Teoria em ato: o que pode e o que aprende um corpo?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/109920 |
Resumo: | No intuito de retomar a célebre pergunta feita por Spinoza – “O que pode um corpo?” –, o artigo sustenta sua problemática em torno da questão “O que pode e o que aprende um corpo?” Nesse sentido, procura-se percorrer algo que no texto é designado como uma teoria em ato. Para tanto, num primeiro momento, busca-se elucidar as possibilidades teóricas e os locais de fala utilizados operacionalmente para produzir tal construção. Apoia-se a noção de um corpo fendido, ou seja, um corpo que se abre para outras possibilidades de ser corpo, distantes das comumente instituídas (corpo autônomo, consciente, racional) e, desse modo, produz uma teoria em ato que não mais reconhece a clássica separação corpo versus mente (alma, pensamento). Em seguida, associa-se à referida questão-problema a prática do corpo-sem-órgãos, cunhada pelo dramaturgo francês Antoni Artaud em sua conferência radiofônica de 1947 (Pour en finir avec le jugement de dieu) e retomada por Deleuze e Guattari em sua ampla produção filosófica com o intuito de, desse modo, propor a ação de pensar como fluxo que atravessa os atos de ler e escrever em meio à vida enquanto esteiras de criação e invenção, ao passo que não somente representam, mas produzem realidades. |
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Teoria em ato: o que pode e o que aprende um corpo? Theory in act: what can a body do and what does it learn? No intuito de retomar a célebre pergunta feita por Spinoza – “O que pode um corpo?” –, o artigo sustenta sua problemática em torno da questão “O que pode e o que aprende um corpo?” Nesse sentido, procura-se percorrer algo que no texto é designado como uma teoria em ato. Para tanto, num primeiro momento, busca-se elucidar as possibilidades teóricas e os locais de fala utilizados operacionalmente para produzir tal construção. Apoia-se a noção de um corpo fendido, ou seja, um corpo que se abre para outras possibilidades de ser corpo, distantes das comumente instituídas (corpo autônomo, consciente, racional) e, desse modo, produz uma teoria em ato que não mais reconhece a clássica separação corpo versus mente (alma, pensamento). Em seguida, associa-se à referida questão-problema a prática do corpo-sem-órgãos, cunhada pelo dramaturgo francês Antoni Artaud em sua conferência radiofônica de 1947 (Pour en finir avec le jugement de dieu) e retomada por Deleuze e Guattari em sua ampla produção filosófica com o intuito de, desse modo, propor a ação de pensar como fluxo que atravessa os atos de ler e escrever em meio à vida enquanto esteiras de criação e invenção, ao passo que não somente representam, mas produzem realidades. With the purpose of resuming the notorious question asked by Spinoza –What can a body do? –, this paper supports the assertion of What can a body do and what does it learn? Thus, I attempt to cover what in the text is designated as a theory in act. For such, at a first stage, I try to elucidate the theoretical possibilities and the places of speech operationally utilized to produce such construction. I support the notion of a cracked body, that is, a body that opens itself to other possibilities of being a body, away from the commonly instituted manners (autonomous, conscious, rational body) and, as a result, a theory in act is produced which no longer acknowledges the classical separation of body against mind (soul, thinking). Next, the issue-problem is referred to the practice of the organ-less-body, minted by French playwright Antoni Artaud in radio broadcast conference in 1947 (Pour en finir avec le jugement de dieu) and resumed by Deleuze and Guattari in their wide philosophical production with the purpose of, consequently, propose the action of thinking as a flow that goes through the acts of reading and writing amidst life taken as tracks of creation and invention, while they not only represent but also produce realities. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/10992010.1590/S1517-9702201508142951Educação e Pesquisa; v. 41 (2015): Número Especial; 1541-1552Educação e Pesquisa; Vol. 41 (2015): Special Number; 1541-1552Educação e Pesquisa; Vol. 41 (2015): Numero Especial; 1541-15521678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/109920/108416Copyright (c) 2017 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessMossi, Cristian Poletti2016-01-18T15:37:41Zoai:revistas.usp.br:article/109920Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2016-01-18T15:37:41Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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