O atendimento da saúde pública para mulheres haitianas: trajetórias migratórias e experiências reprodutivas em Cascavel/PR
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9721 |
Resumo: | A intensificação do trânsito de pessoas entre diferentes países tem gerado reações diversas no âmbito político-administrativo dos países-destino dos imigrantes. Uma questão desafiante é a da garantia dos direitos básicos aos imigrantes, especialmente do direito à saúde. Esta tese propõe-se a analisar como se configuram as práticas de cuidado voltadas à saúde das mulheres haitianas no Brasil, em especial, aquelas orientadas à gestação, parto e puerpério, na perspectiva das usuárias e dos trabalhadores de saúde, e em que medida são abarcadas as experiências de maternidade na diáspora. Por meio da abordagem qualitativa, a partir das narrativas dos sujeitos que as vivenciam, a pesquisa buscou refletir sobre como o Sistema Único de Saúde (SUS) está respondendo às novas demandas incorporadas por este grupo de usuários/as, particularmente, em relação à assistência prestada às mulheres haitianas no período gestacional, parto e puerpério. Para tanto, o estudo analisou como marcadores de origem nacional, raciais e de gênero se articulam para entender tanto a assistência prestada, quanto a experiência das haitianas de maternidade na diáspora. No tocante ao atendimento voltado à saúde da mulher haitiana, destaca-se a (re)produção de desigualdades de gênero e raciais, tendo como principais dificultadores a comunicação, que ainda é uma barreira a ser transposta nos serviços, e as características culturais e socioeconômicas, que podem influenciar no cuidado em saúde. Percebe-se que, em certa medida, os serviços estão despreparados para prestar atendimento equitativo e integral à migrante haitiana, e que, desde o início do processo migratório de haitianos para Cascavel, não houveram avanços significativos na implementação de ações que contribuam na melhoria do atendimento, bem como iniciativas de acolhimento, equidade e eficácia nas práticas assistenciais na área da saúde. Na perspectiva das mulheres haitianas, as trajetórias e experiências de atendimento na gestação, parto e puerpério foram satisfatórias em grande medida, no entanto, os relatos evidenciam que a qualidade da atenção é questionável, uma vez que, com a dificuldade na comunicação, a qualidade da informação é prejudicada, e não há clareza na efetividade das mesmas. Os relatos também abordam que suas vivencias foram marcadas por violências raciais, práticas discriminatórias e violência de gênero. Observa-se a necessidade de trabalhar a interculturalidade com os profissionais que prestam assistência à essa população, uma vez que ainda há situações de tensões permeadas pela diferença cultural. |
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2021-04-28T14:31:08Z2021-04-28T14:31:08Z2020-03-31Submitted by Tatiane Vieira da Costa (tatianec) on 2021-04-28T14:31:08Z No. of bitstreams: 1 Anelise Ludmila Vieczorek_.pdf: 2067027 bytes, checksum: 1b76933bc22bce2ebcba6424e4bf7192 (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-28T14:31:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Anelise Ludmila Vieczorek_.pdf: 2067027 bytes, checksum: 1b76933bc22bce2ebcba6424e4bf7192 (MD5) Previous issue date: 2020-03-31A intensificação do trânsito de pessoas entre diferentes países tem gerado reações diversas no âmbito político-administrativo dos países-destino dos imigrantes. Uma questão desafiante é a da garantia dos direitos básicos aos imigrantes, especialmente do direito à saúde. Esta tese propõe-se a analisar como se configuram as práticas de cuidado voltadas à saúde das mulheres haitianas no Brasil, em especial, aquelas orientadas à gestação, parto e puerpério, na perspectiva das usuárias e dos trabalhadores de saúde, e em que medida são abarcadas as experiências de maternidade na diáspora. Por meio da abordagem qualitativa, a partir das narrativas dos sujeitos que as vivenciam, a pesquisa buscou refletir sobre como o Sistema Único de Saúde (SUS) está respondendo às novas demandas incorporadas por este grupo de usuários/as, particularmente, em relação à assistência prestada às mulheres haitianas no período gestacional, parto e puerpério. Para tanto, o estudo analisou como marcadores de origem nacional, raciais e de gênero se articulam para entender tanto a assistência prestada, quanto a experiência das haitianas de maternidade na diáspora. No tocante ao atendimento voltado à saúde da mulher haitiana, destaca-se a (re)produção de desigualdades de gênero e raciais, tendo como principais dificultadores a comunicação, que ainda é uma barreira a ser transposta nos serviços, e as características culturais e socioeconômicas, que podem influenciar no cuidado em saúde. Percebe-se que, em certa medida, os serviços estão despreparados para prestar atendimento equitativo e integral à migrante haitiana, e que, desde o início do processo migratório de haitianos para Cascavel, não houveram avanços significativos na implementação de ações que contribuam na melhoria do atendimento, bem como iniciativas de acolhimento, equidade e eficácia nas práticas assistenciais na área da saúde. Na perspectiva das mulheres haitianas, as trajetórias e experiências de atendimento na gestação, parto e puerpério foram satisfatórias em grande medida, no entanto, os relatos evidenciam que a qualidade da atenção é questionável, uma vez que, com a dificuldade na comunicação, a qualidade da informação é prejudicada, e não há clareza na efetividade das mesmas. Os relatos também abordam que suas vivencias foram marcadas por violências raciais, práticas discriminatórias e violência de gênero. Observa-se a necessidade de trabalhar a interculturalidade com os profissionais que prestam assistência à essa população, uma vez que ainda há situações de tensões permeadas pela diferença cultural.The intensification of the transit of people between different countries has generated different reactions in the political and administrative sphere of the destination countries of immigrants. A challenging issue is the guarantee of basic rights to immigrants, especially the right to health. This thesis proposes to analyze how health care practices aimed at Haitian women in Brazil are configured, in particular, those oriented to pregnancy, childbirth and puerperium, from the perspective of users and health workers, and to what extent maternity experiences in the diaspora are encompassed. Through the qualitative approach, based on the narratives of the subjects who experience them, the research sought to reflect on how the Unified Health System (SUS) is responding to the new demands incorporated by this group of users, particularly in relation to the assistance provided to Haitian women during pregnancy, childbirth and puerperium. In relation, the study analyzed how markers of national, racial and gender origin are articulated to understand both the care provided, as to the experience of Haitian women from maternity in the diaspora. Regarding health care aimed at the Haitian women, the reproduction of gender and racial inequalities, having as main difficulties the communication, which is still a barrier to be transposed in services, and cultural and socioeconomic characteristics, which can influence health care. It is perceived that, to some extent, the services are unprepared to provide equitable and comprehensive care to haitian migrants, and that, since the beginning of the migration process of Haitians to Cascavel, there have been no significant advances in the implementation of actions that contribute to the improvement of care, as well as welcome initiatives, equity and effectiveness in health care practices. In the perspective of Haitian women, the trajectories and experiences of care during pregnancy, delivery and puerperium were satisfactory to a large extent, however, the reports shows that the quality of care is questionable, since, with the difficulty in communication, the quality of information is impaired, and there is no clarity in the effectiveness of the information. The reports also address that their experiences were marked by racial violence, discriminatory practices and gender violence. It is observed the need to work interculturally with professionals who provide assistance to this population, since there are still situations of tensions permeated by cultural difference.NenhumaVieczorek, Anelise Ludmilahttp://lattes.cnpq.br/9020322641323049Dowbor, Monika WeronikaUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUnisinosBrasilEscola de HumanidadesO atendimento da saúde pública para mulheres haitianas: trajetórias migratórias e experiências reprodutivas em Cascavel/PRACCNPQ::Ciências Humanas::SociologiaMigraçãoHaitianasSaúdeInterculturalidadeInterseccionalidadeMigrationHaitian womenHealthInterculturalityIntersectionalityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9721info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALAnelise Ludmila Vieczorek_.pdfAnelise Ludmila Vieczorek_.pdfapplication/pdf2067027http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9721/1/Anelise+Ludmila+Vieczorek_.pdf1b76933bc22bce2ebcba6424e4bf7192MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9721/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/97212021-04-28 11:32:19.288oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9721Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-04-28T14:32:19Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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