Verificação dos índices de resistência do Streptococcus pneumoniae e caracterização genotípica das cepas resistentes a eritromicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Weber, Fabio Tito
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/52810
Resumo: O Streptococcus pneumoniae é responsável por altos índices de morbidade e mortalidade pelo mundo. No início do século XX os percentuais de morte causados por essa bactéria atingiram mais de 80%. Com o surgimento da antibioticoterapia, principalmente com o uso da penicilina, o combate ao pneumococo tornou-se mais efetivo. A partir da década de 1980, o combate a essa bactéria começou a ser mais difícil, devido ao aumento da resistência pneumocócica aos antimicrobianos. No Brasil e, de forma geral, no mundo todo são verificados percentuais crescentes de resistência pneumocócica. Tais percentuais variam de um país para outro e, até mesmo, dentro de um mesmo país significativamente. Dessa forma, faz-se necessário o monitoramento desses índices de resistência para se ter conhecimento da efetividade dos antimicrobianos comumente usados contra o pneumococo. A resistência do pneumococo tem origem cromossomal. No caso da eritromicina, os genes de resistência são denominados erm(B) e mef(A/E). Como ocorre com os percentuais de resistência, a prevalência dos genes citados também muda de acordo com a região pesquisada. Assim como a verificação da resistência, é importante a pesquisa da origem da resistência antimicrobiana, no caso dos genes erm(B) e mef(A/E). O presente trabalho verificou a resistência pneumocócica em 64 cepas obtidas de diferentes hospitais de Porto Alegre. Os resultados obtidos foram de 28% de resistência para a penicilina (8% de resistência plena e 20% de resistência intermediária), 15% de resistência plena para a eritromicina, 18% para a tetraciclina (14% intermediárias), 3% plenamente resistentes para o cloranfenicol, 68% de resistência para a associação trimetropima/sulfametoxazol (64% plenamente resistentes), 1% plenamente resistente à ceftriaxona e 0% de resistência à vancomicina. Pôde-se relacionar a presença dos genes com a resistência à eritromicina. O erm(B) mostrou uma predominância maior nessas cepas. Foram 6 cepas com o gene erm(B), 2 com o mef(A/E), uma amostra apresentou os dois genes e apenas uma não apresentou nenhum. Os resultados obtidos nesse trabalho estão relacionados ao período de 2004 e 2005, situando Porto Alegre em relação ao nível de resistência do pneumococo e seus genes de resistência à eritromicina. Cabe salientar que pesquisas subseqüentes devem ser feitas para o monitoramento da resistência do S. pneumoniae e dos determinantes dessa resistência.
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spelling Weber, Fabio TitoCosta, Marisa daDias, Cícero Armídio Gomes2012-07-14T01:35:18Z2008http://hdl.handle.net/10183/52810000852003O Streptococcus pneumoniae é responsável por altos índices de morbidade e mortalidade pelo mundo. No início do século XX os percentuais de morte causados por essa bactéria atingiram mais de 80%. Com o surgimento da antibioticoterapia, principalmente com o uso da penicilina, o combate ao pneumococo tornou-se mais efetivo. A partir da década de 1980, o combate a essa bactéria começou a ser mais difícil, devido ao aumento da resistência pneumocócica aos antimicrobianos. No Brasil e, de forma geral, no mundo todo são verificados percentuais crescentes de resistência pneumocócica. Tais percentuais variam de um país para outro e, até mesmo, dentro de um mesmo país significativamente. Dessa forma, faz-se necessário o monitoramento desses índices de resistência para se ter conhecimento da efetividade dos antimicrobianos comumente usados contra o pneumococo. A resistência do pneumococo tem origem cromossomal. No caso da eritromicina, os genes de resistência são denominados erm(B) e mef(A/E). Como ocorre com os percentuais de resistência, a prevalência dos genes citados também muda de acordo com a região pesquisada. Assim como a verificação da resistência, é importante a pesquisa da origem da resistência antimicrobiana, no caso dos genes erm(B) e mef(A/E). O presente trabalho verificou a resistência pneumocócica em 64 cepas obtidas de diferentes hospitais de Porto Alegre. Os resultados obtidos foram de 28% de resistência para a penicilina (8% de resistência plena e 20% de resistência intermediária), 15% de resistência plena para a eritromicina, 18% para a tetraciclina (14% intermediárias), 3% plenamente resistentes para o cloranfenicol, 68% de resistência para a associação trimetropima/sulfametoxazol (64% plenamente resistentes), 1% plenamente resistente à ceftriaxona e 0% de resistência à vancomicina. Pôde-se relacionar a presença dos genes com a resistência à eritromicina. O erm(B) mostrou uma predominância maior nessas cepas. Foram 6 cepas com o gene erm(B), 2 com o mef(A/E), uma amostra apresentou os dois genes e apenas uma não apresentou nenhum. Os resultados obtidos nesse trabalho estão relacionados ao período de 2004 e 2005, situando Porto Alegre em relação ao nível de resistência do pneumococo e seus genes de resistência à eritromicina. Cabe salientar que pesquisas subseqüentes devem ser feitas para o monitoramento da resistência do S. pneumoniae e dos determinantes dessa resistência.The Streptococcus pneumoniae is responsible for high indices of morbility and mortality around the world. In the beginning of century XX the percentages of death caused by these bacteria had reached more than 80%. With the appearance of the antibiotical therapy, mainly with the use of penicillin, the combat to pneumococcus has became more effective. From the decade of 1980, the combat against these bacteria started to be more difficult due to the increase of the pneumococcal resistance to antimicrobials. In Brazil and, of general form, in the entire world has been verified the increase of pneumococcal resistance. Such percentages vary significantly from a country to another one and even inside of the same country. In this way, it’s necessary to have knowledge of the effectiveness of common antibiotics used against pneumococcus through the monitoriment of these resistance’s indices. The resistance of pneumococcus originates from the chromosome. In the case of the erythromycin, the resistance genes are called erm(B) and mef(A/E). As it occurs with the percentages of resistance, the prevalence of these genes also change in accordance with the searched region. As well as the verification of the resistance, the research of the origin of the antimicrobial resistance is important, in the case of the genes erm(B) and mef(A/E). The present work verified the pneumococcal resistance in 64 strains from different hospitals of Porto Alegre. The results were 28% of resistance for penicillin, 14% of resistance for erythromycin, 18% of resistance for tetracyclin, 3% of resistance for chloranphenicol, 68% of resistance for resistance trimetropim/ sulfametoxazole association, 1% of resistance ceftriaxone and 0% of resistance to the vancomycin. The presence of the genes with the erythromycin resistance could be related. The erm(B) showed a high preponderance in these strains. There were 6 erm(B) gene strains, 2 mef(A/E), a sample with the two genes and only one with none gene. It’s important to point out that the values found in this work hasn’t been constant and subsequent research must be made to monitor the S. pneumoniae resistance.application/pdfporStreptococcus pneumoniaeEritromicinaResistência microbiana a medicamentosFarmacorresistência bacterianaVerificação dos índices de resistência do Streptococcus pneumoniae e caracterização genotípica das cepas resistentes a eritromicinaVerification of streptococcus pneumoniae resistance indices and genotypical characterization of the erythromycin resistant strains info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e do AmbientePorto Alegre, BR-RS2008mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000852003.pdf000852003.pdfTexto completoapplication/pdf342885http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52810/1/000852003.pdf9f29db5af9ab1ab18b67d442e27551c1MD51TEXT000852003.pdf.txt000852003.pdf.txtExtracted Texttext/plain101043http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52810/2/000852003.pdf.txt1b4af27faf50e9079b9687cd4ea19cbcMD52THUMBNAIL000852003.pdf.jpg000852003.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1097http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/52810/3/000852003.pdf.jpgb98fe7f7f32384530752f1b477c984dbMD5310183/528102022-08-14 04:47:10.570725oai:www.lume.ufrgs.br:10183/52810Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-14T07:47:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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