Literacy and school failure: problematizing assumptions of the constructivist concept
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27832 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é contribuir com elementos para o debate das questões relativas à alfabetização e ao fracasso escolar das crianças de baixa renda. Parte-se de resultados de uma pesquisa que examina algumas teses que, tendo como uma das suas bases conceituais a teoria construtivista de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, vêm norteando as políticas públicas de alfabetização em nosso país desde a década de 1980. Levaram-se também em conta dados de pesquisas anteriores que estudaram a presença dos materiais escritos na cultura popular. Os pressupostos construtivistas acerca do desenvolvimento cognitivo das crianças das camadas populares e suas relações com o texto escrito foram analisados a partir de uma linha de pensamento da História Cultural, que vê a leitura e a escrita como práticas culturais, ou seja, como forma de expressão do indivíduo na sociedade. As conclusões a que se chegou são: não há marginalidade cultural no sentido de não participação na cultura escrita, pois numa sociedade letrada as práticas de escrita se impõem de diferentes maneiras nas formas de existência social, definindo relações sociais. As relações das crianças de camadas populares com o texto escrito só podem ser compreendidas em toda sua complexidade dentro do contexto e da diversidade das formas culturais da sua produção. |
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Literacy and school failure: problematizing assumptions of the constructivist concept Alfabetização e fracasso escolar: problematizando alguns pressupostos da concepção construtivista Fracasso escolarAlfabetizaçãoClasses popularesCultura escritaSchool failureLiteracyLower-classesLiterate culture O objetivo deste artigo é contribuir com elementos para o debate das questões relativas à alfabetização e ao fracasso escolar das crianças de baixa renda. Parte-se de resultados de uma pesquisa que examina algumas teses que, tendo como uma das suas bases conceituais a teoria construtivista de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, vêm norteando as políticas públicas de alfabetização em nosso país desde a década de 1980. Levaram-se também em conta dados de pesquisas anteriores que estudaram a presença dos materiais escritos na cultura popular. Os pressupostos construtivistas acerca do desenvolvimento cognitivo das crianças das camadas populares e suas relações com o texto escrito foram analisados a partir de uma linha de pensamento da História Cultural, que vê a leitura e a escrita como práticas culturais, ou seja, como forma de expressão do indivíduo na sociedade. As conclusões a que se chegou são: não há marginalidade cultural no sentido de não participação na cultura escrita, pois numa sociedade letrada as práticas de escrita se impõem de diferentes maneiras nas formas de existência social, definindo relações sociais. As relações das crianças de camadas populares com o texto escrito só podem ser compreendidas em toda sua complexidade dentro do contexto e da diversidade das formas culturais da sua produção. This article aims at contributing to the debate surrounding questions relative to literacy education and school failure of children from low-income families. It builds upon the results of a research conducted in 1999 in which some proposals based on the works of Emília Ferreiro and Ana Teberosky were analyzed. The proposals analyzed have been shaping public policies on literacy education in Brazil since the eighties. Various data from past researches that show the presence of written material in lower-class culture are also considered here. Constructivist assumptions about the cognitive development of lower-class children and their relationship to the written text are analyzed from the point of view of socio-historical contributions which treat reading and writing as cultural practices - as one of many forms of self expression of individuals in society. The following conclusions are reached: cultural marginalization based on the lack of participation in the written culture does not exist in a literate society because the practices of writing take on varied shapes in different instances of social activity, defining social relations. The relationship that lower-class children have with the written word cannot be understood in all its complexity without considering the context and the diversity of the cultural forms that mold this relationship. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2000-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/2783210.1590/S1517-97022000000100005Educação e Pesquisa; v. 26 n. 1 (2000); 67-81Educação e Pesquisa; Vol. 26 No. 1 (2000); 67-81Educação e Pesquisa; Vol. 26 Núm. 1 (2000); 67-811678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27832/29604Copyright (c) 2017 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessSawaya, Sandra Maria2014-10-24T15:36:17Zoai:revistas.usp.br:article/27832Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2014-10-24T15:36:17Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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