A influência da imigração japonesa no desenvolvimento do judô brasileiro : uma genealogia dos atletas brasileiros medalhistas em jogos olímpicos e campeonatos mundiais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/48926 |
Resumo: | O Brasil conquistou 38 medalhas no judô de 1956 a 2010 em campeonatos mundiais (CM) e de 1964-2008 em Jogos Olímpicos (JO). Estas medalhas estão divididas entre 23 atletas. Sete deles conquistaram medalhas em JO e CM. Aurélio Miguel (1988-1996), Tiago Camilo (2000-2008) e Leandro Guilheiro (2004-2008), se destacam com duas medalhas em JO e em CM. O objetivo deste estudo é elaborar uma genealogia do judô brasileiro e compreender a dimensão da influência da imigração japonesa neste contexto. Este estudo utilizou a metodologia de História Oral de Vida Híbrida. Foram entrevistados os medalhistas brasileiros em JO e CM até 2010 e os seus respectivos professores. Analisando as entrevistas identifiquei os ascendentes judoísticos dos atletas, até a determinação dos seus respectivos genearcas. Assumiu-se que genearca é aquele que chegou ao Brasil com conhecimentos suficientes para ministrar aulas de judô/jiu-jitsu. A maioria dos genearcas do judô brasileiro são imigrantes japoneses. Fogem a essa regra o sensei Georges Mehdi, naturalizado brasileiro e o sensei João Graf Vassoux. Mitsuyo Maeda foi o primeiro a chegar e fazer demonstrações de judô no Brasil, em 1914. Em 1936 Ryuzo Ogawa fundou a Budokan. Ele é o genearca que influenciou o maior número destes atletas. Antes da Segunda Guerra Mundial (SGM) verifiquei a importância do trabalho de Yassuishi Ono, Sobei Tani, e Katsutoshi Naito, em SP, Sadai Ishihara no Paraná, Soishiro Satake em Manaus e Takeo Yano em vários estados. Após a SGM identifiquei a influência de Chiaki Ishii, Shuhei Okano e Ikuo Onodera em SP, Teruo Obata e Naoshige Ushijima no RS e Michio Ninomiya no DF. O surgimento e a expansão do judô no Brasil está diretamente relacionado ao processo de imigração japonesa. Encontrei dois perfis de professores: os formadores e os treinadores. Destacam-se os professores: Massao Shinohara, Paulo Duarte, Orlando Hirakawa e Uichiro Umakakeba, formadores de nove judocas que conquistaram 18 das 38 medalhas brasileiras da história. Como treinador, destaca-se Floriano de Almeida que influenciou a carreira de sete medalhistas. Os locais de formação são distintos daqueles onde os atletas alcançaram as suas melhores performances. Entre os dojos formadores destaco as associações de judô: Vila Sônia, Hirakawa e Paulo Duarte. |
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Nunes, Alexandre VellyRubio, Katia2012-05-15T23:44:40Z2011http://hdl.handle.net/10183/48926000828588O Brasil conquistou 38 medalhas no judô de 1956 a 2010 em campeonatos mundiais (CM) e de 1964-2008 em Jogos Olímpicos (JO). Estas medalhas estão divididas entre 23 atletas. Sete deles conquistaram medalhas em JO e CM. Aurélio Miguel (1988-1996), Tiago Camilo (2000-2008) e Leandro Guilheiro (2004-2008), se destacam com duas medalhas em JO e em CM. O objetivo deste estudo é elaborar uma genealogia do judô brasileiro e compreender a dimensão da influência da imigração japonesa neste contexto. Este estudo utilizou a metodologia de História Oral de Vida Híbrida. Foram entrevistados os medalhistas brasileiros em JO e CM até 2010 e os seus respectivos professores. Analisando as entrevistas identifiquei os ascendentes judoísticos dos atletas, até a determinação dos seus respectivos genearcas. Assumiu-se que genearca é aquele que chegou ao Brasil com conhecimentos suficientes para ministrar aulas de judô/jiu-jitsu. A maioria dos genearcas do judô brasileiro são imigrantes japoneses. Fogem a essa regra o sensei Georges Mehdi, naturalizado brasileiro e o sensei João Graf Vassoux. Mitsuyo Maeda foi o primeiro a chegar e fazer demonstrações de judô no Brasil, em 1914. Em 1936 Ryuzo Ogawa fundou a Budokan. Ele é o genearca que influenciou o maior número destes atletas. Antes da Segunda Guerra Mundial (SGM) verifiquei a importância do trabalho de Yassuishi Ono, Sobei Tani, e Katsutoshi Naito, em SP, Sadai Ishihara no Paraná, Soishiro Satake em Manaus e Takeo Yano em vários estados. Após a SGM identifiquei a influência de Chiaki Ishii, Shuhei Okano e Ikuo Onodera em SP, Teruo Obata e Naoshige Ushijima no RS e Michio Ninomiya no DF. O surgimento e a expansão do judô no Brasil está diretamente relacionado ao processo de imigração japonesa. Encontrei dois perfis de professores: os formadores e os treinadores. Destacam-se os professores: Massao Shinohara, Paulo Duarte, Orlando Hirakawa e Uichiro Umakakeba, formadores de nove judocas que conquistaram 18 das 38 medalhas brasileiras da história. Como treinador, destaca-se Floriano de Almeida que influenciou a carreira de sete medalhistas. Os locais de formação são distintos daqueles onde os atletas alcançaram as suas melhores performances. Entre os dojos formadores destaco as associações de judô: Vila Sônia, Hirakawa e Paulo Duarte.Brazil won 38 medals at world championships (WC) from 1956 to 2010 and at Olympic Games (OG) from 1964 to 2008. Twenty three Brazilian athletes won those medals. Seven won medals on OG and WC. Aurélio Miguel (1988-1996), Tiago Camilo (2000-2008) and Leandro Guilheiro (2004-2008), won two medals at OG and at WC. This study searched for the judo roots from those athletes using oral histories of life as a methodology. All the 23 athletes, that won medals at WC and/or OG until 2010 were interviewed as well as their coaches. The objective was to find the ‘genearc’ from each athlete. Genearc is the sensei which had knowledge to teach judo/jiu-jitsu when they arrived in Brazil. Most of those genearcs are Japanese immigrants, but we find two “gaijins” among them, sensei Georges Mehdi, who came from France, and one Brazilian, sensei João Graf Vassoux. The first immigrants arrived in 1908 and Mitsuyo Maeda was the first fighter to show jiu-jitsu/judo in Brazil, in 1914. Ryuzo Ogawa, who created the Budokan in 1936, is the genearc who had influence over most of those athletes. The Japanese play a very important role in the development of Brazilian judo. The teachers have two different profiles, professors or coaches. The judo clubs are also identified as places to begin and grow or place to train and win. Four professors were very important during this period, Massao Shinohara, Paulo Duarte, Orlando Hirakawa and Uichiro Umakakeba. They taught nine athletes which won 18 from 38 Brazilian medals. As a coach Floriano Almeida had great influence over seven Brazilian medalists. Before the II War Yassuishi Ono, Sobei Tani, Ryuzo Ogawa and Katsutoshi Naito were the most important names, in São Paulo; Sadai Ishihara, in Paraná; Ghengo Katayama and Yoshimasa Nagashima in Rio de Janeiro, Soishiro Satake, in Manaus and Takeo Yano in several places. After the II War, Chiaki Ishii, Shuhei Okano and Ikuo Onodera were important names in São Paulo, Teruo Obata and Naoshige Ushijima in Porto Alegre and Michio Ninomiya in Brasília. The following dojos: Vila Sônia, Hirakawa and Paulo Duarte were the places which prepare more judo medalists from the beginning to the highest level.application/pdfporJudôLutasGenealogiaHistória oralJogos olímpicosCombat sportsGenealogyJudoOral historyOlympic gamesA influência da imigração japonesa no desenvolvimento do judô brasileiro : uma genealogia dos atletas brasileiros medalhistas em jogos olímpicos e campeonatos mundiaisGenealogic tree from brazilian judo players who won medals at olympic games or world championships and the influence of japanese immigration on brazilian judo info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade de São PauloEscola de Educação Física e Esporte2011.doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000828588.pdf000828588.pdfTexto completoapplication/pdf5565188http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48926/1/000828588.pdfff8a94ccd71bf3cde63715c73cee8debMD51TEXT000828588.pdf.txt000828588.pdf.txtExtracted Texttext/plain398083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48926/2/000828588.pdf.txta791b6ac0fb8598308e4513857bd334dMD52THUMBNAIL000828588.pdf.jpg000828588.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg988http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/48926/3/000828588.pdf.jpg00d158116f3318e77039a4b16518b0e3MD5310183/489262018-10-11 09:24:14.005oai:www.lume.ufrgs.br:10183/48926Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T12:24:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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