O treinamento da musculatura inspiratória é ineficiente em pacientes graves submetidos à ventilação mecânica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17476 |
Resumo: | OBJETIVO: A ventilação mecânica invasiva é associada a complicações, portanto sua abreviação é desejada. O desbalanço entre o aumento da carga sobre os músculos inspiratórios, a diminuição da força e a resistência muscular é determinante na dependência da ventilação. A baixa resistência muscular pode ser causada por atrofia muscular, pela doença grave ou pelo uso de corticoesteróides. O treinamento da musculatura inspiratória pode aumentar ou preservar a resistência. O objetivo principal do estudo foi testar a hipótese que o treinamento da musculatura inspiratória desde o início da ventilação iria abreviar o desmame da ventilação e diminuir a taxa de reintubação. Como objetivo secundário descrevemos a evolução da pressão inspiratória máxima com e sem treinamento da musculatura inspiratória. MÉTODOS: Estudo prospectivo e aleatorizado em unidade de tratamento intensivo Clínico-Cirúrgica. Doze pacientes treinaram a musculatura inspiratória duas vezes ao dia e treze não treinaram (controle). O treinamento foi realizado ajustando a sensibilidade do ventilador, baseando-se na pressão inspiratória máxima. Os pacientes tiveram sua pressão inspiratória máxima verificada diariamente. RESULTADOS: A duração do desmame (31 ± 22 controle e 23 ± 11 horas grupo treinamento; p=0.24) não foi estatisticamente diferente. A pressão inspiratória máxima do grupo controle teve leve tendência ao aumento, enquanto o grupo treinamento teve leve tendência à diminuição. CONCLUSÃO: Em pacientes graves, o treinamento da musculatura inspiratória desde o início da ventilação mecânica não abreviou o desmame, nem diminuiu a reintubação. A pressão inspiratória máxima tendeu a manter-se constante ao longo da ventilação mecânica, com ou sem o treinamento inspiratório aplicado. |
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O treinamento da musculatura inspiratória é ineficiente em pacientes graves submetidos à ventilação mecânica Inspiratory muscle training is ineffective in mechanically ventilated critically ill patients Mechanical ventilationMaximal inspiratory pressureVentilator weaningRespiratory muscles OBJETIVO: A ventilação mecânica invasiva é associada a complicações, portanto sua abreviação é desejada. O desbalanço entre o aumento da carga sobre os músculos inspiratórios, a diminuição da força e a resistência muscular é determinante na dependência da ventilação. A baixa resistência muscular pode ser causada por atrofia muscular, pela doença grave ou pelo uso de corticoesteróides. O treinamento da musculatura inspiratória pode aumentar ou preservar a resistência. O objetivo principal do estudo foi testar a hipótese que o treinamento da musculatura inspiratória desde o início da ventilação iria abreviar o desmame da ventilação e diminuir a taxa de reintubação. Como objetivo secundário descrevemos a evolução da pressão inspiratória máxima com e sem treinamento da musculatura inspiratória. MÉTODOS: Estudo prospectivo e aleatorizado em unidade de tratamento intensivo Clínico-Cirúrgica. Doze pacientes treinaram a musculatura inspiratória duas vezes ao dia e treze não treinaram (controle). O treinamento foi realizado ajustando a sensibilidade do ventilador, baseando-se na pressão inspiratória máxima. Os pacientes tiveram sua pressão inspiratória máxima verificada diariamente. RESULTADOS: A duração do desmame (31 ± 22 controle e 23 ± 11 horas grupo treinamento; p=0.24) não foi estatisticamente diferente. A pressão inspiratória máxima do grupo controle teve leve tendência ao aumento, enquanto o grupo treinamento teve leve tendência à diminuição. CONCLUSÃO: Em pacientes graves, o treinamento da musculatura inspiratória desde o início da ventilação mecânica não abreviou o desmame, nem diminuiu a reintubação. A pressão inspiratória máxima tendeu a manter-se constante ao longo da ventilação mecânica, com ou sem o treinamento inspiratório aplicado. PURPOSE: Invasive mechanical ventilation is associated with complications, and its abbreviation is desirable. The imbalance between increased workload, decreased inspiratory muscle strength and endurance is an important determinant of ventilator dependence. Low endurance may be present due to respiratory muscle atrophy, critical illness, or steroid use. Specific inspiratory muscle training may increase or preserve endurance. The objective of the study was to test the hypothesis that inspiratory muscle training from the beginning of mechanical ventilation would abbreviate the weaning duration and decrease reintubation rate. As a secondary objective, we described the evolution of inspiratory muscle strength with and without inspiratory muscle training. METHODS: Prospective, randomized clinical trial in an adult clinical-surgical intensive care unit. Twelve patients trained the inspiratory muscles twice a day, and 13 patients did not (control). Training was performed adjusting the sensitivity of the ventilator based on the maximal inspiratory pressure. Patients underwent daily surveillance of the maximal inspiratory pressure. RESULTS: The weaning duration (31 ± 22 hr, control and 23 ± 11 hr, training group; P = .24) and reintubation rate (5 control and 3 training group; P = .39) were not statistically different. The maximal inspiratory pressure of the control group showed a trend toward a modest increase. In contrast, the training group showed a small decrease (P = .34). CONCLUSIONS: In acute critically ill patients, inspiratory muscle training from the beginning of mechanical ventilation neither abbreviated the weaning duration, nor decreased the reintubation rate. Inspiratory muscle strength tended to stay constant, along the mechanical ventilation, with or without this specific inspiratory muscle training. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1747610.1590/S1807-59322005000600009Clinics; Vol. 60 No. 6 (2005); 479-484 Clinics; v. 60 n. 6 (2005); 479-484 Clinics; Vol. 60 Núm. 6 (2005); 479-484 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17476/19530Caruso, PedroDenari, Silvia DCRuiz, Soraia ALBernal, Karla GManfrin, Gabriela MFriedrich, CelenaDeheinzelin, Danielinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:02:16Zoai:revistas.usp.br:article/17476Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:02:16Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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