Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stabenow, Elaine
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Tavares, Marcos Roberto, Ab'Saber, Alexandre Muxfeldt, Parra-Cuentas, Edwin Roger, Matos, Leandro Luongo de, Eher, Esmeralda Miristene, Capelozzi, Vera Luiza, Ferraz, Alberto Rosseti
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17434
Resumo: O desenvolvimento dos tumores depende da formação de neovasos, a angiogênese. Em algumas neoplasias, a alta densidade de microvasos tumorais correlaciona-se com a presença de metástase. OBJETIVO: Determinar se a medida da angiogênese pode indicar o potencial de metástase e o prognóstico do carcinoma papilífero tireóideo. MÉTODO: Foi feita análise retrospectiva de 30 tireoidectomizados, divididos em dois grupos de 15 indivíduos cada, respectivamente com e sem metástase. A partir dos blocos de parafina, foi calculada a densidade de microvasos no tecido tumoral por meio da quantificação da expressão do anticorpo CD34 pela imunohistoquímica. A associação da densidade de microvasos com a presença de metástase, ocorrência de recidiva e os grupos de risco do índice prognóstico AMES foi determinada por análise estatística. RESULTADOS: A mediana da densidade de microvasos no grupo de doentes sem metástase (200,0 microvasos/mm²) foi inferior àquela dos portadores de metástase (254,4 microvasos/mm²) (p = .2), sem atingir significância estatística. Ao considerar apenas os subtipos histológicos clássico e de células altas, essa diferença tornou-se significante (p = .02), uma vez que a variante folicular exibiu maior DMV que os demais subtipos, independente da presença de metástase. Houve tendência não significativa à maior densidade de microvasos entre aqueles que apresentaram recidiva (294,4 microvasos/mm² contra 249,6 microvasos/mm², p = .11). Nos grupos de baixo e alto risco, a mediana da densidade de microvasos foi de 304,0 microvasos/mm² e 229,6 microvasos/mm² respectivamente (p = .27). CONCLUSÃO: A angiogênese foi mais intensa nos tumores com metástase nos subtipos clássico e de células altas, sugerindo que a contagem de microvasos pode ser um indicador do potencial de metástase nestes subtipos histológicos do carcinoma papilífero tireóideo. Doentes que evoluíram com recidiva tenderam a exibir maior angiogênese, porém não houve associação da densidade de microvasos e o índice prognóstico.
id USP-19_846ce4083fa7524691abbbf4a47f544d
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/17434
network_acronym_str USP-19
network_name_str Clinics
repository_id_str
spelling Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo Angiogenesis as an indicator of metastatic potential in papillary thyroid carcinoma Papillary thyroid carcinomaAngiogenesisCD34Node metastasisPrognosis O desenvolvimento dos tumores depende da formação de neovasos, a angiogênese. Em algumas neoplasias, a alta densidade de microvasos tumorais correlaciona-se com a presença de metástase. OBJETIVO: Determinar se a medida da angiogênese pode indicar o potencial de metástase e o prognóstico do carcinoma papilífero tireóideo. MÉTODO: Foi feita análise retrospectiva de 30 tireoidectomizados, divididos em dois grupos de 15 indivíduos cada, respectivamente com e sem metástase. A partir dos blocos de parafina, foi calculada a densidade de microvasos no tecido tumoral por meio da quantificação da expressão do anticorpo CD34 pela imunohistoquímica. A associação da densidade de microvasos com a presença de metástase, ocorrência de recidiva e os grupos de risco do índice prognóstico AMES foi determinada por análise estatística. RESULTADOS: A mediana da densidade de microvasos no grupo de doentes sem metástase (200,0 microvasos/mm²) foi inferior àquela dos portadores de metástase (254,4 microvasos/mm²) (p = .2), sem atingir significância estatística. Ao considerar apenas os subtipos histológicos clássico e de células altas, essa diferença tornou-se significante (p = .02), uma vez que a variante folicular exibiu maior DMV que os demais subtipos, independente da presença de metástase. Houve tendência não significativa à maior densidade de microvasos entre aqueles que apresentaram recidiva (294,4 microvasos/mm² contra 249,6 microvasos/mm², p = .11). Nos grupos de baixo e alto risco, a mediana da densidade de microvasos foi de 304,0 microvasos/mm² e 229,6 microvasos/mm² respectivamente (p = .27). CONCLUSÃO: A angiogênese foi mais intensa nos tumores com metástase nos subtipos clássico e de células altas, sugerindo que a contagem de microvasos pode ser um indicador do potencial de metástase nestes subtipos histológicos do carcinoma papilífero tireóideo. Doentes que evoluíram com recidiva tenderam a exibir maior angiogênese, porém não houve associação da densidade de microvasos e o índice prognóstico. Angiogenesis is new blood vessel formation, a process that can lead to tumor development. Microvessel count has been correlated to metastasis in some neoplasias. PURPOSE: To determine if measurement of microvessel density is useful in predicting metastasis to the cervical lymph node and prognosis in patients with papillary thyroid carcinoma. METHODS: A retrospective analysis was performed in 30 patients that had undergone total thyroidectomy. They were divided in 2 groups of 15 patients - with and without metastatic disease. Immunohistochemistry was used to detect expression of CD34 in archival paraffin-embedded papillary thyroid tumors, and microvessel density was calculated based on it. Association between microvessel density and the presence of metastasis, according to histological subtype, disease recurrence, and AMES prognostic index groups was determined through statistical analysis. RESULTS: The median microvessel density for the patient group without metastasis (200.0 microvessels/mm²) was apparently, but not significantly, less than that observed among metastatic disease patients (254.4 microvessels/mm²) (P = .20). When papillary carcinoma subtypes were analyzed, this difference became significant (P =.02). The follicular variant exhibited a greater microvessel density than the other subtypes, independent of metastasis presence. There was an apparent, but not significant, tendency for a larger median microvessel density in the group of patients that presented recurrence (294.4 microvessels/mm² vs 249.6 microvessels/mm², P = .11). There was no relationship between risk level and microvessel density: in the low- and high-risk groups, the median MVD was 304.0 microvessels/mm² and 229.6 microvessels/mm², respectively (P = .27). CONCLUSIONS: The results suggest that angiogenesis is more intense among metastatic tumors in the classic and the tall cell variants, indicating that microvessel count can be an indicator of the potential for metastasis in these subtypes of papillary thyroid carcinoma. Patients that developed recurrent disease had a tendency to exhibit higher angiogenesis; however, there was no association between microvessel density and the AMES prognostic index. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2005-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1743410.1590/S1807-59322005000300009Clinics; Vol. 60 No. 3 (2005); 233-240 Clinics; v. 60 n. 3 (2005); 233-240 Clinics; Vol. 60 Núm. 3 (2005); 233-240 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17434/19484Stabenow, ElaineTavares, Marcos RobertoAb'Saber, Alexandre MuxfeldtParra-Cuentas, Edwin RogerMatos, Leandro Luongo deEher, Esmeralda MiristeneCapelozzi, Vera LuizaFerraz, Alberto Rossetiinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T17:59:40Zoai:revistas.usp.br:article/17434Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T17:59:40Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
Angiogenesis as an indicator of metastatic potential in papillary thyroid carcinoma
title Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
spellingShingle Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
Stabenow, Elaine
Papillary thyroid carcinoma
Angiogenesis
CD34
Node metastasis
Prognosis
title_short Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
title_full Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
title_fullStr Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
title_full_unstemmed Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
title_sort Angiogênese como indicador do potencial de metástase no carcinoma papilífero tireóideo
author Stabenow, Elaine
author_facet Stabenow, Elaine
Tavares, Marcos Roberto
Ab'Saber, Alexandre Muxfeldt
Parra-Cuentas, Edwin Roger
Matos, Leandro Luongo de
Eher, Esmeralda Miristene
Capelozzi, Vera Luiza
Ferraz, Alberto Rosseti
author_role author
author2 Tavares, Marcos Roberto
Ab'Saber, Alexandre Muxfeldt
Parra-Cuentas, Edwin Roger
Matos, Leandro Luongo de
Eher, Esmeralda Miristene
Capelozzi, Vera Luiza
Ferraz, Alberto Rosseti
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Stabenow, Elaine
Tavares, Marcos Roberto
Ab'Saber, Alexandre Muxfeldt
Parra-Cuentas, Edwin Roger
Matos, Leandro Luongo de
Eher, Esmeralda Miristene
Capelozzi, Vera Luiza
Ferraz, Alberto Rosseti
dc.subject.por.fl_str_mv Papillary thyroid carcinoma
Angiogenesis
CD34
Node metastasis
Prognosis
topic Papillary thyroid carcinoma
Angiogenesis
CD34
Node metastasis
Prognosis
description O desenvolvimento dos tumores depende da formação de neovasos, a angiogênese. Em algumas neoplasias, a alta densidade de microvasos tumorais correlaciona-se com a presença de metástase. OBJETIVO: Determinar se a medida da angiogênese pode indicar o potencial de metástase e o prognóstico do carcinoma papilífero tireóideo. MÉTODO: Foi feita análise retrospectiva de 30 tireoidectomizados, divididos em dois grupos de 15 indivíduos cada, respectivamente com e sem metástase. A partir dos blocos de parafina, foi calculada a densidade de microvasos no tecido tumoral por meio da quantificação da expressão do anticorpo CD34 pela imunohistoquímica. A associação da densidade de microvasos com a presença de metástase, ocorrência de recidiva e os grupos de risco do índice prognóstico AMES foi determinada por análise estatística. RESULTADOS: A mediana da densidade de microvasos no grupo de doentes sem metástase (200,0 microvasos/mm²) foi inferior àquela dos portadores de metástase (254,4 microvasos/mm²) (p = .2), sem atingir significância estatística. Ao considerar apenas os subtipos histológicos clássico e de células altas, essa diferença tornou-se significante (p = .02), uma vez que a variante folicular exibiu maior DMV que os demais subtipos, independente da presença de metástase. Houve tendência não significativa à maior densidade de microvasos entre aqueles que apresentaram recidiva (294,4 microvasos/mm² contra 249,6 microvasos/mm², p = .11). Nos grupos de baixo e alto risco, a mediana da densidade de microvasos foi de 304,0 microvasos/mm² e 229,6 microvasos/mm² respectivamente (p = .27). CONCLUSÃO: A angiogênese foi mais intensa nos tumores com metástase nos subtipos clássico e de células altas, sugerindo que a contagem de microvasos pode ser um indicador do potencial de metástase nestes subtipos histológicos do carcinoma papilífero tireóideo. Doentes que evoluíram com recidiva tenderam a exibir maior angiogênese, porém não houve associação da densidade de microvasos e o índice prognóstico.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17434
10.1590/S1807-59322005000300009
url https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17434
identifier_str_mv 10.1590/S1807-59322005000300009
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17434/19484
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv Clinics; Vol. 60 No. 3 (2005); 233-240
Clinics; v. 60 n. 3 (2005); 233-240
Clinics; Vol. 60 Núm. 3 (2005); 233-240
1980-5322
1807-5932
reponame:Clinics
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Clinics
collection Clinics
repository.name.fl_str_mv Clinics - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||clinics@hc.fm.usp.br
_version_ 1800222751871467520