Do surgimento à extinção: a trajetória de um serviço ambulatorial de genética médica no Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista de Atenção à Saúde |
Texto Completo: | http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7679 |
Resumo: | Introdução: O número de profissionais de saúde envolvidos na assistência especializada em genética é considerado insuficiente no Brasil, e supõe-se que a maior parte dos pacientes e famílias não recebe cuidado adequado. Além disso, a disponibilidade de recursos humano e material para atendimento em genética é muito desigual nas várias regiões do país. Objetivos: Descrever a trajetória de um serviço ambulatorial de genética médica no Brasil e ressaltar a importância de organizar a rede de atenção em genética médica no país. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo, no qual foram revisados os mapas de atendimento de todos os 792 pacientes avaliados no Ambulatório de Genética Médica de São Carlos, São Paulo, entre junho de 2006 e dezembro de 2018. Resultados: Houve grande diversidade de doenças, genéticas, que acometeram pessoas de diferentes faixas etárias. Diagnóstico genético foi definido em 290 pacientes (36,6%) e afastado em 153 pacientes (19,3%); 23 pacientes (2,9%) receberam aconselhamento genético para futura descendência e em 326 pacientes (41,2%) um diagnóstico genético não foi definido nem afastado. A frequência de casos não resolvidos explicita dificuldades inerentes ao diagnóstico clínico genético e barreiras para acesso aos testes genéticos moleculares. Conclusão: Experiências como a do Ambulatório de Genética Médica de São Carlos mostram os obstáculos de se prestar um serviço de saúde adequado à população, reforçando a necessidade de organizar a rede de atenção em genética no Sistema Único de Saúde, com base na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. |
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Do surgimento à extinção: a trajetória de um serviço ambulatorial de genética médica no BrasilFrom emergence to extinction: the trajectory of an outpatient medical genetics service in BrazilMedical GeneticsGenetic CounselingRare DiseasesReferral and ConsultationHealth Services ResearchBrazilian Unified National Health SystemGenética MédicaAconselhamento GenéticoDoenças RarasEncaminhamento e ConsultaPesquisa sobre Serviços de SaúdeSistema Único de SaúdeIntrodução: O número de profissionais de saúde envolvidos na assistência especializada em genética é considerado insuficiente no Brasil, e supõe-se que a maior parte dos pacientes e famílias não recebe cuidado adequado. Além disso, a disponibilidade de recursos humano e material para atendimento em genética é muito desigual nas várias regiões do país. Objetivos: Descrever a trajetória de um serviço ambulatorial de genética médica no Brasil e ressaltar a importância de organizar a rede de atenção em genética médica no país. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo, no qual foram revisados os mapas de atendimento de todos os 792 pacientes avaliados no Ambulatório de Genética Médica de São Carlos, São Paulo, entre junho de 2006 e dezembro de 2018. Resultados: Houve grande diversidade de doenças, genéticas, que acometeram pessoas de diferentes faixas etárias. Diagnóstico genético foi definido em 290 pacientes (36,6%) e afastado em 153 pacientes (19,3%); 23 pacientes (2,9%) receberam aconselhamento genético para futura descendência e em 326 pacientes (41,2%) um diagnóstico genético não foi definido nem afastado. A frequência de casos não resolvidos explicita dificuldades inerentes ao diagnóstico clínico genético e barreiras para acesso aos testes genéticos moleculares. Conclusão: Experiências como a do Ambulatório de Genética Médica de São Carlos mostram os obstáculos de se prestar um serviço de saúde adequado à população, reforçando a necessidade de organizar a rede de atenção em genética no Sistema Único de Saúde, com base na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.Introduction: The number of health professionals involved in specialized care in genetics is considered insufficient in Brazil, and it is assumed that most patients and families do not receive adequate care. Also, the availability of human and material resources for care in genetics is very uneven in various regions of the country. Objectives: To describe the trajectory of an outpatient medical genetics service in Brazil and to highlight the importance of organizing the medical genetic care network in this country. Methodology: Quantitative, cross-sectional, and retrospective study, in which the care maps of all 792 patients evaluated at Medical Genetics Outpatient Clinic in São Carlos, São Paulo, from June 2006 to December 2018 were reviewed. Results: There was a great diversity of genetic diseases, which affect people in different age groups. A genetic diagnosis was defined in 290 patients (36.6%) and ruled out in 153 patients (19.3%); 23 patients (2.9%) received genetic counseling for future offspring and in 326 patients (41.2%) a genetic diagnosis was neither defined nor ruled out. The frequency of unresolved cases explains difficulties inherent to clinic genetic diagnosis and barriers to access molecular genetic tests. Conclusion: Experiences such as Medical Genetics Outpatient Clinic in São Carlos show the obstacles to providing adequate health services to the population in genetics, reinforcing the need to organize the genetic care network in the Brazilian Unified Health System, based on the National Policy for Comprehensive Care for People with Rare Diseases.Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS2021-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/767910.13037/ras.vol19n68.7679Journal of Health Care; Vol. 19 No. 68 (2021): Revista de Atenção à Saúde - RAS Revista de Atenção à Saúde; v. 19 n. 68 (2021): Revista de Atenção à Saúde - RAS 2359-4330reponame:Revista de Atenção à Saúdeinstname:Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)instacron:USCSporenghttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7679/3375http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/7679/337610.13037/gr.vol34n101.803Copyright (c) 2021 Tatiane de Abreu, Érica Letícia Angelo Liberato, Heloisa Pastana Marsiglio, Thamires Rosa dos Santos, Natália Santander Ortensi, Calógeras Antônio de Albergaria Barbosa, Débora Gusmão Melohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAbreu, TatianeLiberato, ÉricaMarsiglio, HeloisaSantos, ThamiresOrtensi, NatáliaBarbosa, CalógerasMelo, Débora2021-06-30T19:04:01Zoai:ojs2.seer.uscs.edu.br:article/7679Revistahttps://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saudePUBhttp://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/oaieditoria.ras@online.uscs.edu.br || vera.basso@online.uscs.edu.br2359-43302359-4330opendoar:2021-06-30T19:04:01Revista de Atenção à Saúde - Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)false |
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