Causalidade e teoria quântica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientiae Studia (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11261 |
Resumo: | O desenvolvimento da teoria quântica, na primeira metade do século passado, acendeu um debate acalorado entre filósofos e físicos sobre a natureza das leis físicas e, em especial, sobre a validade do princípio de causalidade. Tendo em vista a teoria de Planck sobre a radiação, a interpretação probabilista de Max Born, as relações de incerteza de Heisenberg e o princípio de complementaridade de Bohr, muitos físicos colocaram em dúvida a causalidade clássica, cuja legitimidade parecia a princípio não mais estar assegurada no domínio quântico. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir as diferentes posições em torno desse debate. Serão analisados, além dos argumentos levantados pelos intérpretes de Copenhague, aqueles sustentados por neopositivistas e neokantianos. Procuraremos mostrar que, a despeito dos antagonismos filosóficos, a posição adotada por Schlick nesse debate parece estar mais próxima de Cassirer do que de seu colaborador Reichenbach. |
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Causalidade e teoria quântica CausalidadeMecânica quânticaNeopositivismoNeokantismoInterpretação de CopenhagueCausalityQuantum mechanicsNeo-positivismNeo-KantianismCopenhagen interpretation O desenvolvimento da teoria quântica, na primeira metade do século passado, acendeu um debate acalorado entre filósofos e físicos sobre a natureza das leis físicas e, em especial, sobre a validade do princípio de causalidade. Tendo em vista a teoria de Planck sobre a radiação, a interpretação probabilista de Max Born, as relações de incerteza de Heisenberg e o princípio de complementaridade de Bohr, muitos físicos colocaram em dúvida a causalidade clássica, cuja legitimidade parecia a princípio não mais estar assegurada no domínio quântico. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir as diferentes posições em torno desse debate. Serão analisados, além dos argumentos levantados pelos intérpretes de Copenhague, aqueles sustentados por neopositivistas e neokantianos. Procuraremos mostrar que, a despeito dos antagonismos filosóficos, a posição adotada por Schlick nesse debate parece estar mais próxima de Cassirer do que de seu colaborador Reichenbach. The development of quantum theory in the first half of the twentieth century sparked a heated debate among philosophers and physicists about the nature of physical laws, and in particular about the validity of the principle of causality. In view of Planck's theory of radiation, Max Born's probabilistic interpretation, Heisenberg's uncertainty relations and Bohr's complementarity principle, many physicists cast doubt on classical causality, whose legitimacy seemed initially to be no longer guaranteed in the quantum domain. The aim of this paper is to present and discuss the different positions in this debate. In addition to the arguments raised by the Copenhagen interpreters, we will analyze those supported by neo-Kantians and neo-positivists. In conclusion, we will show that despite their philosophical antagonisms, Schlick's position in this debate seems to be closer to his opponent Cassirer than to his collaborator Reichenbach. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2012-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/1126110.1590/S1678-31662012000100007Scientiae Studia; v. 10 n. 1 (2012); 165-177Scientiae Studia; Vol. 10 Núm. 1 (2012); 165-177Scientiae Studia; Vol. 10 No. 1 (2012); 165-1772316-89941678-3166reponame:Scientiae Studia (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11261/13029Leite, Patrícia Kauarkinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-08T11:30:14Zoai:revistas.usp.br:article/11261Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1678-3166&lng=pt&nrm=isoPUBhttps://www.revistas.usp.br/ss/oaiariconda@usp.br2316-89941678-3166opendoar:2014-09-08T11:30:14Scientiae Studia (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O desenvolvimento da teoria quântica, na primeira metade do século passado, acendeu um debate acalorado entre filósofos e físicos sobre a natureza das leis físicas e, em especial, sobre a validade do princípio de causalidade. Tendo em vista a teoria de Planck sobre a radiação, a interpretação probabilista de Max Born, as relações de incerteza de Heisenberg e o princípio de complementaridade de Bohr, muitos físicos colocaram em dúvida a causalidade clássica, cuja legitimidade parecia a princípio não mais estar assegurada no domínio quântico. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir as diferentes posições em torno desse debate. Serão analisados, além dos argumentos levantados pelos intérpretes de Copenhague, aqueles sustentados por neopositivistas e neokantianos. Procuraremos mostrar que, a despeito dos antagonismos filosóficos, a posição adotada por Schlick nesse debate parece estar mais próxima de Cassirer do que de seu colaborador Reichenbach. |
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