Cultivo de juvenis recém nascidos do cavalo-marinho Hippocampus reidi Ginsburg, 1933, com diferentes protocolos de alimentação e manejo

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Luciano Willadino Andrade de
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE
• Texto Completo: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6383
• topic: Nutrição animal; Cavalo marinho; Hippocampus reidi; Peixe ornamental; CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS PESQUEIROS E ENGENHARIA DE PESCA

Um dos principais limitantes para o sucesso na produção de cavalos-marinhos em cativeiro é a baixa sobrevivência dos juvenis nos primeiros dias de vida. Embora as causas dessa baixa sobrevivência não sejam totalmente entendidas, a alimentação é considerada crucial para a diminuição da mortalidade, uma vez que o sucesso do cultivo de larvas e juvenis de peixes marinhos depende, entre outros fatores, do conteúdo nutricional e do tamanho do alimento ofertado. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes protocolos de alimentação e manejo no crescimento e sobrevivência de juvenis recém nascidos do cavalo-marinho Hippocampus reidi até o 14o dia de vida. Foram utilizados aquários de 38 litros de água do mar integrados a um sistema de recirculação, o qual contava com filtros mecânicos, filtro de radiação ultravioleta, filtro biológico e um fracionador de proteína (“skimmer”). Cada aquário possuía dois pontos de aeração próximos à superfície da água. O experimento contou com seis tratamentos: Art00h - Artemia recém eclodida (5 ind ml-1); Art24h - Artemia enriquecida por 24 horas com a emulsão DHA Selco® (5 ind ml-1); Rot+Art24h - rotíferos Brachionus plicatilis (10 ind ml-1) até o setimo dia, seguido de Artemia enriquecida (5 ind ml-1); Cop – naúplios e copepoditos de Tisbe biminiensis (2 ind ml-1); e Cop+Art24h - dieta mista de copépodo T. biminiensis (2 ind ml-1) mais Artemia enriquecida (3 ind ml-1). No sexto tratamento (Jejum) não foi fornecido nenhum alimento. Todos os tratamentos, exceto o jejum, tiveram a adição da microalga Nannochloropsis oculata a cada dois dias em concentrações entre 2,2 x 105 até 3,2 x 106 células por ml. Foram realizadas quatro repetições por tratamento com 100 indivíduos por unidade experimental. Ao final do experimento, os indivíduos sobreviventes foram pesados e medidos (comprimento padrão, altura e peso). O tratamento Cop+Art24h apresentou sobrevivência significativamente maior (33,5 ± 5,4%), seguido pelos tratamentos Cop (6,6 ± 4,8%), Art00h (6,0 ± 8,3%) e Rot+Art24h (0,3 ± 0,5%), que não diferenciaram entre si. Nos demais tratamentos houve mortalidade total. Os parâmetros de crescimento foram significantemente maiores nos tratamentos Cop+Art24h e Art00h. Os resultados deste experimento sugerem que os copépodos T. biminiensis são um bom complemento na alimentação de juvenis do cavalo-marinho H. reidi.