A centralidade do trabalho que interessa
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Econômicos (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônicas - a catastrofista e a ufanista - do processo contemporâneo de negação do trabalho. A despeito da aprovação que estas duas perspectivas vêm recebendo de distintos públicos, elas são igualmente equivocadas e simplistas. Em particular, ambas mostram não entender que se o padrão contemporâneo de absorção e controle do trabalho debilita a organização operária, ele simultaneamente aprofunda a crise capitalista de sociabilidade. E ao subestimar este aspecto, o que ambas as perspectivas deixam de perceber é que a crise contemporânea está reatualizando a discussão em torno da possibilidade de superação da propriedade privada. |
id |
USP-14_4be4c2186143a40e2d6730183f262074 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/116841 |
network_acronym_str |
USP-14 |
network_name_str |
Estudos Econômicos (São Paulo) |
repository_id_str |
|
spelling |
A centralidade do trabalho que interessaA centralidade do trabalho que interessalaboremploymentcrisisfordismunionismpropertytrabalhoempregocrisefordismosindicalismopropriedadeO objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônicas - a catastrofista e a ufanista - do processo contemporâneo de negação do trabalho. A despeito da aprovação que estas duas perspectivas vêm recebendo de distintos públicos, elas são igualmente equivocadas e simplistas. Em particular, ambas mostram não entender que se o padrão contemporâneo de absorção e controle do trabalho debilita a organização operária, ele simultaneamente aprofunda a crise capitalista de sociabilidade. E ao subestimar este aspecto, o que ambas as perspectivas deixam de perceber é que a crise contemporânea está reatualizando a discussão em torno da possibilidade de superação da propriedade privada.The aim of this paper is to rescue Marxist view about the centrality of labor in the capitalist society while being simultaneously positive and negative. We defend here that this rescue is essential to criticise two formally antagonic perspectives of contemporary process of labor denying: the catastrophic and the optimistic one. Despite the approval these two perspectives have received from distinct public, they are equally mistaken and both fail in simplifying a very complex process. What is necessary to understand nowadays is that, if the contemporary patterns of labor absortion and control are negative to the labor class organization, it simultaneously deepens the capitalism crisis of sociability. Underestimating this contradiction, the defensors of the two criticised perspectives miss the possibility of noticing that what the modernity is putting again is the necessity of a revolutionary reflexion about the fate of the private property.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade1996-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841Estudos Econômicos (São Paulo); v. 26 n. 4 (1996); 165-1801980-53570101-4161reponame:Estudos Econômicos (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841/114388Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo)http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCampregher, Gláucia Angélica2021-11-30T13:46:13Zoai:revistas.usp.br:article/116841Revistahttps://www.revistas.usp.br/eePUBhttps://www.revistas.usp.br/ee/oaiestudoseconomicos@usp.br||aldrighi@usp.br1980-53570101-4161opendoar:2021-11-30T13:46:13Estudos Econômicos (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A centralidade do trabalho que interessa A centralidade do trabalho que interessa |
title |
A centralidade do trabalho que interessa |
spellingShingle |
A centralidade do trabalho que interessa Campregher, Gláucia Angélica labor employment crisis fordism unionism property trabalho emprego crise fordismo sindicalismo propriedade |
title_short |
A centralidade do trabalho que interessa |
title_full |
A centralidade do trabalho que interessa |
title_fullStr |
A centralidade do trabalho que interessa |
title_full_unstemmed |
A centralidade do trabalho que interessa |
title_sort |
A centralidade do trabalho que interessa |
author |
Campregher, Gláucia Angélica |
author_facet |
Campregher, Gláucia Angélica |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Campregher, Gláucia Angélica |
dc.subject.por.fl_str_mv |
labor employment crisis fordism unionism property trabalho emprego crise fordismo sindicalismo propriedade |
topic |
labor employment crisis fordism unionism property trabalho emprego crise fordismo sindicalismo propriedade |
description |
O objetivo deste artigo é resgatar a centralidade do trabalho em Marx, demonstrando que a mesma comporta, ao lado de sua dimensão positiva, uma dimensão estritamente negativa. Do nosso ponto de vista, o resgate desta ambivalência é essencial para a crítica de duas perspectivas formalmente antagônicas - a catastrofista e a ufanista - do processo contemporâneo de negação do trabalho. A despeito da aprovação que estas duas perspectivas vêm recebendo de distintos públicos, elas são igualmente equivocadas e simplistas. Em particular, ambas mostram não entender que se o padrão contemporâneo de absorção e controle do trabalho debilita a organização operária, ele simultaneamente aprofunda a crise capitalista de sociabilidade. E ao subestimar este aspecto, o que ambas as perspectivas deixam de perceber é que a crise contemporânea está reatualizando a discussão em torno da possibilidade de superação da propriedade privada. |
publishDate |
1996 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1996-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116841/114388 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo) http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo) http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade |
dc.source.none.fl_str_mv |
Estudos Econômicos (São Paulo); v. 26 n. 4 (1996); 165-180 1980-5357 0101-4161 reponame:Estudos Econômicos (São Paulo) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Estudos Econômicos (São Paulo) |
collection |
Estudos Econômicos (São Paulo) |
repository.name.fl_str_mv |
Estudos Econômicos (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
estudoseconomicos@usp.br||aldrighi@usp.br |
_version_ |
1787713830014418944 |