Atraso na introdução de terapia antiretroviral em pacientes infectados pelo HIV no Brasil, 2003-2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza-Jr, Paulo Roberto Borges
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Szwarcwald, Celia Landmann, Castilho, Euclides Ayres
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17633
Resumo: OBJETIVO: Caracterizar a população de indivíduos infectados pelo HIV que inicia tardiamente a terapia com anti-retrovirais (TARV) no Brasil, utilizando informações do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais. MÉTODOS: Foram analisados todos os indivíduos de 15 anos ou mais de idade que realizaram exame inicial para contagem de linfócitos T CD4+ para avaliação de indicação de tratamento entre os anos de 2003 e 2006, cuja data de início da terapia foi posterior ou igual à data de solicitação da contagem de células T CD4+ (84694 pacientes). Esses pacientes foram considerados como virgens de tratamento com anti-retrovirais. A distribuição da contagem inicial de linfócitos T CD4+ foi analisada por sexo, idade, Grande Região e ano de realização do exame. RESULTADOS: A maioria dos pacientes tinha entre 15 e 49 anos de idade (91%); 56% eram do sexo masculino; 76% assintomáticos; 50% residiam na Região Sudeste e 20% na Região Sul. A proporção de indivíduos cujo resultado do primeiro exame para contagem de linfócitos TCD4+ era inferior a 200 cel/mm³ foi de 33%. Somando-se a esses os indivíduos sintomáticos, o valor atinge 41% para a totalidade; 47% para os homens e 53% para os pacientes com mais de 50 anos de idade. CONCLUSÕES: Em que pese o acesso universal à TARV, no Brasil, os resultados mostram que uma alta proporção de pacientes inicia o tratamento em um estádio avançado da doença, apontando para a necessidade do estabelecimento de estratégias de diagnóstico precoce da infecção pelo HIV.
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