Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, André Cherubini
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/25196
Resumo: Encontrar as razões que tornam as firmas bem-sucedidas em meio à grande competição está constantemente entre as motivações da agenda de pesquisa em administração. Capacidades e capacidades dinâmicas são frequentemente os termos utilizados na literatura para descrever, respectivamente, o que as firmas estão aptas a fazer e como elas buscam e implementam mudanças e inovações para criar e sustentar vantagem competitiva. Assim, é importante compreender de que forma as firmas se tornam capazes e quais são os diferentes caminhos para inovação. Porém os termos capacidades e inovação possuem ambigüidades. Segundo a literatura, as capacidades das firmas estão relacionadas às suas rotinas, um dos conceitos centrais da teoria evolucionária de Nelson e Winter (1982). Já a inovação é tratada, geralmente, sob a perspectiva de mudanças tecnológicas em produtos e processos, porém o conceito pode envolver outras perspectivas. O presente trabalho, a partir de um estudo de casos múltiplos, buscou verificar a relação existente entre rotinas, capacidades e inovação em duas empresas do setor vitivinícola gaúcho. Para tanto, foi desenvolvido um esquema analítico que integra a teoria de inovação de Schumpeter (1997), bem como a teoria econômica evolucionária de Nelson e Winter (1982). Ademais, foi traçada uma evolução histórica do setor, visando compreender de que forma a indústria do vinho se desenvolveu e como se dá a competição nesse setor nos tempos atuais. As empresas escolhidas, situadas no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, representam duas abordagens diferentes de competição e de busca por mudança e inovação observadas no setor do vinho mundial. De um lado, uma empresa de pequeno porte orientada por uma estratégia de produção e comercialização menos dinâmica, voltada para nicho semelhante às estratégias observadas nos países do Velho Mundo; de outro, uma empresa de grande porte que segue estratégias de produção e comercialização com forte orientação para o mercado, inovação e tecnologia semelhantes às estratégias frequentemente observadas em países produtores do Novo Mundo. O trabalho identificou e analisou as capacidades de Produção, Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento de ambas as empresas por meio de uma visão baseada em rotinas, assim como os tipos de inovações implementadas pela empresa ao longo de sua trajetória. Os resultados mostram que, embora o vinho seja uma das mais antigas bebidas do mundo com tradição – a qual exerce um papel importante na forma como o produto é elaborado e consumido – e as empresas estudadas concorram com dinâmicas diferentes, o desenvolvimento de capacidades e a busca por tipos diferentes de mudança e inovação foram necessários em ambos os casos para obter distinção no mercado.
id URGS_f81e81afad486919e6a5bff497f4d7b0
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25196
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Alves, André CherubiniPadula, Antonio Domingos2010-08-24T04:18:24Z2010http://hdl.handle.net/10183/25196000752587Encontrar as razões que tornam as firmas bem-sucedidas em meio à grande competição está constantemente entre as motivações da agenda de pesquisa em administração. Capacidades e capacidades dinâmicas são frequentemente os termos utilizados na literatura para descrever, respectivamente, o que as firmas estão aptas a fazer e como elas buscam e implementam mudanças e inovações para criar e sustentar vantagem competitiva. Assim, é importante compreender de que forma as firmas se tornam capazes e quais são os diferentes caminhos para inovação. Porém os termos capacidades e inovação possuem ambigüidades. Segundo a literatura, as capacidades das firmas estão relacionadas às suas rotinas, um dos conceitos centrais da teoria evolucionária de Nelson e Winter (1982). Já a inovação é tratada, geralmente, sob a perspectiva de mudanças tecnológicas em produtos e processos, porém o conceito pode envolver outras perspectivas. O presente trabalho, a partir de um estudo de casos múltiplos, buscou verificar a relação existente entre rotinas, capacidades e inovação em duas empresas do setor vitivinícola gaúcho. Para tanto, foi desenvolvido um esquema analítico que integra a teoria de inovação de Schumpeter (1997), bem como a teoria econômica evolucionária de Nelson e Winter (1982). Ademais, foi traçada uma evolução histórica do setor, visando compreender de que forma a indústria do vinho se desenvolveu e como se dá a competição nesse setor nos tempos atuais. As empresas escolhidas, situadas no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, representam duas abordagens diferentes de competição e de busca por mudança e inovação observadas no setor do vinho mundial. De um lado, uma empresa de pequeno porte orientada por uma estratégia de produção e comercialização menos dinâmica, voltada para nicho semelhante às estratégias observadas nos países do Velho Mundo; de outro, uma empresa de grande porte que segue estratégias de produção e comercialização com forte orientação para o mercado, inovação e tecnologia semelhantes às estratégias frequentemente observadas em países produtores do Novo Mundo. O trabalho identificou e analisou as capacidades de Produção, Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento de ambas as empresas por meio de uma visão baseada em rotinas, assim como os tipos de inovações implementadas pela empresa ao longo de sua trajetória. Os resultados mostram que, embora o vinho seja uma das mais antigas bebidas do mundo com tradição – a qual exerce um papel importante na forma como o produto é elaborado e consumido – e as empresas estudadas concorram com dinâmicas diferentes, o desenvolvimento de capacidades e a busca por tipos diferentes de mudança e inovação foram necessários em ambos os casos para obter distinção no mercado.Finding the reasons that make firms successful in a competitive environment are among the most common motivations in the business research agenda. Capabilities and dynamic capabilities are often the terms used in the literature to describe respectively what firms can do and how they seek and implement change and innovation to create and sustain competitive advantage. In this sense, it is relevant to understand how firms develop their capabilities and what are the different ways they can search for change and innovation. On the other hand, both terms capability and innovation show ambiguities in the literature. This work observes that concept of capability is closely related to the term ‗routine‘ which is one of the central concepts of the evolutionary theory of economic change. Innovation is generally treated under the perspective of technological changes in products and process, but the concept involves other perspectives. Through multiple case studies in two firms, the present dissertation aims at verifying the relations among routines, capabilities and innovation in the vitiviniculture industry in Rio Grande do Sul. In order to do that, it was necessary to build an analytical framework integrating the Schumpeterian theory of innovation as well as Nelson and Winter‘s evolutionary theory of economic change. It was traced back a brief historical evolution of the wine sector to understand its development and how competition occurs in the present. The two specific cases represent two different approaches to competition and search for change and innovation observed in the wine industry. On the one side a large and very market oriented firm, and on the other, a small very niche oriented winery. This work identify and analyzed the production, marketing and research and development capabilities through a routine-based view of the firm as well as the types of change and innovation implemented by the two firms throughout their trajectory. The results show that, although wine is one of the world‘s oldest types of beverages with tradition playing an important role in the way it is elaborated and consumed, dynamic capabilities promoting change and innovation in both cases were necessary in order to obtain distinction in the market.application/pdfporInovaçãoGestão de negóciosVitivinicultura : Rio Grande do SulRoutinesCapabilitiesDynamic capabilitiesInnovationChangeRotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúchainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000752587.pdf000752587.pdfTexto completoapplication/pdf1598029http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/1/000752587.pdf5cbacfac31397d11effa99ee4b5008eaMD51TEXT000752587.pdf.txt000752587.pdf.txtExtracted Texttext/plain273245http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/2/000752587.pdf.txt42781c439aab5910b0779598dd4c7a44MD52THUMBNAIL000752587.pdf.jpg000752587.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg970http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/3/000752587.pdf.jpg3b3e17919f38500ead3b9baab87237ddMD5310183/251962018-10-18 07:34:53.846oai:www.lume.ufrgs.br:10183/25196Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:34:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
title Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
spellingShingle Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
Alves, André Cherubini
Inovação
Gestão de negócios
Vitivinicultura : Rio Grande do Sul
Routines
Capabilities
Dynamic capabilities
Innovation
Change
title_short Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
title_full Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
title_fullStr Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
title_full_unstemmed Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
title_sort Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha
author Alves, André Cherubini
author_facet Alves, André Cherubini
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, André Cherubini
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Padula, Antonio Domingos
contributor_str_mv Padula, Antonio Domingos
dc.subject.por.fl_str_mv Inovação
Gestão de negócios
Vitivinicultura : Rio Grande do Sul
topic Inovação
Gestão de negócios
Vitivinicultura : Rio Grande do Sul
Routines
Capabilities
Dynamic capabilities
Innovation
Change
dc.subject.eng.fl_str_mv Routines
Capabilities
Dynamic capabilities
Innovation
Change
description Encontrar as razões que tornam as firmas bem-sucedidas em meio à grande competição está constantemente entre as motivações da agenda de pesquisa em administração. Capacidades e capacidades dinâmicas são frequentemente os termos utilizados na literatura para descrever, respectivamente, o que as firmas estão aptas a fazer e como elas buscam e implementam mudanças e inovações para criar e sustentar vantagem competitiva. Assim, é importante compreender de que forma as firmas se tornam capazes e quais são os diferentes caminhos para inovação. Porém os termos capacidades e inovação possuem ambigüidades. Segundo a literatura, as capacidades das firmas estão relacionadas às suas rotinas, um dos conceitos centrais da teoria evolucionária de Nelson e Winter (1982). Já a inovação é tratada, geralmente, sob a perspectiva de mudanças tecnológicas em produtos e processos, porém o conceito pode envolver outras perspectivas. O presente trabalho, a partir de um estudo de casos múltiplos, buscou verificar a relação existente entre rotinas, capacidades e inovação em duas empresas do setor vitivinícola gaúcho. Para tanto, foi desenvolvido um esquema analítico que integra a teoria de inovação de Schumpeter (1997), bem como a teoria econômica evolucionária de Nelson e Winter (1982). Ademais, foi traçada uma evolução histórica do setor, visando compreender de que forma a indústria do vinho se desenvolveu e como se dá a competição nesse setor nos tempos atuais. As empresas escolhidas, situadas no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, representam duas abordagens diferentes de competição e de busca por mudança e inovação observadas no setor do vinho mundial. De um lado, uma empresa de pequeno porte orientada por uma estratégia de produção e comercialização menos dinâmica, voltada para nicho semelhante às estratégias observadas nos países do Velho Mundo; de outro, uma empresa de grande porte que segue estratégias de produção e comercialização com forte orientação para o mercado, inovação e tecnologia semelhantes às estratégias frequentemente observadas em países produtores do Novo Mundo. O trabalho identificou e analisou as capacidades de Produção, Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento de ambas as empresas por meio de uma visão baseada em rotinas, assim como os tipos de inovações implementadas pela empresa ao longo de sua trajetória. Os resultados mostram que, embora o vinho seja uma das mais antigas bebidas do mundo com tradição – a qual exerce um papel importante na forma como o produto é elaborado e consumido – e as empresas estudadas concorram com dinâmicas diferentes, o desenvolvimento de capacidades e a busca por tipos diferentes de mudança e inovação foram necessários em ambos os casos para obter distinção no mercado.
publishDate 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2010-08-24T04:18:24Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/25196
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000752587
url http://hdl.handle.net/10183/25196
identifier_str_mv 000752587
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/1/000752587.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/2/000752587.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/25196/3/000752587.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 5cbacfac31397d11effa99ee4b5008ea
42781c439aab5910b0779598dd4c7a44
3b3e17919f38500ead3b9baab87237dd
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800308992481689600