Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Rosana de
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Soares, Ademilson Espencer Egea
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21845
Resumo: Os olhos das abelhas selvagens adultas apresentam coloração marrom-escura, devido à presença de pigmentos denominados omocromos-xantominas e diferentes tipos de ominas. Os principais passos da cadeia metabólica que determinam a biossíntese desses pigmentos iniciam-se a partir do triptofano e qualquer interrupção em um dos seus passos fará com que a cor marrom-escura seja substituída por uma nova cor. Estudou-se a longevidade de operárias de Apis mellifera portadoras dos alelos mutantes para a cor dos olhos cream (cr), snow-laranja (s la) e brick (bk). Existe nítida relação entre o grau de pigmentação dos olhos e a longevidade média das abelhas. As abelhas mutantes que apresentam a cor dos olhos mais clara perdem-se no campo, quando realizam os primeiros vôos, não retornando ao ninho, o que mostra um acentuado problema de orientação capaz de interferir na longevidade. Também experimentos realizados em situação de confinamento confirmam estes resultados, uma vez que, estando retidas em um espaço limitado, as abelhas, em especial aquelas portadoras de qualquer mutação caracterizada pelo escurecimento progressivo dos olhos, apresentaram uma longevidade que não se diferenciou do grupo controle (P>;0,05), sugerindo que o confinamento a áreas restritas contribui de forma positiva para a orientação dessas abelhas, facilitando o seu retorno à colméia.
id USP-18_39bbb0e29c300e107c311127b1885ad6
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/21845
network_acronym_str USP-18
network_name_str Scientia Agrícola (Online)
repository_id_str
spelling Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos Longevity of africanized worker honey bees (Apis mellifera) carrying eye color mutant alleles olhosmutantescremesnow-laranjabrickeyesmutantscreamsnow-laranjabrick Os olhos das abelhas selvagens adultas apresentam coloração marrom-escura, devido à presença de pigmentos denominados omocromos-xantominas e diferentes tipos de ominas. Os principais passos da cadeia metabólica que determinam a biossíntese desses pigmentos iniciam-se a partir do triptofano e qualquer interrupção em um dos seus passos fará com que a cor marrom-escura seja substituída por uma nova cor. Estudou-se a longevidade de operárias de Apis mellifera portadoras dos alelos mutantes para a cor dos olhos cream (cr), snow-laranja (s la) e brick (bk). Existe nítida relação entre o grau de pigmentação dos olhos e a longevidade média das abelhas. As abelhas mutantes que apresentam a cor dos olhos mais clara perdem-se no campo, quando realizam os primeiros vôos, não retornando ao ninho, o que mostra um acentuado problema de orientação capaz de interferir na longevidade. Também experimentos realizados em situação de confinamento confirmam estes resultados, uma vez que, estando retidas em um espaço limitado, as abelhas, em especial aquelas portadoras de qualquer mutação caracterizada pelo escurecimento progressivo dos olhos, apresentaram uma longevidade que não se diferenciou do grupo controle (P>;0,05), sugerindo que o confinamento a áreas restritas contribui de forma positiva para a orientação dessas abelhas, facilitando o seu retorno à colméia. The dark coloration of insects eyes is attributed to the accumulation of the brown pigment insectorubin, a mixture of ommochromes, xanthommatin and several ommins, biosynthesized from tryptophan. When any of the events in the synthesis chain is interrupted, formation and accumulation of pigments other than insectorubin occurs, and a new eye color will appear. The aim of the present work is to evaluate the longevity of worker honey bees Apis mellifera, homozygous and heterozygous for the mutant alleles cream (cr), snow-laranja (s la) and brick (bk). Eye pigmentation and average longetivity of bees are very closely related. Mutant bees carrying lighter eye pigmentation are unable to return to the hive; there is, therefore, a close association between the eye pigmentation and honey bees lifespan. Experiments ran in confinement cages confirm the orientation problems of mutant honey bees, which kept in a limited space, were able to return to the hive and had an extended lifespan in comparison to that observed in the nature, and did not present statistical difference (P>;0.05) relative to the control group. Confinement to restricted areas improves honey bees orientation abilities and facilitates return to the hive. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz2003-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/2184510.1590/S0103-90162003000200011Scientia Agricola; v. 60 n. 2 (2003); 277-281Scientia Agricola; Vol. 60 Núm. 2 (2003); 277-281Scientia Agricola; Vol. 60 No. 2 (2003); 277-2811678-992X0103-9016reponame:Scientia Agrícola (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21845/23869Copyright (c) 2015 Scientia Agricolainfo:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Rosana deSoares, Ademilson Espencer Egea2015-07-07T16:31:55Zoai:revistas.usp.br:article/21845Revistahttp://revistas.usp.br/sa/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpscientia@usp.br||alleoni@usp.br1678-992X0103-9016opendoar:2015-07-07T16:31:55Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
Longevity of africanized worker honey bees (Apis mellifera) carrying eye color mutant alleles
title Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
spellingShingle Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
Almeida, Rosana de
olhos
mutantes
creme
snow-laranja
brick
eyes
mutants
cream
snow-laranja
brick
title_short Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
title_full Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
title_fullStr Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
title_full_unstemmed Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
title_sort Longevidade de operárias Apis mellifera africanizadas portadoras de mutações para a cor dos olhos
author Almeida, Rosana de
author_facet Almeida, Rosana de
Soares, Ademilson Espencer Egea
author_role author
author2 Soares, Ademilson Espencer Egea
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Rosana de
Soares, Ademilson Espencer Egea
dc.subject.por.fl_str_mv olhos
mutantes
creme
snow-laranja
brick
eyes
mutants
cream
snow-laranja
brick
topic olhos
mutantes
creme
snow-laranja
brick
eyes
mutants
cream
snow-laranja
brick
description Os olhos das abelhas selvagens adultas apresentam coloração marrom-escura, devido à presença de pigmentos denominados omocromos-xantominas e diferentes tipos de ominas. Os principais passos da cadeia metabólica que determinam a biossíntese desses pigmentos iniciam-se a partir do triptofano e qualquer interrupção em um dos seus passos fará com que a cor marrom-escura seja substituída por uma nova cor. Estudou-se a longevidade de operárias de Apis mellifera portadoras dos alelos mutantes para a cor dos olhos cream (cr), snow-laranja (s la) e brick (bk). Existe nítida relação entre o grau de pigmentação dos olhos e a longevidade média das abelhas. As abelhas mutantes que apresentam a cor dos olhos mais clara perdem-se no campo, quando realizam os primeiros vôos, não retornando ao ninho, o que mostra um acentuado problema de orientação capaz de interferir na longevidade. Também experimentos realizados em situação de confinamento confirmam estes resultados, uma vez que, estando retidas em um espaço limitado, as abelhas, em especial aquelas portadoras de qualquer mutação caracterizada pelo escurecimento progressivo dos olhos, apresentaram uma longevidade que não se diferenciou do grupo controle (P>;0,05), sugerindo que o confinamento a áreas restritas contribui de forma positiva para a orientação dessas abelhas, facilitando o seu retorno à colméia.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21845
10.1590/S0103-90162003000200011
url https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21845
identifier_str_mv 10.1590/S0103-90162003000200011
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21845/23869
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2015 Scientia Agricola
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2015 Scientia Agricola
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
dc.source.none.fl_str_mv Scientia Agricola; v. 60 n. 2 (2003); 277-281
Scientia Agricola; Vol. 60 Núm. 2 (2003); 277-281
Scientia Agricola; Vol. 60 No. 2 (2003); 277-281
1678-992X
0103-9016
reponame:Scientia Agrícola (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Scientia Agrícola (Online)
collection Scientia Agrícola (Online)
repository.name.fl_str_mv Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv scientia@usp.br||alleoni@usp.br
_version_ 1800222786127396864