Os impactos nas rotinas organizacionais de startups provenientes das interações com fundos de Venture Capital

• Autor(a) principal: Packeiser, Leonardo Guerra
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234947
• topic: Inovação; Empresa; Empreendedorismo; Innovation; Startups; Venture capital; Organizational routines; Dynamic capabilities

Os fundos de Venture Capital possuem um papel crucial para financiar a inovação a partir da utilização dos seus recursos financeiros. Em 2020, de acordo com a ABVCAP (Associação Brasileira de Venture Capital), essa modalidade de investimento chegou à importante marca de R$ 14,6 bilhões em transações efetuadas. Tendo em vista a relevância desse agente financeiro no ecossistema de inovação e, principalmente, no desenvolvimento das startups é que se torna evidente a necessidade de compreender quais são todos os impactos gerados após a realização do aporte. Dentre os possíveis impactos gerados, este trabalho buscou compreender como as rotinas das startups foram alteradas a partir das interações com o fundo. Foi elaborada uma pesquisa qualitativa no modelo exploratório, voltada ao mapeamento das variáveis relevantes entre o fundo de Venture capital e as rotinas organizacionais. Para realizar isso, a pesquisa foi dividida em duas etapas, a primeira delas ligada à compreensão de fatores característicos dos fundos e das startups que fossem relevantes para determinar a intensidade da influência do primeiro sob o segundo na gestão da empresa e, consequentemente, na sua formação e desenvolvimento de rotinas. A segunda etapa buscava entender por quais mecanismos o fundo realizava sua influência sobre as rotinas das startups e quais consequências eram trazidas por cada um dos mecanismos apresentados. No que tange à intensidade de influência, foram identificados cinco principais fatores: a fase de vida da startup no momento do aporte, o perfil dos empreendedores da startup, a maturidade de gestão interna da startup, o histórico dos gestores do fundo como empreendedores e a estratégia de diversificação do portfólio. Já em relação aos mecanismos, foram observados dois principais, sendo eles: a necessidade de prestação de contas e as experiências dos gestores dos fundos. De modo geral, observou-se que os mecanismos geram melhoria das rotinas e dos processos organizacionais na medida que o conhecimento trazido clareava o cenário de possibilidades que podiam ser executadas e qual era tendência de resultados possíveis, fazendo com que as rotinas e os processos já fossem criados de forma mais eficientes e aprimorados de formas mais célere.