A literatura na formação de futuros cientistas: lição de Frankenstein
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/143501 |
Resumo: | Os educadores voltados para a formação universitária na área da saúde, que, desde o início do século passado até o presente momento, priorizaram o caráter técnico profissionalizante, têm, mais recentemente, chamado a atenção para a necessidade de propostas educacionais que possam oferecer um ensino que contemple uma abordagem mais ampla do ser humano e suas relações sociais. A esse respeito, particular interesse se apresenta quando da formação de alunos que desenvolverão suas atividades como futuros cientistas. Com esse enfoque, empreendemos um estudo com a implantação de uma metodologia – desenvolvida por um centro de humanidades acadêmico – que privilegia a literatura como fonte de educação. Realizado a partir da disciplina de filosofia, o método foi aplicado aos estudantes de primeiro ano do curso de ciências biomédicas de uma universidade pública do Estado de São Paulo. Frankenstein , de Mary Shelley, foi a obra escolhida para cumprir o objetivo de estabelecer um ponto de reflexão pelo qual se pudesse ampliar o foco exclusivamente técnico-profissional. O material para análise foi extraído de relatos feitos em aula e relatórios dos estudantes, mais anotações dos cadernos de campo do professor e monitor examinados de acordo com análise da hermenêutica fenomenológica. O resultado obtido refletiu questões e inquietações vivenciadas no cotidiano dos estudantes, apontando para a identificação dos seguintes tópicos: impacto da metodologia; reflexão pessoal e compartilhada; noção ampliada do conceito de ciência ; despertar da responsabilidade individual e social que o cientista deve ter. Em conclusão, a metodologia empregada teve seus objetivos cumpridos e os resultados deverão servir de base para novos estudos. |
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