A construção da solidariedade na escola: as virtudes, a razão e a afetividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
DOI: | 10.1590/S1517-97022006000100004 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27997 |
Resumo: | Discutindo sobre como as pessoas podem construir a solidariedade, baseando-se em pressupostos psicológicos que garantem que tal virtude é construída por cada um na interação com o meio, esta pesquisa aponta um caminho para a formação de sujeitos mais autônomos e solidários: a cooperação como estratégia de conceber a construção das virtudes. Para tal, foram investigados, em comparação, os julgamentos de crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 6 a 7 anos, provenientes de dois tipos de ambientes: A - baseado em relações autoritárias; e B - em relações de cooperação. Utilizou-se da aplicação das provas de diagnóstico do comportamento operatório de Jean Piaget, no intuito de verificar um paralelo entre as estruturas cognitivas e morais dos sujeitos, como também da observação das relações interpessoais e da discussão de dilemas morais, divididos em dois blocos, que atenderam a dois requisitos desta investigação: constatar o julgamento da solidariedade entre pares e na presença da autoridade. Os resultados demonstram a existência de uma evolução na disposição dos sujeitos para serem solidários, ligada a uma perspectiva de vivenciarem experiências significativas de reciprocidade e respeito mútuo, características de um ambiente cooperativo. Tais resultados nos permitem conceber uma "Pedagogia das virtudes", que considere o desenvolvimento das estruturas cognitivas e dos aspectos afetivos para a construção de personalidades morais. |
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A construção da solidariedade na escola: as virtudes, a razão e a afetividade The construction of solidarity at school: the virtues, the reason, and the affectivity SolidarityVirtuesReasonAffectivitySolidariedadeVirtudesRazãoAfetividade Discutindo sobre como as pessoas podem construir a solidariedade, baseando-se em pressupostos psicológicos que garantem que tal virtude é construída por cada um na interação com o meio, esta pesquisa aponta um caminho para a formação de sujeitos mais autônomos e solidários: a cooperação como estratégia de conceber a construção das virtudes. Para tal, foram investigados, em comparação, os julgamentos de crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 6 a 7 anos, provenientes de dois tipos de ambientes: A - baseado em relações autoritárias; e B - em relações de cooperação. Utilizou-se da aplicação das provas de diagnóstico do comportamento operatório de Jean Piaget, no intuito de verificar um paralelo entre as estruturas cognitivas e morais dos sujeitos, como também da observação das relações interpessoais e da discussão de dilemas morais, divididos em dois blocos, que atenderam a dois requisitos desta investigação: constatar o julgamento da solidariedade entre pares e na presença da autoridade. Os resultados demonstram a existência de uma evolução na disposição dos sujeitos para serem solidários, ligada a uma perspectiva de vivenciarem experiências significativas de reciprocidade e respeito mútuo, características de um ambiente cooperativo. Tais resultados nos permitem conceber uma "Pedagogia das virtudes", que considere o desenvolvimento das estruturas cognitivas e dos aspectos afetivos para a construção de personalidades morais. Discussing how people can build up solidarity, and drawing from psychological assumptions that guarantee that such virtue is constructed by each one in their interaction with the environment, this research points to a path for the formation of more autonomous and solidary subjects: the cooperation as a strategy to conceive the construction of virtues. To this end, a comparative investigation was made of the judgments of children of both sexes, aged 6 and 7, in two kinds of environments: A - based on authoritarian relations; and B - in relationships of cooperation. Diagnostic tests for Jean Piaget's operatory behavior were used to investigate the parallel between the cognitive and moral structures of the subjects. The study also used the observation of the interpersonal relationships and the discussion of moral dilemmas split into two groups, and which fulfilled two conditions: to inspect the judgment of solidarity between peers, and in the presence of authority. Results demonstrate the existence of an evolution in the disposition of the subjects to be solidary, linked to the prospect of significant experiences of solidarity and mutual respect, characteristic of a cooperative environment. Such results allow us to envisage a "Pedagogy of Virtues" that takes in the development of cognitive structures and affective aspects to the construction of moral personalities. Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2006-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/2799710.1590/S1517-97022006000100004Educação e Pesquisa; v. 32 n. 1 (2006); 49-66Educação e Pesquisa; Vol. 32 Núm. 1 (2006); 49-66Educação e Pesquisa; Vol. 32 No. 1 (2006); 49-661678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27997/29784Copyright (c) 2017 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessTognetta, Luciene Regina PaulinoAssis, Orly Zucatto Mantovani de2014-10-24T15:43:36Zoai:revistas.usp.br:article/27997Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2014-10-24T15:43:36Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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