Docência de língua materna: o professor como ator do seu próprio agir
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4945 |
Resumo: | Este estudo, embasado teoricamente no Interacionismo Sociodiscursivo, teve como objetivo identificar indícios linguísticos e discursivos que demonstrassem a atorialidade docente, a partir da interpretação feita por professores sobre seu trabalho. A atorialidade é entendida como a característica do actante que tem o papel de ator, ou seja, aquele que demonstra ter capacidades, intenções, motivos e responsabilidade para agir (BRONCKART, 2008, p. 122). Buscou-se compreender as formas como professores interpretam seu próprio agir e o agir de outros participantes do processo de ensino-aprendizagem, bem como apreender as possibilidades de reconfiguração do agir docente, analisando as figuras de ação (BULEA, 2004, 2009, 2010; BULEA, LEURQUIN & CARNEIRO, 2013). Tal análise apontou a existência de uma nova figura de ação, a de avaliação, figura que parece favorecer a expressão da atorialidade docente. Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas realizadas com duas professoras de língua materna de uma rede pública de ensino fundamental, em dois momentos distintos: antes e depois do desenvolvimento de projetos pedagógicos. Foram selecionados trechos das entrevistas identificados como Segmentos de Orientação Temática (SOT) e Segmentos de Tratamento Temático (STT). A partir dessa categorização, foi realizada a análise textual discursiva sob a perspectiva da arquitetura textual (Bronckart,1999/2012), o que permitiu a identificação e a delimitação das figuras de ação interna e externa. As análises realizadas permitiram propor contextos de expressão de atorialidade, em que o actante demonstra sua implicação no agir, a partir dos quais podem-se inferir os demais elementos que o constituem como ator. Desta forma, percebeu-se que o uso do dêitico pronominal “eu” indica maior grau de responsabilização do professor no discurso, associado a verbos de tomada de responsabilização enunciativa ou verbos dinâmicos. Além disso, as modalizações, com destaque para alguns adjetivos e substantivos, contribuem para intensificar a produção de sentido, pois revelam a subjetividade do actante ao demonstrar peculiaridades do seu posicionamento quanto ao conteúdo temático (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). Por sua vez, a figura de ação avaliação demonstra a reflexão e o ponto de vista das professoras a respeito do seu próprio agir (interna) e também do agir dos demais participantes (externa). Essa figura de ação é caracterizada pelo caráter avaliativo e subjetivo, bem como demonstra forte implicação do professor e sua capacidade de reflexividade. Ao considerar as interações do processo de ensino-aprendizagem, percebeu-se que a articulação de motivos e intenções está associada dialogicamente à presença de outros participantes, que fazem parte do cenário escolar. Enfim, o trabalho realizado mostrou ser possível apreender aspectos reveladores sobre a pilotagem da sala de aula e sua complexidade, uma vez que os professores, ao verbalizarem sobre o seu trabalho, fazem emergir o papel crucial da linguagem que acessa a memória, organiza, comenta, regula as ações e as interações humanas. |
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2015-11-13T14:43:02Z2015-11-13T14:43:02Z2015-09-23Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-11-13T14:43:01Z No. of bitstreams: 1 Alessandra Preussler de Almeida_.pdf: 1311570 bytes, checksum: 8fede87b02f9460bcd7e8185c0a6a228 (MD5)Made available in DSpace on 2015-11-13T14:43:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alessandra Preussler de Almeida_.pdf: 1311570 bytes, checksum: 8fede87b02f9460bcd7e8185c0a6a228 (MD5) Previous issue date: 2015-09-23Este estudo, embasado teoricamente no Interacionismo Sociodiscursivo, teve como objetivo identificar indícios linguísticos e discursivos que demonstrassem a atorialidade docente, a partir da interpretação feita por professores sobre seu trabalho. A atorialidade é entendida como a característica do actante que tem o papel de ator, ou seja, aquele que demonstra ter capacidades, intenções, motivos e responsabilidade para agir (BRONCKART, 2008, p. 122). Buscou-se compreender as formas como professores interpretam seu próprio agir e o agir de outros participantes do processo de ensino-aprendizagem, bem como apreender as possibilidades de reconfiguração do agir docente, analisando as figuras de ação (BULEA, 2004, 2009, 2010; BULEA, LEURQUIN & CARNEIRO, 2013). Tal análise apontou a existência de uma nova figura de ação, a de avaliação, figura que parece favorecer a expressão da atorialidade docente. Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas realizadas com duas professoras de língua materna de uma rede pública de ensino fundamental, em dois momentos distintos: antes e depois do desenvolvimento de projetos pedagógicos. Foram selecionados trechos das entrevistas identificados como Segmentos de Orientação Temática (SOT) e Segmentos de Tratamento Temático (STT). A partir dessa categorização, foi realizada a análise textual discursiva sob a perspectiva da arquitetura textual (Bronckart,1999/2012), o que permitiu a identificação e a delimitação das figuras de ação interna e externa. As análises realizadas permitiram propor contextos de expressão de atorialidade, em que o actante demonstra sua implicação no agir, a partir dos quais podem-se inferir os demais elementos que o constituem como ator. Desta forma, percebeu-se que o uso do dêitico pronominal “eu” indica maior grau de responsabilização do professor no discurso, associado a verbos de tomada de responsabilização enunciativa ou verbos dinâmicos. Além disso, as modalizações, com destaque para alguns adjetivos e substantivos, contribuem para intensificar a produção de sentido, pois revelam a subjetividade do actante ao demonstrar peculiaridades do seu posicionamento quanto ao conteúdo temático (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). Por sua vez, a figura de ação avaliação demonstra a reflexão e o ponto de vista das professoras a respeito do seu próprio agir (interna) e também do agir dos demais participantes (externa). Essa figura de ação é caracterizada pelo caráter avaliativo e subjetivo, bem como demonstra forte implicação do professor e sua capacidade de reflexividade. Ao considerar as interações do processo de ensino-aprendizagem, percebeu-se que a articulação de motivos e intenções está associada dialogicamente à presença de outros participantes, que fazem parte do cenário escolar. Enfim, o trabalho realizado mostrou ser possível apreender aspectos reveladores sobre a pilotagem da sala de aula e sua complexidade, uma vez que os professores, ao verbalizarem sobre o seu trabalho, fazem emergir o papel crucial da linguagem que acessa a memória, organiza, comenta, regula as ações e as interações humanas.This study, theoretically framed by Sociodiscursive Interactionism, aimed to identify linguistic and discursive indices that show teacher´s actoriality, examining teachers’ interpretation about their work. Actoriality is the feature of the actant that plays the role of an actor or one that demonstrates capabilities, intentions, motivations and responsibility to act (BRONCKART, 2008, p. 122). It pursued to understand how the teachers interpret their own action and the action of the other participants of the teaching-learning process, besides the reconfiguration of the teachers´ action, analyzing the action figures (BULEA, 2010; BULEA, LEURQUIN & CARNEIRO, 2013). This analysis indicated the presence of a new action figure, named action figure assessment, which seems to favor the expression of the teachers´ actoriality. The data were collected from semi-structured interviews conducted with two mother tongue teachers of a public school network in two different moments: before and after the implementation of educational projects. Parts of the interviews were selected which were identified as thematic orientation segments (SOT) and thematic treatment segments (STT). From this categorization, the textual and discursive analysis was conducted from the perspective of the textual architecture (Bronckart, 1999/2012), which enabled the identification and the delimitation of the internal and external action figures. The analysis allowed to propose that there are actoriality expression contexts in which the actants demonstrate their implication in the action, from which the other elements that constitute them as an actor may be inferred. Thus, the use of deictic pronoun I indicates higher degree of teacher’s accountability in speech, associated with enunciative verbs for accountability taking or dynamic verbs. In addition, modalizations, some adjectives and nouns, contribute to enhancing the production of meaning, because they reveal the subjectivity of the actants to demonstrate peculiarities of their positioning in regards to the thematic content (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). The action figure assessment shows the reflection and the views of the teachers regarding their own action (internal) and also the action of the other participants (external). This action figure is characterized by its strong evaluative and subjective trait, and demonstrates high involvement of teachers and their reflective capabilities. When considering the interactions of the teaching-learning process, the articulation of motives and intentions is dialogically associated to the presence of other participants that belong to the school setting. Ultimately, it is possible to apprehend revealing aspects of the classroom piloting and its complexity, since teachers, when verbalize about their work, bring out the crucial role of language that accesses memory, organizes, comments, regulates the human actions and interactions.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorAlmeida, Alessandra Preussler dehttp://lattes.cnpq.br/5396443379490789http://lattes.cnpq.br/4439407429779665Guimarães, Ana Maria de MattosUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Linguística AplicadaUnisinosBrasilEscola da Indústria CriativaDocência de língua materna: o professor como ator do seu próprio agirACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::LingüísticaInteracionismo sociodiscursivoReconfiguração do agir docenteAtorialidadeFiguras de açãoFigura de ação avaliaçãoSociodiscursive interactionismReconfiguration of teacher’s actionActorialityAction figuresAssessment action figureinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4945info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALAlessandra Preussler de Almeida_.pdfAlessandra Preussler de Almeida_.pdfapplication/pdf1311570http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/4945/1/Alessandra+Preussler+de+Almeida_.pdf8fede87b02f9460bcd7e8185c0a6a228MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/4945/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/49452015-11-13 12:44:56.519oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/4945Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2015-11-13T14:44:56Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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Este estudo, embasado teoricamente no Interacionismo Sociodiscursivo, teve como objetivo identificar indícios linguísticos e discursivos que demonstrassem a atorialidade docente, a partir da interpretação feita por professores sobre seu trabalho. A atorialidade é entendida como a característica do actante que tem o papel de ator, ou seja, aquele que demonstra ter capacidades, intenções, motivos e responsabilidade para agir (BRONCKART, 2008, p. 122). Buscou-se compreender as formas como professores interpretam seu próprio agir e o agir de outros participantes do processo de ensino-aprendizagem, bem como apreender as possibilidades de reconfiguração do agir docente, analisando as figuras de ação (BULEA, 2004, 2009, 2010; BULEA, LEURQUIN & CARNEIRO, 2013). Tal análise apontou a existência de uma nova figura de ação, a de avaliação, figura que parece favorecer a expressão da atorialidade docente. Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas realizadas com duas professoras de língua materna de uma rede pública de ensino fundamental, em dois momentos distintos: antes e depois do desenvolvimento de projetos pedagógicos. Foram selecionados trechos das entrevistas identificados como Segmentos de Orientação Temática (SOT) e Segmentos de Tratamento Temático (STT). A partir dessa categorização, foi realizada a análise textual discursiva sob a perspectiva da arquitetura textual (Bronckart,1999/2012), o que permitiu a identificação e a delimitação das figuras de ação interna e externa. As análises realizadas permitiram propor contextos de expressão de atorialidade, em que o actante demonstra sua implicação no agir, a partir dos quais podem-se inferir os demais elementos que o constituem como ator. Desta forma, percebeu-se que o uso do dêitico pronominal “eu” indica maior grau de responsabilização do professor no discurso, associado a verbos de tomada de responsabilização enunciativa ou verbos dinâmicos. Além disso, as modalizações, com destaque para alguns adjetivos e substantivos, contribuem para intensificar a produção de sentido, pois revelam a subjetividade do actante ao demonstrar peculiaridades do seu posicionamento quanto ao conteúdo temático (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). Por sua vez, a figura de ação avaliação demonstra a reflexão e o ponto de vista das professoras a respeito do seu próprio agir (interna) e também do agir dos demais participantes (externa). Essa figura de ação é caracterizada pelo caráter avaliativo e subjetivo, bem como demonstra forte implicação do professor e sua capacidade de reflexividade. Ao considerar as interações do processo de ensino-aprendizagem, percebeu-se que a articulação de motivos e intenções está associada dialogicamente à presença de outros participantes, que fazem parte do cenário escolar. Enfim, o trabalho realizado mostrou ser possível apreender aspectos reveladores sobre a pilotagem da sala de aula e sua complexidade, uma vez que os professores, ao verbalizarem sobre o seu trabalho, fazem emergir o papel crucial da linguagem que acessa a memória, organiza, comenta, regula as ações e as interações humanas. |
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