (4) communicative musicality. Results showed that music therapy contributed to infant´s empowerment, since the infant was able to relax, to stabilize the oxygen saturation, to show new competences, and to participate and engage during singing. Moreover, music therapy contributed to mother´s empowerment, both during MUSIP sessions and observation sessions, considering that she was able to relax, to overcome the shame and the fear of interacting with her daughter, to empower her maternal competences, and to show autonomy in singing. Therefore, music therapy contributed to mother-infant interaction, especially in pre and post-discharge, since maternal singing provided extended face to face contacts and mutual gazes, and it showed contingency between mother´s and infant´s behaviors. Finally, mother-infant communicative musicality was found in the post-discharge period, considering that the mother and her daughter communicated with a mutual co-ordination and co-operation of their vocal and non-vocal answers. Results support the literature and the initial expectation that music therapy contributes for the infant, the mother and mother-infant interaction.application/pdfporBebêsRelação mãe-bebêMusicoterapiaPrematuroPsicologia do desenvolvimentoPrematurityMother-infant interactionMusic therapyNICUContribuições da musicoterapia para a díade mãe-bebê pré-termo na uti neonatalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001090655.pdf.txt001090655.pdf.txtExtracted Texttext/plain359122http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197168/2/001090655.pdf.txt774e8fa9cf78ed33f6329626f44b3f4cMD52ORIGINAL001090655.pdfTexto parcialapplication/pdf2797896http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197168/1/001090655.pdf601a509b96709ea6a5d68df5ef001680MD5110183/1971682019-07-20 02:34:28.758206oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197168Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-20T05:34:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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