Soluções hipertônicas para reanimação de pacientes em choque

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha-e-Silva, Mauricio
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Poli de Figueiredo, Luiz F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17423
Resumo: O uso de soluções hipertônicas para reanimação de pacientes em choque é um conceito relativamente novo. Baseou-se originalmente na idéia de que uma expansão volêmica significativa podia ser obtida às custas de um volume relativamente diminuto de infusão, aproveitando a propriedade física de osmose. Logo ficou claro que a capacidade fisiológica de produzir vasodilatação, compartilhada por todas as soluções hipertônicas, seria valiosa para reperfundir territórios tornados isquêmicos pelo choque, embora os malefícios da seqüência isquemia - reperfusão devessem ser considerados. Pesquisa subseqüente revelou propriedades antes insuspeitadas da reanimação hipertônica. Verificou-se que este procedimento revertia instantaneamente o edema endotelial e de hemácias, com importantes conseqüências em termos de circulação capilar. Mais recentemente, um conjunto de efeitos da hipertonicidade sobre o sistema imune vem sendo estudado, mas as possíveis implicações destas descobertas em relação ao cenário clínico ainda suscitam discussão. As soluções hipertônicas estão em uso em algumas partes do mundo, apesar de objeções levantadas contra tal uso, em virtude de dados experimentais derivados de experimentos de hemorragia não controlada. Tais objeções não parecem se justificar em face dos resultados obtidos numa série de ensaios clínicos e no uso corrente destas soluções. Esta revisão procura cobrir um pouco da história, remota e recente, deste campo do conhecimento.
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