Crotalária e milheto como adubos verdes para a produção de milho nos trópicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perin, Adriano
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Santos, Ricardo Henrique Silva, Urquiaga, Segundo Sacramento, Cecon, Paulo Roberto, Guerra, José Guilherme Marinho, Freitas, Gilberto Bernardo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22188
Resumo: A liberação de nutrientes dos resíduos de leguminosas é rápida nos trópicos. A consorciação com gramíneas pode resultar em liberação de nutrientes desses resíduos mais lenta e adequada aos requerimentos de N da cultura subseqüente. Os objetivos do trabalho foram avaliar os efeitos dos adubos verdes crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisetum glaucum), solteiros ou consorciados, sobre o desempenho do milho com ou sem a aplicação de N-fertilizante. O experimento foi instalado em quatro blocos casualizados em parcelas subdivididas. Os tratamentos da parcela consistiram do cultivo prévio de crotalária, milheto, crotalária+milheto e ervas. Os tratamentos da subparcela foram 90 kg N ha-1 e ausência de N-fertilizante. A parte aérea da crotalária solteira ou consorciada apresentou, respectivamente, 173 kg ha-1 e 89 kg ha-1 de FBN-N. Metade do N foi liberado em 15 e 22 dias, dos resíduos de crotalária solteira e crotalária+milheto respectivamente. Esta diferença foi provavelmente causada pela imobilização temporária devido à maior C/N da crotalária+milheto. Na ausência de N-fertilizante o cultivo prévio de crotalária+milheto resultou em maior produtividade do milho que a crotalária solteira. Esse resultado não se repetiu com a aplicação de N-fertilizante. Esse efeito é atribuído à liberação de N mais sincronizada com o requerimento do milho do que com crotalária e milheto solteiros. O balanço de nitrogênio mostra que a recuperação de N-FBN foi de 15% e 10% do N nos grão de milho após crotalária solteira e crotalária+milheto respectivamente. A utilização de N-FBN pelo milho foi 65% maior após crotalária+milheto do que após crotalária solteira.
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