A primazia das relações sobre as essências: as forças como entidades matemáticas nos Principia de Newton
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientiae Studia (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11215 |
Resumo: | Os Principia de Newton pressupõem uma filosofia da matemática, em particular, uma ontologia dos objetos matemáticos. Mas, para que isso seja relevante, deve de algum modo ter consequências para a compreensão das advertências de Newton sobre a sua consideração matemática das forças referidas nos primeiros teoremas dos Principia. O artigo procura mostrar que essas advertências, ao contrário do que podem sugerir, não esvaziam a matemática - e as forças consideradas matematicamente - de qualquer compromisso ontológico. Elas estão estruturadas em uma certa ontologia de caráter não-aristotélico em que as relações têm primazia sobre as essências. Essa ontologia tem nítidos antecedentes naquilo que Marion chamou de ontologia cinzenta de Descartes. |
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A primazia das relações sobre as essências: as forças como entidades matemáticas nos Principia de Newton NewtonianismoGravitação universalObjetos matemáticosOntologia da naturezaCartesianismoNewtonianismUniversal gravitationMathematical objectsOntology of natureCartesianism Os Principia de Newton pressupõem uma filosofia da matemática, em particular, uma ontologia dos objetos matemáticos. Mas, para que isso seja relevante, deve de algum modo ter consequências para a compreensão das advertências de Newton sobre a sua consideração matemática das forças referidas nos primeiros teoremas dos Principia. O artigo procura mostrar que essas advertências, ao contrário do que podem sugerir, não esvaziam a matemática - e as forças consideradas matematicamente - de qualquer compromisso ontológico. Elas estão estruturadas em uma certa ontologia de caráter não-aristotélico em que as relações têm primazia sobre as essências. Essa ontologia tem nítidos antecedentes naquilo que Marion chamou de ontologia cinzenta de Descartes. Newton's Principia presupposes a particular philosophy of mathematics and, especially, an ontology of mathematical objects. For this to be relevant, however, it must somehow have consequences for comprehending Newton's warnings about the forces, referred to in the first theorems of Principia, as being considered in a mathematical way. In this article, I attempt to show that these warnings, contrary to what they may suggest, do not empty the mathematics - and the forces considered mathematically - of all ontological commitment. They are structured by a kind of non-Aristotelian ontology in which relations have primacy over essences. This ontology has clear antecedents in what Marion (1975) called Descartes' gray ontology. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2010-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/1121510.1590/S1678-31662010000400003Scientiae Studia; v. 8 n. 4 (2010); 547-569Scientiae Studia; Vol. 8 Núm. 4 (2010); 547-569Scientiae Studia; Vol. 8 No. 4 (2010); 547-5692316-89941678-3166reponame:Scientiae Studia (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11215/12983Barra, Eduardo Salles de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-08T11:23:28Zoai:revistas.usp.br:article/11215Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1678-3166&lng=pt&nrm=isoPUBhttps://www.revistas.usp.br/ss/oaiariconda@usp.br2316-89941678-3166opendoar:2014-09-08T11:23:28Scientiae Studia (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os Principia de Newton pressupõem uma filosofia da matemática, em particular, uma ontologia dos objetos matemáticos. Mas, para que isso seja relevante, deve de algum modo ter consequências para a compreensão das advertências de Newton sobre a sua consideração matemática das forças referidas nos primeiros teoremas dos Principia. O artigo procura mostrar que essas advertências, ao contrário do que podem sugerir, não esvaziam a matemática - e as forças consideradas matematicamente - de qualquer compromisso ontológico. Elas estão estruturadas em uma certa ontologia de caráter não-aristotélico em que as relações têm primazia sobre as essências. Essa ontologia tem nítidos antecedentes naquilo que Marion chamou de ontologia cinzenta de Descartes. |
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