Isócrates, professor de philosophía

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pagotto-Euzebio, Marcos Sidnei
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação e Pesquisa
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/143516
Resumo: O artigo apresenta o magistério de Isócrates (436-338 a.C.), autor ateniense contemporâneo de Platão, e suas concepções acerca da forma e dos propósitos da paideía ou educação, que ele denominava, em seu conjunto, philosophía. Para tanto, descrevem-se o rol dos alunos que Isócrates teria tido, a popularidade de sua escola e o testemunho, por outros autores da Antiguidade, de sua influência educativa. Em seguida, discute-se a definição isocrática de philosophía, apresentada, por vezes, como um empenho intelectual conjugado à experiência; em outros momentos, como a cultura ou paideía criada por Atenas, cidade em que o lógos, em seu duplo sentido de razão e discurso, ocupava lugar de excepcional importância. Por fim, passa-se dessa definição geral de philosophía para aquela que a apresenta como um procedimento educativo deliberado, sendo que o professado por Isócrates em sua escola seria, segundo ele, o único a merecer, de todo direito, o título de philosophía. Descreve-se, então, a philosophía de Isócrates, com seus princípios mais importantes, a dóxa, ou opinião; a empeiría, ou experiência, e o kairós, ou ocasião, indicando as justificativas para essa opção e os resultados esperados de tal programa educativo, e de que modo tais princípios estariam presentes no que chamaríamos de seus métodos pedagógicos, dos quais se destaca a prática de Isócrates de submeter suas próprias obras à crítica de seus alunos, em um formato de discussão ou debate próximo do que denominaríamos, hoje, de seminário.
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