Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3682 |
Resumo: | Esta tese problematiza as relações de gênero num campo que há muito tempo foi, e ainda é, considerado de “predomínio” masculino: a área da Técnica em Agropecuária, com o objetivo de identificar como docentes do Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves compreendem as relações de gênero que se estabelecem entre as alunas e os alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. O processo metodológico perpassou a análise documental sobre os livros de Atas do Conselho Consultivo e da Cooperativa Escolar e de Trabalho dos Alunos do Colégio de Viticultura e Enologia; a realização de entrevista semi-estruturada e a realização de quatro Grupos de Discussão dos quais três serão analisados neste estudo. Fizeram parte dos Grupos de Discussão, docentes que atuam no Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves e que têm formação na área técnica. Sendo assim, de 87 docentes do câmpus, 12 participaram deste estudo, focando a problemática central em como ensinar jovens no curso técnico em agropecuária levando em consideração a formação técnica de quem ensina no curso. Os resultados indicam que a educação segue sexista na forma como o ensino técnico é encarado. A visão naturalizada dos gêneros, em que as meninas/mulheres são descritas como atenciosas, organizadas e concentradas, numa relação oposta à compreensão de que os meninos/homens são fortes, desorganizados, determinados, confirma de uma certa forma que o feminino, apesar da coragem de se fazer presente nessas escolas, deve ter o seu lugar porque é diferente e essa diferença acaba desprestigiando, desvalorizando e esmaecendo o vigor criativo e a potência de aprendizagem que elas possuem. Por outro lado, ao admitir o ingresso da primeira estudante feminina em 1959, a instituição despertou a curiosidade sobre outras mulheres de virem a estudar nessa escola técnica, abrindo caminhos e possibilitando, por meio das memórias individuais e coletivas evocadas nessa tese, que o olhar se tornasse menos rígido sobre as janelas da história que se abrem para as relações de gênero. |
id |
USIN_08ab2f6a581b21a0fc7a8f81caade858 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3682 |
network_acronym_str |
USIN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
repository_id_str |
|
spelling |
2015-05-27T13:36:39Z2015-05-27T13:36:39Z2014-10-17Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-05-27T13:36:39Z No. of bitstreams: 1 Edson Carpes Camargo.pdf: 924315 bytes, checksum: d600ff2df906c5b397eb041b38dc98ce (MD5)Made available in DSpace on 2015-05-27T13:36:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edson Carpes Camargo.pdf: 924315 bytes, checksum: d600ff2df906c5b397eb041b38dc98ce (MD5) Previous issue date: 2014-10-17Esta tese problematiza as relações de gênero num campo que há muito tempo foi, e ainda é, considerado de “predomínio” masculino: a área da Técnica em Agropecuária, com o objetivo de identificar como docentes do Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves compreendem as relações de gênero que se estabelecem entre as alunas e os alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. O processo metodológico perpassou a análise documental sobre os livros de Atas do Conselho Consultivo e da Cooperativa Escolar e de Trabalho dos Alunos do Colégio de Viticultura e Enologia; a realização de entrevista semi-estruturada e a realização de quatro Grupos de Discussão dos quais três serão analisados neste estudo. Fizeram parte dos Grupos de Discussão, docentes que atuam no Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves e que têm formação na área técnica. Sendo assim, de 87 docentes do câmpus, 12 participaram deste estudo, focando a problemática central em como ensinar jovens no curso técnico em agropecuária levando em consideração a formação técnica de quem ensina no curso. Os resultados indicam que a educação segue sexista na forma como o ensino técnico é encarado. A visão naturalizada dos gêneros, em que as meninas/mulheres são descritas como atenciosas, organizadas e concentradas, numa relação oposta à compreensão de que os meninos/homens são fortes, desorganizados, determinados, confirma de uma certa forma que o feminino, apesar da coragem de se fazer presente nessas escolas, deve ter o seu lugar porque é diferente e essa diferença acaba desprestigiando, desvalorizando e esmaecendo o vigor criativo e a potência de aprendizagem que elas possuem. Por outro lado, ao admitir o ingresso da primeira estudante feminina em 1959, a instituição despertou a curiosidade sobre outras mulheres de virem a estudar nessa escola técnica, abrindo caminhos e possibilitando, por meio das memórias individuais e coletivas evocadas nessa tese, que o olhar se tornasse menos rígido sobre as janelas da história que se abrem para as relações de gênero.This thesis discusses gender relations in a field that was, and still is, considered to be "predominantly" male: in the area of Technical Agriculture, aiming to identify how teachers of the Technical Course in Agriculture IFRS - Campus Bento Gonçalves understand gender relations that are established between the male students and the female students during the process of teaching and learning. The methodological process had the document analysis on the books of Minutes of the Advisory Council and the School Cooperative and Students’ Papers of the College of Viticulture and Enology; conducting semi-structured interviews and conducting four discussion groups of which three will be analyzed in this study. Teachers who work in the Technical Course in Agriculture IFRS - Campus Bento Gonçalves and have training in the technical area were part of the discussion groups. Therefore, from 87 campus teachers, 12 participated in this study, focusing on the central issue of how to teach young people the technical course in agriculture taking into account the technical training of those who teach the course. The results indicate that education continues sexist in the way technical education is viewed. A naturalized view of the genres, in which girls/women are described as thoughtful, organized and concentrated, in an opposite relation to the understanding that boys/men are strong, disorganized, certain, confirms in a way that the female, despite the courage to do this in these schools, should have its place because it is different and this difference ends discrediting, devaluing and fading the creative force and the power of learning they have. On the other hand, by allowing the admission of the first female student in 1959, the institution aroused the curiosity about other women to come to study in this technical school, opening paths and allowing, through individual and collective memories evoked in this thesis my view to become less rigid about the story windows that open to gender relations.NenhumaCamargo, Edson Carpeshttp://lattes.cnpq.br/4271557203774923http://lattes.cnpq.br/8360909218928418Eggert, EdlaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUnisinosBrasilEscola de HumanidadesQuem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento GonçalvesACCNPQ::Ciências Humanas::EducaçãoGêneroMulheresEducação sexistaEnsino técnicoInstituto FederalGenderWomenSexist educationTechnical areaFederal Instituteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3682info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALEdson Carpes Camargo.pdfEdson Carpes Camargo.pdfapplication/pdf924315http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3682/1/Edson+Carpes+Camargo.pdfd600ff2df906c5b397eb041b38dc98ceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3682/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/36822015-05-27 10:37:12.392oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/3682Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2015-05-27T13:37:12Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
title |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
spellingShingle |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves Camargo, Edson Carpes ACCNPQ::Ciências Humanas::Educação Gênero Mulheres Educação sexista Ensino técnico Instituto Federal Gender Women Sexist education Technical area Federal Institute |
title_short |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
title_full |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
title_fullStr |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
title_full_unstemmed |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
title_sort |
Quem disse que não é coisa de menina: provocações acerca das relações de gênero no ensino técnico em agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves |
author |
Camargo, Edson Carpes |
author_facet |
Camargo, Edson Carpes |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4271557203774923 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8360909218928418 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Camargo, Edson Carpes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Eggert, Edla |
contributor_str_mv |
Eggert, Edla |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
ACCNPQ::Ciências Humanas::Educação |
topic |
ACCNPQ::Ciências Humanas::Educação Gênero Mulheres Educação sexista Ensino técnico Instituto Federal Gender Women Sexist education Technical area Federal Institute |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gênero Mulheres Educação sexista Ensino técnico Instituto Federal |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Gender Women Sexist education Technical area Federal Institute |
description |
Esta tese problematiza as relações de gênero num campo que há muito tempo foi, e ainda é, considerado de “predomínio” masculino: a área da Técnica em Agropecuária, com o objetivo de identificar como docentes do Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves compreendem as relações de gênero que se estabelecem entre as alunas e os alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. O processo metodológico perpassou a análise documental sobre os livros de Atas do Conselho Consultivo e da Cooperativa Escolar e de Trabalho dos Alunos do Colégio de Viticultura e Enologia; a realização de entrevista semi-estruturada e a realização de quatro Grupos de Discussão dos quais três serão analisados neste estudo. Fizeram parte dos Grupos de Discussão, docentes que atuam no Curso Técnico em Agropecuária do IFRS – Câmpus Bento Gonçalves e que têm formação na área técnica. Sendo assim, de 87 docentes do câmpus, 12 participaram deste estudo, focando a problemática central em como ensinar jovens no curso técnico em agropecuária levando em consideração a formação técnica de quem ensina no curso. Os resultados indicam que a educação segue sexista na forma como o ensino técnico é encarado. A visão naturalizada dos gêneros, em que as meninas/mulheres são descritas como atenciosas, organizadas e concentradas, numa relação oposta à compreensão de que os meninos/homens são fortes, desorganizados, determinados, confirma de uma certa forma que o feminino, apesar da coragem de se fazer presente nessas escolas, deve ter o seu lugar porque é diferente e essa diferença acaba desprestigiando, desvalorizando e esmaecendo o vigor criativo e a potência de aprendizagem que elas possuem. Por outro lado, ao admitir o ingresso da primeira estudante feminina em 1959, a instituição despertou a curiosidade sobre outras mulheres de virem a estudar nessa escola técnica, abrindo caminhos e possibilitando, por meio das memórias individuais e coletivas evocadas nessa tese, que o olhar se tornasse menos rígido sobre as janelas da história que se abrem para as relações de gênero. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-10-17 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-05-27T13:36:39Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-05-27T13:36:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3682 |
url |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3682 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Educação |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
Unisinos |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Escola de Humanidades |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) instacron:UNISINOS |
instname_str |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) |
instacron_str |
UNISINOS |
institution |
UNISINOS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
collection |
Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3682/1/Edson+Carpes+Camargo.pdf http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/3682/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d600ff2df906c5b397eb041b38dc98ce 320e21f23402402ac4988605e1edd177 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801844959662309376 |