O caráter monológico da racionalidade neoclássica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prado, Eleutério F. S.
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Econômicos (São Paulo)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802
Resumo: Este artigo atenta para o caráter demonstrativo do conceito neoclássico de racionalidade, questionando a sua aparente trivialidade. Nele, examinam-se textos de Jevons, Walras, Marshall e Robbins, os quais são vistos como representativos da teoria neoclássica. A fim de chamar a atenção para as suas características salientes, compara-se esta noção com o conceito aristotélico de racionalidade. Enquanto o primeiro é visto como instrumental, apodítico e monológico, o último é visto como expressivo, prudente e dialógico. Enquanto que este último conceito  emerge na vida política e ética da cidade-estado, o outro emerge na vida sistêmica e individualista inerente aos mercados e às organizações. Deste ponto de vista, a ciência moderna e a filosofia antiga somente lhes deram forma no tempo devido, tornando-os visíveis e rigorosos. A fim de explicar estas ocorrências históricas, o artigo confia na teoria evolutiva da sociedade de Habermas.
id USP-14_8c0b7170b594c690a660ef2ca2465161
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/116802
network_acronym_str USP-14
network_name_str Estudos Econômicos (São Paulo)
repository_id_str
spelling O caráter monológico da racionalidade neoclássicaO caráter monológico da racionalidade neoclássicarationalityneoclassical theoryeconomic systemlifeworldracionalidadeteoria neoclássicasistema econômicomundo da vidaEste artigo atenta para o caráter demonstrativo do conceito neoclássico de racionalidade, questionando a sua aparente trivialidade. Nele, examinam-se textos de Jevons, Walras, Marshall e Robbins, os quais são vistos como representativos da teoria neoclássica. A fim de chamar a atenção para as suas características salientes, compara-se esta noção com o conceito aristotélico de racionalidade. Enquanto o primeiro é visto como instrumental, apodítico e monológico, o último é visto como expressivo, prudente e dialógico. Enquanto que este último conceito  emerge na vida política e ética da cidade-estado, o outro emerge na vida sistêmica e individualista inerente aos mercados e às organizações. Deste ponto de vista, a ciência moderna e a filosofia antiga somente lhes deram forma no tempo devido, tornando-os visíveis e rigorosos. A fim de explicar estas ocorrências históricas, o artigo confia na teoria evolutiva da sociedade de Habermas.This paper pays attention to the demosntrative character of racionality concept employed in neoclassical theory, putting in question its apparent triviality. It examines texts of Jevons, Walras, Marshall and Robbins which are viewed as representatives of neoclassical theory. In order to enlighten its salient feature, this usual notion is compared with the aristotelian concept of racionality. While the former is shown to be instrumental apodictical and monological, the latter is shown to be expressive, prudential and dialogical. While this ultimate concept of racionality emerged from the ethical and political life in the polis, the other emerged from the systemic and individualistic life in the markets and organizations. From this point of view, the modern science and the ancient philosophy only shapped them by the time, making them cleary visible and rigorous. In order to explain these two historical occurences, the paper relies on Habermas evolutionary theory of society.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade1996-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802Estudos Econômicos (São Paulo); v. 26 n. 4 (1996); 7-341980-53570101-4161reponame:Estudos Econômicos (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802/114351Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo)http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPrado, Eleutério F. S.2021-11-30T13:46:13Zoai:revistas.usp.br:article/116802Revistahttps://www.revistas.usp.br/eePUBhttps://www.revistas.usp.br/ee/oaiestudoseconomicos@usp.br||aldrighi@usp.br1980-53570101-4161opendoar:2021-11-30T13:46:13Estudos Econômicos (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv O caráter monológico da racionalidade neoclássica
O caráter monológico da racionalidade neoclássica
title O caráter monológico da racionalidade neoclássica
spellingShingle O caráter monológico da racionalidade neoclássica
Prado, Eleutério F. S.
rationality
neoclassical theory
economic system
lifeworld
racionalidade
teoria neoclássica
sistema econômico
mundo da vida
title_short O caráter monológico da racionalidade neoclássica
title_full O caráter monológico da racionalidade neoclássica
title_fullStr O caráter monológico da racionalidade neoclássica
title_full_unstemmed O caráter monológico da racionalidade neoclássica
title_sort O caráter monológico da racionalidade neoclássica
author Prado, Eleutério F. S.
author_facet Prado, Eleutério F. S.
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Prado, Eleutério F. S.
dc.subject.por.fl_str_mv rationality
neoclassical theory
economic system
lifeworld
racionalidade
teoria neoclássica
sistema econômico
mundo da vida
topic rationality
neoclassical theory
economic system
lifeworld
racionalidade
teoria neoclássica
sistema econômico
mundo da vida
description Este artigo atenta para o caráter demonstrativo do conceito neoclássico de racionalidade, questionando a sua aparente trivialidade. Nele, examinam-se textos de Jevons, Walras, Marshall e Robbins, os quais são vistos como representativos da teoria neoclássica. A fim de chamar a atenção para as suas características salientes, compara-se esta noção com o conceito aristotélico de racionalidade. Enquanto o primeiro é visto como instrumental, apodítico e monológico, o último é visto como expressivo, prudente e dialógico. Enquanto que este último conceito  emerge na vida política e ética da cidade-estado, o outro emerge na vida sistêmica e individualista inerente aos mercados e às organizações. Deste ponto de vista, a ciência moderna e a filosofia antiga somente lhes deram forma no tempo devido, tornando-os visíveis e rigorosos. A fim de explicar estas ocorrências históricas, o artigo confia na teoria evolutiva da sociedade de Habermas.
publishDate 1996
dc.date.none.fl_str_mv 1996-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802
url https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802/114351
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo)
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1996 Estudos Econômicos (São Paulo)
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
dc.source.none.fl_str_mv Estudos Econômicos (São Paulo); v. 26 n. 4 (1996); 7-34
1980-5357
0101-4161
reponame:Estudos Econômicos (São Paulo)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Estudos Econômicos (São Paulo)
collection Estudos Econômicos (São Paulo)
repository.name.fl_str_mv Estudos Econômicos (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv estudoseconomicos@usp.br||aldrighi@usp.br
_version_ 1787713830006030336