Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (Vitória-ES) : práticas de uma atividade artesã entre os interstícios da(s) memória(s) e práticas coletivas, dispositivos patrimoniais e ecossistemas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Adimilson Renato da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)
Texto Completo: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8709
Resumo: Esta tese trata da possibilidade de inteligibilidade da narrativa cultural das paneleiras e seus parceiros, intercambiada entre os lugares de gestão do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. O saber-fazer panela de barro tradicional institucionalizou-se como ofício ao ser identificado, registrado e outorgado como o primeiro bem cultural de natureza imaterial registrado no Livro Saberes do Iphan. Da perspectiva do engajamento dos atores-artesãos na atividade paneleira, estas mulheres e homens realizam a confecção e a comercialização das panelas de barro. Neste movimento na lida com a argila, no galpão sede da associação e nas casas, no contato com o mangue e o bairro de Goiabeiras (Vitória-ES), as paneleiras estão imersas nas tensões e assimilações de construções identitárias pelas quais recriam relações familiares, de parentesco e vizinhança. Com intenção de pesquisarmos a abertura desta coletividade de artesãos e artesãs frente as suas parcerias institucionais, comunitárias, individuais e coletivas, formulou-se a seguinte questão: Quais os lugares da gestão do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras e suas interações ao longo da relação cultura-ambiente para tornar inteligível o saber-fazer das paneleiras e de seus parceiros, implicado e articulado a atividade de produção, circulação e comercialização das panelas de barro pretas? Para situar esse estudo do ponto de vista teórico, percorremos considerações acerca de três eixos estruturantes do arcabouço investigativo pretendido para essa pesquisa: Narrativa cultural e suas dimensões patrimoniais; Percepção do “ser-no-mundo” entre o “mundo dos bens”; Comunidades de práticas e lugares de gestão de si e da coletividade. Do ponto de vista metodológico, persistimos na elaboração de etnografias dos sentidos e valores latentes, emergentes e manifestos a partir das lógicas de permuta dos lugares de gestão do Ofício das Paneleiras. O que exigiu delimitar as áreas de aproximação, problematização e assimilação e/ou resistência das “reservas” e “princípios de sentidos”, ressignificando ou tornando duráveis os regimes de valor perspectivados nos artefatos (artesanato), nas condutas e no ambiente da atividade paneleira. A noção de contexto ambiental entendida como âmbito de criatividade e interpelação da vida diversifica os registros de obrigações e as margens de atuação existentes na comunidade tradicional situada em Goiabeiras Velha. A participação legítima nesta instância do saber-fazer panela de barro é observada ao passo que se emaranham sentidos e valores no tempo de “maturação” das competências gerativas em estágio de desenvolvimento. Para tanto, mesmo sendo uma discussão aparentemente conflitiva tratar as paneleiras como “coletividade”, reconhecemos essa dimensão do coletivo de artesãos como potencialidade que interage e sofre relações de atores humanos e não humanos. A abordagem da epistemologia compreensiva perseguida neste trabalho viabilizou problematizar as possibilidades e limites das lógicas de permuta ambivalentes para a contração ou amplitude da inteligibilidade da narrativa cultural entendida como Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.
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Da perspectiva do engajamento dos atores-artesãos na atividade paneleira, estas mulheres e homens realizam a confecção e a comercialização das panelas de barro. Neste movimento na lida com a argila, no galpão sede da associação e nas casas, no contato com o mangue e o bairro de Goiabeiras (Vitória-ES), as paneleiras estão imersas nas tensões e assimilações de construções identitárias pelas quais recriam relações familiares, de parentesco e vizinhança. Com intenção de pesquisarmos a abertura desta coletividade de artesãos e artesãs frente as suas parcerias institucionais, comunitárias, individuais e coletivas, formulou-se a seguinte questão: Quais os lugares da gestão do Ofício das Paneleiras de Goiabeiras e suas interações ao longo da relação cultura-ambiente para tornar inteligível o saber-fazer das paneleiras e de seus parceiros, implicado e articulado a atividade de produção, circulação e comercialização das panelas de barro pretas? Para situar esse estudo do ponto de vista teórico, percorremos considerações acerca de três eixos estruturantes do arcabouço investigativo pretendido para essa pesquisa: Narrativa cultural e suas dimensões patrimoniais; Percepção do “ser-no-mundo” entre o “mundo dos bens”; Comunidades de práticas e lugares de gestão de si e da coletividade. Do ponto de vista metodológico, persistimos na elaboração de etnografias dos sentidos e valores latentes, emergentes e manifestos a partir das lógicas de permuta dos lugares de gestão do Ofício das Paneleiras. O que exigiu delimitar as áreas de aproximação, problematização e assimilação e/ou resistência das “reservas” e “princípios de sentidos”, ressignificando ou tornando duráveis os regimes de valor perspectivados nos artefatos (artesanato), nas condutas e no ambiente da atividade paneleira. A noção de contexto ambiental entendida como âmbito de criatividade e interpelação da vida diversifica os registros de obrigações e as margens de atuação existentes na comunidade tradicional situada em Goiabeiras Velha. A participação legítima nesta instância do saber-fazer panela de barro é observada ao passo que se emaranham sentidos e valores no tempo de “maturação” das competências gerativas em estágio de desenvolvimento. Para tanto, mesmo sendo uma discussão aparentemente conflitiva tratar as paneleiras como “coletividade”, reconhecemos essa dimensão do coletivo de artesãos como potencialidade que interage e sofre relações de atores humanos e não humanos. A abordagem da epistemologia compreensiva perseguida neste trabalho viabilizou problematizar as possibilidades e limites das lógicas de permuta ambivalentes para a contração ou amplitude da inteligibilidade da narrativa cultural entendida como Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.This thesis deals with the possibility of intelligibility of the cultural narrative of the paneleiras and their partners interchanged between the places of management of Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. This form of institutional know-how traditional clay pot was institutionalized as an office when identified, registered and granted as the first cultural good of an intangible nature registered in the Book Saberes do Iphan. From the perspective of the engagement of the craftsman and artisan actors in the paneleira activity, these women and men realize the making and the commercialization of clay pots. In this movement it deals with clay, the headquarters of the association and in the, in contact with the mangrove and the neighborhood of Goiabeiras (Vitória-ES), the paneleiras are immersed in the tensions and assimilations of identity constructions by which they recreate family relations, of kinship and neighborhood. With the intention of researching the opening of this collective of craftsmen and artisans in front of their institutional, community, individual and collective partnerships the following question was asked: What are the places for the management of Ofício das Paneleiras de Goiabeiras and their interactions along the culture-environment relationship to make intelligible the know-how of the paneleiras and their partners, involved and articulated in the production, circulation and commercialization of black clay pots? To situate this study from the theoretical point of view, we go through considerations about three structuring axes of the research framework intended for this research: Cultural narrative and its patrimonial dimensions; Perception of the "being-in-the-world" between the "world of consumer goods"; Communities of practices and places of management of self and of the collectivity. From the methodological point of view, we persist in the elaboration of ethnographies of the senses and latent, emerging and manifest values from the logics of exchange of the places of management of Ofício das Paneleiras. This demanded to delimit the areas of approach, problematization and assimilation and / or resistance of the "reservations" and "principles of meaning", re-signifying or making durable the value regimes envisaged in artifacts (crafts), in the conducts and in the environment of the paneleira activity. The notion of environmental context understood as the scope of creativity and interpellation of life diversifies the records of obligations and margins of action existing in the traditional community located in Goiabeiras Velha. Legitimate participation in this instance of clay pot know-how is observed while senses and values are tangled in the time of "maturation" of generative skills at the stage of development. To this end, even though it is a seemingly conflictive discussion to treat peasants as a "collectivity", we recognize this dimension of the artisan collective as a potential that interacts and suffers relations of human and nonhuman actors. The approach of the comprehensive epistemology pursued in this work made it possible to problematize the possibilities and limits of the logics of ambivalent exchange for the contraction or amplitude of the intelligibility of the cultural narrative understood as Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorSilva, Adimilson Renato dahttp://lattes.cnpq.br/1176906465700167http://lattes.cnpq.br/5121360004451480Lopes, José RogérioUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUnisinosBrasilEscola de HumanidadesOfício das Paneleiras de Goiabeiras (Vitória-ES) : práticas de uma atividade artesã entre os interstícios da(s) memória(s) e práticas coletivas, dispositivos patrimoniais e ecossistemasACCNPQ::Ciências Humanas::SociologiaPaneleiras de GoiabeirasPatrimônio culturalLugares de gestãoLógicas de permutaPaneleiras de GoiabeirasCultural heritagePlaces of managementPermutation logicalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8709info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALAdimilson Renato da Silva _.pdfAdimilson Renato da Silva _.pdfapplication/pdf12267139http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/8709/1/Adimilson+Renato+da+Silva+_.pdf67f1d331cf624c35108334520ccdb659MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82175http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/8709/2/license.txt320e21f23402402ac4988605e1edd177MD52UNISINOS/87092019-08-09 12:46:34.908oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/8709Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUsOTUFJJQSBMSUNFTsOHQQoKRXN0YSBsaWNlbsOnYSBkZSBleGVtcGxvIMOpIGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxpY2Vuw6dhIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIMOgIApVbml2ZXJzaWRhZGUgZG8gVmFsZSBkbyBSaW8gZG9zIFNpbm9zIChVTklTSU5PUykgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgYSBzdWEgdGVzZSBvdSAKZGlzc2VydGHDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSAKaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBURVNFIE9VIERJU1NFUlRBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgCkFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gClRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGHDp8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2019-08-09T15:46:34Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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