Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Leila Lima de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9805
Resumo: A tese apresenta como objetivo geral investigar a construção de existências comunicacionais de mulheres negras das cidades de Codó e Imperatriz no Instagram e a produção de cidadania comunicativa. Propomos um deslocamento analítico do conceito de cidadania comunicativa a partir das perspectivas de raça e de gênero, opressões interseccionais (GONZALEZ, 1984; 2011; CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2019) que atravessam e estruturam a experiência e a vivência das sujeitas da pesquisa. Trata-se de um estudo transmetodológico (MALDONADO, 2013; 2015; 2019) em que contextos micro e macro se entrecruzam e se inter-relacionam para promover tensionamentos nas categorias centrais de investigação. A raça é analisada e interpretada como princípio fundante e estruturante das desigualdades sociais brasileiras (CARNEIRO, 2019; GONZALEZ, 1984; 2011). Dessa forma, quando interseccionada ao gênero e à classe, constrói e perpetua políticas de invisibilização, de desumanização e de desvantagem estrutural para as mulheres negras, o que permite identificar como as políticas de silenciamento invisibilizam a existência discursiva dessas sujeitas (HOOKS, 2019; KILOMBA, 2019). Raça, colonialidade (CÉSAIRE, 1978; MUNANGA, 2003; QUIJANO, 2005), gênero (LUGONES, 2014; CURIEL, 2020), branquitude (BENTO, 2011; SCHUCMAN, 2020) e cidadania comunicativa (BONIN, 2011b;2013; CORTINA, 2005; MONJE, 2011) são algumas das dimensões problematizadas nesta investigação, pois são noções que se interseccionam com as problemáticas dos contextos, as vivências, os saberes e as experiências das sujeitas da pesquisa. Por isso, os arranjos metodológicos (BONIN, 2006) que compõem a investigação estão implicados e dialogam com as mediações contextuais. Na fase sistemática, entrevistas em profundidade realizadas com as mulheres de Codó e Imperatriz abordaram questionamentos diversos sobre as opressões interseccionais que se aproximaram das premissas da epistemologia feminista negra (COLLINS, 2019). Assim, o conceito foi operacionalizado também como dimensão metodológica, ganhando vida diante da realidade concreta (MALDONADO, 2013). No segundo momento da etapa sistemática da investigação, referente à análise e à interpretação das publicações no Instagram, discorremos sobre processos de composição das escritas de si (FOUCAULT, 1992) em formato de escrevivências (EVARISTO, 2017) através da leitura, observação e interpretação das publicações realizadas no Instagram. As publicações na rede social foram sistematizadas no período de janeiro de 2019 a agosto de 2020. Defendemos e argumentamos que a produção de cidadania comunicativa estabelece as perspectivas de raça e de gênero como ponto de partida e de diálogo. Assim, a construção da cidadania atravessa o reconhecimento como sujeito e a construção de existências comunicacionais que abordam novas significações sobre os corpos negros na produção de enquadramentos estético-visuais em desestabilizações às imagens de controle (COLLINS, 2019). Configuram jogos de resistência contra os estereótipos. A produção de cidadania atravessa, ainda, a autodefinição, a autonomia e a experimentação comunicacional de potencialização da fala e de disputas discursivas a partir da posição de sujeito. Defendemos que as mulheres constroem a perspectiva de aprender-sendo: processo de elaboração do saber ético-político, no qual as sujeitas disputam e elaboram narrativas através da construção de existências comunicacionais, nas quais exercem o poder de se autonomearem e escreverem a própria história.
id USIN_6998131edb201958dc8a3577412bcd1e
oai_identifier_str oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9805
network_acronym_str USIN
network_name_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
repository_id_str
spelling 2021-06-08T13:22:18Z2021-06-08T13:22:18Z2021-03-26Submitted by Anna Barbara Alves Beraldine (annabarbara@unisinos.br) on 2021-06-08T13:22:18Z No. of bitstreams: 1 Leila Lima de Sousa_.pdf: 11279793 bytes, checksum: 09bd20274c72e09afc20fe3c6a7f7353 (MD5)Made available in DSpace on 2021-06-08T13:22:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leila Lima de Sousa_.pdf: 11279793 bytes, checksum: 09bd20274c72e09afc20fe3c6a7f7353 (MD5) Previous issue date: 2021-03-26A tese apresenta como objetivo geral investigar a construção de existências comunicacionais de mulheres negras das cidades de Codó e Imperatriz no Instagram e a produção de cidadania comunicativa. Propomos um deslocamento analítico do conceito de cidadania comunicativa a partir das perspectivas de raça e de gênero, opressões interseccionais (GONZALEZ, 1984; 2011; CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2019) que atravessam e estruturam a experiência e a vivência das sujeitas da pesquisa. Trata-se de um estudo transmetodológico (MALDONADO, 2013; 2015; 2019) em que contextos micro e macro se entrecruzam e se inter-relacionam para promover tensionamentos nas categorias centrais de investigação. A raça é analisada e interpretada como princípio fundante e estruturante das desigualdades sociais brasileiras (CARNEIRO, 2019; GONZALEZ, 1984; 2011). Dessa forma, quando interseccionada ao gênero e à classe, constrói e perpetua políticas de invisibilização, de desumanização e de desvantagem estrutural para as mulheres negras, o que permite identificar como as políticas de silenciamento invisibilizam a existência discursiva dessas sujeitas (HOOKS, 2019; KILOMBA, 2019). Raça, colonialidade (CÉSAIRE, 1978; MUNANGA, 2003; QUIJANO, 2005), gênero (LUGONES, 2014; CURIEL, 2020), branquitude (BENTO, 2011; SCHUCMAN, 2020) e cidadania comunicativa (BONIN, 2011b;2013; CORTINA, 2005; MONJE, 2011) são algumas das dimensões problematizadas nesta investigação, pois são noções que se interseccionam com as problemáticas dos contextos, as vivências, os saberes e as experiências das sujeitas da pesquisa. Por isso, os arranjos metodológicos (BONIN, 2006) que compõem a investigação estão implicados e dialogam com as mediações contextuais. Na fase sistemática, entrevistas em profundidade realizadas com as mulheres de Codó e Imperatriz abordaram questionamentos diversos sobre as opressões interseccionais que se aproximaram das premissas da epistemologia feminista negra (COLLINS, 2019). Assim, o conceito foi operacionalizado também como dimensão metodológica, ganhando vida diante da realidade concreta (MALDONADO, 2013). No segundo momento da etapa sistemática da investigação, referente à análise e à interpretação das publicações no Instagram, discorremos sobre processos de composição das escritas de si (FOUCAULT, 1992) em formato de escrevivências (EVARISTO, 2017) através da leitura, observação e interpretação das publicações realizadas no Instagram. As publicações na rede social foram sistematizadas no período de janeiro de 2019 a agosto de 2020. Defendemos e argumentamos que a produção de cidadania comunicativa estabelece as perspectivas de raça e de gênero como ponto de partida e de diálogo. Assim, a construção da cidadania atravessa o reconhecimento como sujeito e a construção de existências comunicacionais que abordam novas significações sobre os corpos negros na produção de enquadramentos estético-visuais em desestabilizações às imagens de controle (COLLINS, 2019). Configuram jogos de resistência contra os estereótipos. A produção de cidadania atravessa, ainda, a autodefinição, a autonomia e a experimentação comunicacional de potencialização da fala e de disputas discursivas a partir da posição de sujeito. Defendemos que as mulheres constroem a perspectiva de aprender-sendo: processo de elaboração do saber ético-político, no qual as sujeitas disputam e elaboram narrativas através da construção de existências comunicacionais, nas quais exercem o poder de se autonomearem e escreverem a própria história.The thesis has as its general objective to investigate the construction of communicational existences of black women from the cities of Codó and Imperatriz on Instagram and the production of communicative citizenship. We propose an analytical shift in the concept of communicative citizenship from the perspectives of race and gender, intersectional oppressions (GONZALEZ, 1984; 2011; CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2019) that cross and structure the experience and experience of the subjects of the research. This is a transmethodological study (MALDONADO, 2013; 2015; 2019) in which micro and macro contexts intertwine and interrelate to promote tension in the central research categories. Race is analysed and interpreted as a founding and structuring principle of Brazilian social inequalities (CARNEIRO, 2019; GONZALEZ, 1984; 2011). Thus, when added to gender and class, structural change for black women, which it allows identifying how silencing policies make these subjects' discursive existence invisible (hooks, 2019; KILOMBA, 2019). Race, coloniality (CÉSAIRE, 1978; MUNANGA, 2003; QUIJANO, 2005), gender (LUGONES, 2014; CURIEL, 2020), whiteness (BENTO, 2011; SCHUCMAN, 2020) and communicative citizenship (BONIN, 2011b; 2013; CORTINA, 2005; MONJE, 2011) are some of the dimensions problematized in this investigation, as they are notions that intersect with the problems of the contexts, the experiences, the knowledge and the experiences of the subjects of the research. For this reason, the methodological arrangements (BONIN, 2011b) that make up the investigation are involved and dialogue with contextual mediations. In the systematic phase, In-depth interviews with women from Codó and Imperatriz addressed various questions about the intersectional oppressions that approached the premises of black feminist epistemology (COLLINS, 2019). Thus, the concept was also operationalized as a methodological dimension, coming to life in the face of concrete reality (MALDONADO, 2013). In the second stage of the systematic stage of the investigation, referring to the analysis and interpretation of publications on Instagram, we discuss the composition processes of the writings of himself (FOUCAULT, 1992) in the form of registries (EVARISTO, 2017) through reading, observation and interpretation of the publications made on Instagram. the concept was also operationalized as a methodological dimension, coming to life in the face of concrete reality (MALDONADO, 2013). In the second stage of the systematic stage of the investigation, referring to the analysis and interpretation of publications on Instagram, we discuss the composition processes of the writings of itself (FOUCAULT, 1992) in the form of registries (EVARISTO, 2017) through reading, observation and interpretation of the publications made on Instagram. the concept was also operationalized as a methodological dimension, coming to life in the face of concrete reality (MALDONADO, 2013). In the second stage of the systematic stage of the investigation, referring to the analysis and interpretation of publications on Instagram, we discuss the composition processes of the writings of himself (FOUCAULT, 1992) in the form of registries (EVARISTO, 2017) through reading, observation and interpretation of the publications made on Instagram. Publications on the social network were systematized from January 2019 to August 2020. We defend and argue that the production of communicative citizenship establishes the perspectives of race and gender as a starting point and dialogue. Thus, the construction of citizenship goes through recognition as a subject and the construction of communicational existences that address new meanings about black bodies in the production of aesthetic-visual framings in destabilizations to control images (COLLINS, 2019). They set up resistance games against stereotypes. The production of citizenship also crosses self-definition, autonomy and communicational experimentation to enhance speech and discursive disputes from the position of subject. We defend that women build the prospect of learning-being: process of elaborating ethical-political knowledge, in which subjects compete and elaborate narratives through the construction of existences, in which they exercise the power to autonomize themselves and write their own history.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorSousa, Leila Lima dehttp://lattes.cnpq.br/9312604992263679http://lattes.cnpq.br/0850914521365876Gómez de la Torre, Alberto Efendy MaldonadoUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ComunicaçãoUnisinosBrasilEscola da Indústria CriativaAprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no InstagramACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::ComunicaçãoMulher negraTransmetodologiaCidadania comunicativaRaçaGêneroBlack womanTransmethodologyCommunicative citizenshipBreedGenreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9805info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9805/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52ORIGINALLeila Lima de Sousa_.pdfLeila Lima de Sousa_.pdfapplication/pdf14044704http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9805/3/Leila+Lima+de+Sousa_.pdf6f7a2535a8b676846bb38540a9260e89MD53UNISINOS/98052021-11-17 10:29:35.505oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/9805Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2021-11-17T13:29:35Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
title Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
spellingShingle Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
Sousa, Leila Lima de
ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação
Mulher negra
Transmetodologia
Cidadania comunicativa
Raça
Gênero
Black woman
Transmethodology
Communicative citizenship
Breed
Genre
title_short Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
title_full Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
title_fullStr Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
title_full_unstemmed Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
title_sort Aprender-sendo: cidadania comunicativa e existências comunicacionais de mulheres negras de Codó e Imperatriz, no Instagram
author Sousa, Leila Lima de
author_facet Sousa, Leila Lima de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9312604992263679
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0850914521365876
dc.contributor.author.fl_str_mv Sousa, Leila Lima de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gómez de la Torre, Alberto Efendy Maldonado
contributor_str_mv Gómez de la Torre, Alberto Efendy Maldonado
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação
topic ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação
Mulher negra
Transmetodologia
Cidadania comunicativa
Raça
Gênero
Black woman
Transmethodology
Communicative citizenship
Breed
Genre
dc.subject.por.fl_str_mv Mulher negra
Transmetodologia
Cidadania comunicativa
Raça
Gênero
dc.subject.eng.fl_str_mv Black woman
Transmethodology
Communicative citizenship
Breed
Genre
description A tese apresenta como objetivo geral investigar a construção de existências comunicacionais de mulheres negras das cidades de Codó e Imperatriz no Instagram e a produção de cidadania comunicativa. Propomos um deslocamento analítico do conceito de cidadania comunicativa a partir das perspectivas de raça e de gênero, opressões interseccionais (GONZALEZ, 1984; 2011; CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2019) que atravessam e estruturam a experiência e a vivência das sujeitas da pesquisa. Trata-se de um estudo transmetodológico (MALDONADO, 2013; 2015; 2019) em que contextos micro e macro se entrecruzam e se inter-relacionam para promover tensionamentos nas categorias centrais de investigação. A raça é analisada e interpretada como princípio fundante e estruturante das desigualdades sociais brasileiras (CARNEIRO, 2019; GONZALEZ, 1984; 2011). Dessa forma, quando interseccionada ao gênero e à classe, constrói e perpetua políticas de invisibilização, de desumanização e de desvantagem estrutural para as mulheres negras, o que permite identificar como as políticas de silenciamento invisibilizam a existência discursiva dessas sujeitas (HOOKS, 2019; KILOMBA, 2019). Raça, colonialidade (CÉSAIRE, 1978; MUNANGA, 2003; QUIJANO, 2005), gênero (LUGONES, 2014; CURIEL, 2020), branquitude (BENTO, 2011; SCHUCMAN, 2020) e cidadania comunicativa (BONIN, 2011b;2013; CORTINA, 2005; MONJE, 2011) são algumas das dimensões problematizadas nesta investigação, pois são noções que se interseccionam com as problemáticas dos contextos, as vivências, os saberes e as experiências das sujeitas da pesquisa. Por isso, os arranjos metodológicos (BONIN, 2006) que compõem a investigação estão implicados e dialogam com as mediações contextuais. Na fase sistemática, entrevistas em profundidade realizadas com as mulheres de Codó e Imperatriz abordaram questionamentos diversos sobre as opressões interseccionais que se aproximaram das premissas da epistemologia feminista negra (COLLINS, 2019). Assim, o conceito foi operacionalizado também como dimensão metodológica, ganhando vida diante da realidade concreta (MALDONADO, 2013). No segundo momento da etapa sistemática da investigação, referente à análise e à interpretação das publicações no Instagram, discorremos sobre processos de composição das escritas de si (FOUCAULT, 1992) em formato de escrevivências (EVARISTO, 2017) através da leitura, observação e interpretação das publicações realizadas no Instagram. As publicações na rede social foram sistematizadas no período de janeiro de 2019 a agosto de 2020. Defendemos e argumentamos que a produção de cidadania comunicativa estabelece as perspectivas de raça e de gênero como ponto de partida e de diálogo. Assim, a construção da cidadania atravessa o reconhecimento como sujeito e a construção de existências comunicacionais que abordam novas significações sobre os corpos negros na produção de enquadramentos estético-visuais em desestabilizações às imagens de controle (COLLINS, 2019). Configuram jogos de resistência contra os estereótipos. A produção de cidadania atravessa, ainda, a autodefinição, a autonomia e a experimentação comunicacional de potencialização da fala e de disputas discursivas a partir da posição de sujeito. Defendemos que as mulheres constroem a perspectiva de aprender-sendo: processo de elaboração do saber ético-político, no qual as sujeitas disputam e elaboram narrativas através da construção de existências comunicacionais, nas quais exercem o poder de se autonomearem e escreverem a própria história.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-08T13:22:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-08T13:22:18Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-03-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9805
url http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9805
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
dc.publisher.initials.fl_str_mv Unisinos
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola da Indústria Criativa
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Vale do Rio dos Sinos
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron:UNISINOS
instname_str Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
instacron_str UNISINOS
institution UNISINOS
reponame_str Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
collection Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9805/2/license.txt
http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/9805/3/Leila+Lima+de+Sousa_.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 320e21f23402402ac4988605e1edd177
6f7a2535a8b676846bb38540a9260e89
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801845049045024768