Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbieux, Denise
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/197317
Resumo: A firma é o locus do processo de desenvolvimento de novos produtos. É no âmbito da firma que ocorre a incorporação de novos conteúdos de modo a transformar ideias em um produto comercializável por meio de três etapas distintas: conceituação, operacionalização e lançamento. Esta incorporação de conteúdo no produto pode gerar novidade. O potencial de descontinuidade de um produto, isto é, o grau máximo de novidade capaz de alterar o mercado, vem sendo estudado por Garcia e Calantone (2002) e Schultz, Salomo e Talke (2013) e chamado de inovatividade em produto. A inovatividade em produto depende da novidade dos conteúdos tecnológicos e/ou mercadológicos incorporados nesse. Entretanto, não é qualquer novo conteúdo que gera inovação. O produto desenvolvido pode conter um novo conteúdo e ser novo para a firma, mas não significa que o conteúdo incorporado ao produto seja novo para o mercado. Partindo desta premissa, como é possível avaliar a inovatividade em novos produtos? Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é propor uma tipologia que possa avaliar a inovatividade em produtos. Para isto, foi necessário fazer um estudo exploratório para avançar na discussão de inovatividade em produto, levando em conta as etapas do desenvolvimento de novos produtos. Seguindo um roteiro prévio, foram entrevistadas sete firmas reconhecidamente inovadoras, com produtos únicos ou na liderança de seus mercados e pertencentes aos setores industriais, baseados em conhecimento, de alta e média-alta intensidade tecnológica (indústria farmacêutica e de cosméticos). O resultado obtido foi que a etapa de conceituação de produto apresenta o maior potencial de agregação de novidade nos conteúdos tecnológico e/ou mercadológico, enquanto que as etapas seguintes são mais de rotinas operacionais e solução de problemas pontuais. Produtos que possuem menor inovatividade tecnológica ou mercadológica foram desenvolvidos pelas firmas com maior foco nas etapas de operacionalização e lançamento a partir de tecnologia existente ou pelo aperfeiçoamento de informações de mercado. Além disso, utilizar o estado-da-arte em tecnologia, como a nanotecnologia, não garante a inovatividade em produto, é preciso agregar conjuntamente novidades mercadológicas, isto é, novas necessidades latentes ou emergentes.
id URGS_f8b28530c8b41638d94ac40ac026f0b1
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197317
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Barbieux, DenisePadula, Antonio Domingos2019-07-25T02:31:26Z2018http://hdl.handle.net/10183/197317001097113A firma é o locus do processo de desenvolvimento de novos produtos. É no âmbito da firma que ocorre a incorporação de novos conteúdos de modo a transformar ideias em um produto comercializável por meio de três etapas distintas: conceituação, operacionalização e lançamento. Esta incorporação de conteúdo no produto pode gerar novidade. O potencial de descontinuidade de um produto, isto é, o grau máximo de novidade capaz de alterar o mercado, vem sendo estudado por Garcia e Calantone (2002) e Schultz, Salomo e Talke (2013) e chamado de inovatividade em produto. A inovatividade em produto depende da novidade dos conteúdos tecnológicos e/ou mercadológicos incorporados nesse. Entretanto, não é qualquer novo conteúdo que gera inovação. O produto desenvolvido pode conter um novo conteúdo e ser novo para a firma, mas não significa que o conteúdo incorporado ao produto seja novo para o mercado. Partindo desta premissa, como é possível avaliar a inovatividade em novos produtos? Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é propor uma tipologia que possa avaliar a inovatividade em produtos. Para isto, foi necessário fazer um estudo exploratório para avançar na discussão de inovatividade em produto, levando em conta as etapas do desenvolvimento de novos produtos. Seguindo um roteiro prévio, foram entrevistadas sete firmas reconhecidamente inovadoras, com produtos únicos ou na liderança de seus mercados e pertencentes aos setores industriais, baseados em conhecimento, de alta e média-alta intensidade tecnológica (indústria farmacêutica e de cosméticos). O resultado obtido foi que a etapa de conceituação de produto apresenta o maior potencial de agregação de novidade nos conteúdos tecnológico e/ou mercadológico, enquanto que as etapas seguintes são mais de rotinas operacionais e solução de problemas pontuais. Produtos que possuem menor inovatividade tecnológica ou mercadológica foram desenvolvidos pelas firmas com maior foco nas etapas de operacionalização e lançamento a partir de tecnologia existente ou pelo aperfeiçoamento de informações de mercado. Além disso, utilizar o estado-da-arte em tecnologia, como a nanotecnologia, não garante a inovatividade em produto, é preciso agregar conjuntamente novidades mercadológicas, isto é, novas necessidades latentes ou emergentes.The firm is the locus of new product development process. It is within the scope of the firm that the incorporation of new contents takes place in order to transform ideas into a marketable product through three distinct stages: conceptualization, operationalization and launching. This incorporation of content into the product can generate novelty. The potential for product discontinuity, that is, the maximum degree of novelty capable of changing the market, has been studied by Garcia and Calantone (2002) and Schultz, Salomo and Talke (2013) and called product innovativeness. The product innovativeness depends on the novelty of the technological and / or market contents incorporated in its. However, it is not any new content that generates innovation. In terms of novelty, the developed product may have new content and be new to the firm, but it does not mean that the content embedded into the product is new to the market. Starting from this premise, how can you evaluate the innovativeness in new products? In this sense, the objective of the research is to propose a typology that can evaluate product innovativeness. In order to achieve the objective, it was necessary to do an exploratory study to advance in the discussion of product innovativeness, taking into account the stages of the new products development. Following a previous interview protocol, seven well-known innovative firms with unique products or leading in their markets were interviewed. The firms belong to pharmaceutical and cosmetics industry (high and medium-high technological intensity), characterized by being knowledge based industries. The result was the product conceptualization stage is the greatest potential for aggregation of novelty in technological and/or marketing contents rather than following stages, operacionalization and launching. The operacionalization stage contributes more to the operational NDP routines and provides technical problems solution. The launching is more expensive and risky stage. The highest product innovativeness were developed by firms with a greater diversity of ideas in the conceptualization stage, that is, they explore a greater number of possibilities and needs in generating and selecting ideas before developing a new product. The lowest products innovativeness were developed by firms with greater focus on operationalizing and launching stages by inspiration or imitation of existing products (current technology) for existing customers. However, when the new product is successfully implemented, the return is positive. In addition, using the highest technology, such as nanotechnology, is not a guarantee of high product innovativeness. It is necessary to aggregate market novelties such as new applications for different markets or creating unknown markets.application/pdfporNovos produtosInovação de produtosIndústria de cosméticosGrau de inovaçãoNew productsProduct innovativenessDegree of noveltyCosmetics and pharmaceutical industryInovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097113.pdf.txt001097113.pdf.txtExtracted Texttext/plain309727http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197317/2/001097113.pdf.txtc0c12ee1d99f348a3db8def46197702aMD52ORIGINAL001097113.pdfTexto completoapplication/pdf1764285http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197317/1/001097113.pdfee14309c39207c183fa0c45cec339facMD5110183/1973172019-07-26 02:31:09.096607oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197317Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-26T05:31:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
title Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
spellingShingle Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
Barbieux, Denise
Novos produtos
Inovação de produtos
Indústria de cosméticos
Grau de inovação
New products
Product innovativeness
Degree of novelty
Cosmetics and pharmaceutical industry
title_short Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
title_full Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
title_fullStr Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
title_full_unstemmed Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
title_sort Inovatividade em produto : uma tipologia baseada no desenvolvimento de novos produtos
author Barbieux, Denise
author_facet Barbieux, Denise
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barbieux, Denise
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Padula, Antonio Domingos
contributor_str_mv Padula, Antonio Domingos
dc.subject.por.fl_str_mv Novos produtos
Inovação de produtos
Indústria de cosméticos
Grau de inovação
topic Novos produtos
Inovação de produtos
Indústria de cosméticos
Grau de inovação
New products
Product innovativeness
Degree of novelty
Cosmetics and pharmaceutical industry
dc.subject.eng.fl_str_mv New products
Product innovativeness
Degree of novelty
Cosmetics and pharmaceutical industry
description A firma é o locus do processo de desenvolvimento de novos produtos. É no âmbito da firma que ocorre a incorporação de novos conteúdos de modo a transformar ideias em um produto comercializável por meio de três etapas distintas: conceituação, operacionalização e lançamento. Esta incorporação de conteúdo no produto pode gerar novidade. O potencial de descontinuidade de um produto, isto é, o grau máximo de novidade capaz de alterar o mercado, vem sendo estudado por Garcia e Calantone (2002) e Schultz, Salomo e Talke (2013) e chamado de inovatividade em produto. A inovatividade em produto depende da novidade dos conteúdos tecnológicos e/ou mercadológicos incorporados nesse. Entretanto, não é qualquer novo conteúdo que gera inovação. O produto desenvolvido pode conter um novo conteúdo e ser novo para a firma, mas não significa que o conteúdo incorporado ao produto seja novo para o mercado. Partindo desta premissa, como é possível avaliar a inovatividade em novos produtos? Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é propor uma tipologia que possa avaliar a inovatividade em produtos. Para isto, foi necessário fazer um estudo exploratório para avançar na discussão de inovatividade em produto, levando em conta as etapas do desenvolvimento de novos produtos. Seguindo um roteiro prévio, foram entrevistadas sete firmas reconhecidamente inovadoras, com produtos únicos ou na liderança de seus mercados e pertencentes aos setores industriais, baseados em conhecimento, de alta e média-alta intensidade tecnológica (indústria farmacêutica e de cosméticos). O resultado obtido foi que a etapa de conceituação de produto apresenta o maior potencial de agregação de novidade nos conteúdos tecnológico e/ou mercadológico, enquanto que as etapas seguintes são mais de rotinas operacionais e solução de problemas pontuais. Produtos que possuem menor inovatividade tecnológica ou mercadológica foram desenvolvidos pelas firmas com maior foco nas etapas de operacionalização e lançamento a partir de tecnologia existente ou pelo aperfeiçoamento de informações de mercado. Além disso, utilizar o estado-da-arte em tecnologia, como a nanotecnologia, não garante a inovatividade em produto, é preciso agregar conjuntamente novidades mercadológicas, isto é, novas necessidades latentes ou emergentes.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-25T02:31:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/197317
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001097113
url http://hdl.handle.net/10183/197317
identifier_str_mv 001097113
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197317/2/001097113.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197317/1/001097113.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c0c12ee1d99f348a3db8def46197702a
ee14309c39207c183fa0c45cec339fac
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1816736999609991168